sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Feliz Natal



Caros(as) seguidores(as) deste blog venho por este meio desejar-vos um Feliz Natal construido em família e junto daqueles que mais gostam, com saúde, harmonia e paz interior (que para mim é sinónimo de missão cumprida).

FELIZ NATAL

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Alegre inferno

Excelente artigo de opiinião do Jornalista Miguel Gaspar no Público de dia 16 (3ª feira)!!!

O alegre inferno
Miguel Gaspar - 2008-12-16


Manuel Alegre disse logo ao que vinha, no domingo, quando começou o seu discurso no Fórum das Esquerdas avisando que o Inferno espera os que não seguirem os seus passos e assumirem a "coragem" de "romper tabus" e participem numa reconfiguração da esquerda que até poderá ir a votos - isto para resumir apressadamente o essencial do discurso do vice-presidente na Assembleia da República na Aula Magna.
A oportunidade é tentadora: no meio do descontentamento geral, muitos eleitores socialistas estão entre os mais frustrados com o Governo Sócrates. A crise global abre espaço de manobra: é certamente um tempo adequado para rever premissas políticas e pensar mais longe.Manuel Alegre disse logo ao que vinha, no domingo, quando começou o seu discurso no Fórum das Esquerdas avisando que o Inferno espera os que não seguirem os seus passos e assumirem a "coragem" de "romper tabus" e participem numa reconfiguração da esquerda que até poderá ir a votos - isto para resumir apressadamente o essencial do discurso do vice-presidente na Assembleia da República na Aula Magna.
A oportunidade é tentadora: no meio do descontentamento geral, muitos eleitores socialistas estão entre os mais frustrados com o Governo Sócrates. A crise global abre espaço de manobra: é certamente um tempo adequado para rever premissas políticas e pensar mais longe. Mas nada disso transforma em realidade o que não é real. Como a criação de um novo partido à esquerda, por exemplo. O tempo disso acontecer está pelo menos distante - embora a presença de Carvalho da Silva no fórum (a tempo parcial, já que não foi ao encerramento) tenha aumentado um pouco a abrangência de um leque cujo núcleo duro é formado pelo Bloco de Esquerda e pelos apoiantes de Manuel Alegre.
Criar pontes é sempre belo, mas a expectativa do discurso de domingo foi muito para além disso. Manuel Alegre quis anunciar uma refundação política da esquerda portuguesa. Ora, os primeiros que ficariam a perder com um novo partido seriam os bloquistas, que acabariam por se diluir e desaparecer numa grande frente "alegrista". Não há espaço para a criação de um novo partido à esquerda do PS porque esse espaço está ocupado. E Alegre nem sequer disse que vai deixar o seu partido.
O antigo candidato presidencial não vale necessariamente um milhão de votos. Teve esse valor num contexto específico e as próximas legislativas em nada serão semelhantes às presidenciais. Onde esse milhão de votos volta a ser um activo importante é, precisamente, na próxima eleição para Belém. E o frentismo que não faz sentido em termos partidários - mesmo depois da Aula Magna - continua a fazer todo o sentido em termos presidenciais.
A vida não está a correr suficientemente bem a Cavaco para pensar numa reeleição automática. Aliás, o espectro de uma candidatura forte de Alegre a Belém não deixa de ser uma arma forte que José Sócrates pode continuar a apontar ao Presidente da República em exercício. E para ter uma forte hipótese de ganhar umas presidenciais, Alegre só precisaria de evitar uma reeleição de Cavaco Silva à primeira volta.
Mas há aqui um problema de tempo. O timing da Aula Magna é bom no plano das legislativas, mas prematuro no das presidenciais. E Alegre não se poderá demarcar desse discurso e do clima de urgência que criou. A sua candidatura a Belém passa a estar ligada ao combate político das legislativas e isso não facilita as coisas. Vai ser um ano político cheio de ruído e pode ser que Alegre tenha apostado demasiado alto demasiado cedo.

Não quero ignorar a dimensão programática do fórum, que é importante para o futuro desta história. Os serviços públicos são um tema aglutinador, mas não garantem um programa moderno. Repensar o papel do Estado é sem dúvida a questão central neste momento. Mas isso passa pela resposta a duas perguntas que Alegre não formulou. Uma é velha: como é que se financia o Estado? A outra nem por isso: que modelo de desenvolvimento deve ser adoptado para superar a crise que é económica, ambiental e energética?
Eu sei que os poetas não têm que entender de economia mas, para mim, que ainda sei menos de contas do que de poesia, uma saída à crise que não responda a estas perguntas é mais do mesmo. Se o inferno é o mundo que vem aí no próximo ano, um pouco mais de retórica não chega para ir à procura das respostas certas. Jornalista (miguel.gaspar@publico.pt)

Uma grande prenda de Natal...



Estas seis bolas vermelhinhas deram-me muito gozo!!!

Viva o Glorioso!!!

Repetem hoje? Vá lá repitam, mas com mais dois!!!

CDS-P(aulo)P(ortas)


O "grande" PP em mais uma purga no Partido
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Dicionário prático dos sinais de abrandamento económico (e outros) (Expresso Única, 13 Dez 2008)


Dicionário prático dos sinais de abrandamento econ�mico (e outros)

Expresso Única
13 Dez 2008

Tempos difíceis requerem atitudes drásticas, por isso me dediquei esta semana a fazer um levantamento das palavras que descrevem o actual ciclo económico. Palavras essas que, como sabeis, nem sempre descrevem com exactidão o fenómeno que pretendem...leia mais...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mealheiro Partido...


Agradeçam ao Sr. Bush, mas nada de jogar sapatos!!!
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E assim morre a classe média (Expresso Economia)


E assim morre a classe média

Expresso Economia
13 Dez 2008

De todas as projecções feitas pelo Governo, uma não apresenta sinais de pessimismo: a arrecadação de impostos. As ajudas para todos os sectores virão, no essencial, de trás impostos fundamentais: IRS, IVA e impostos sobre produtos petrolíferos (ISP). E...leia mais...

Solilóquio do dr. Dias Loureiro (Expresso Única, 13 Dez 2008, Pag 160)



Solilóquio do dr. Dias Loureiro

Expresso Única
13 Dez 2008

Isto que me está a acontecer é no mínimo muito desagradável porque tenho a minha consciência limpa e nada fiz de que me possa arrepender ou de que os meus amigos, que respeito e pelos quais tenho estima e amizade, se possam arrepender, incluindo amigos...leia mais... Tech Tags:

Uma infância sossegada (Expresso Única, 13 Dez 2008)



Uma infância sossegada

Expresso Única
13 Dez 2008

À entrada ninguem diria que se trata de um jardim-de-infância, assim diluído entre as árvores. Porém, há uns baloiços de madeira rústica, há areia e troncos e plantas de muitas espécies, há galochas pequenas, uma porta e um ou outro sinal de que ali se...leia mais... Tech Tags:

Faltas dos deputados (Parte 2)


Realmente, trabalhar à 6ª feira não é mesmo para estes "meninos".
Como antes já propus neste blog :Semana de três dias para os Srs. Deputados da Nação!
Tenham vergonha, vão trabalhar, bando de vadios!
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Paulo Portas e o "seu" CDS-PP

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Mozart Concerto Maria João Pires - Boulez

Perfume - Intervalo (participação especial de Rui Veloso)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

White Christmas - Bing Crosby


Estou já imbuído do espírito natalício!

Bom fim de semana!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tambem concordo... semana de 3 dias para os deputados da Nação!!!


Temos tanta pena deles, não é?
Trabalham tanto!!!!!
Semana de 3 dias para estes "meninos" JÁ!!!

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Os 25 Mitos da Pediatria...

Excelente artigo publicado no "Expresso" de sábado passado...
FUNDAMENTOS

Teses de médicos portugueses

As orientações da pediatria moderna são conhecidas em Portugal e estão adoptadas por muitos especialistas. O Expresso ouviu alguns pediatras com trabalhos publicados nesta área e com funções em hospitais públicos de referência. Entre eles, o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital de Cascais, Luís Pinheiro; o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Anselmo da Costa; o neonatologista do Hospital de Santa Maria, António Simões de Azevedo; o presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Luís Januário, e o director da Pediatria Médica do Hospital de Dona Estefânia, Gonçalo Cordeiro Ferreira




Saúde
Mudança. Conhecimentos inéditos sobre o desenvolvimento biológico estão a revolucionar os cuidados aos mais pequenos. A experiência foi substituída pela evidência científica e práticas outrora comuns são agora proscritas
Os 25 mitos da pediatria


A vida moderna está a obrigar as crianças a uma socialização precoce e artificial

Música na gravidez Não é preciso nascer para ouvir. Hoje admite-se que o feto tem capacidades auditivas a partir das 12 semanas e guarda memória dos sons após o nascimento. Recomenda-se a audição de sons graves porque têm um efeito calmante e a música clássica está entre os estilos adequados. Os ritmos binários têm a vantagem acrescida de se assemelharem ao batimento do coração da mãe. Uma curiosidade: a cadência com que as mães embalam é igual ao seu ritmo cardíaco e é por isso que o bebé adormece mais facilmente.

Aleitamento Evitar alimentos como laranjas, cebolas, leguminosas ou chocolates não diminui as cólicas no bebé. A alimentação da mulher deve ser variada desde a gestação porque está provado que o feto inicia o desenvolvimento das células sensíveis ao sabor às 14 semanas. Todos são unânimes sobre os benefícios da amamentação exclusiva até aos seis meses de vida do bebé e provou-se que estão erradas as teorias sobre a fraca qualidade do leite muito líquido ou que não escorre quando é deitado num copo. O aleitamento é prioritário e deve começar ainda na sala de partos.

Esterilização Ferver ou esterilizar biberões e tetinas não é necessário se os pais lavarem frequentemente, e bem, as mãos. As doenças infecciosas são menos frequentes e em condições normais de habitabilidade e de higiene basta uma lavagem que elimine os resíduos.

Alimentos É um erro excluir alimentos como peixe, gema de ovo, carne de porco e frutas nos primeiros tempos de vida. A selecção visava prevenir alergias, mas as organizações internacionais defendem que atrasar a diversificação alimentar, mesmo em alérgicos, não traz benefícios. Outro erro antigo: não se deve obrigar a comer nem negociar alimentos por alimentos - por exemplo, dar uma bolacha para compensar ter comido sopa - e os legumes e frutas devem estar sempre na mesa porque a sua presença influenciará a alimentação na vida adulta. No passado, os alimentos eram introduzidos com o aparecimento dos dentes e agora são recomendados aos quatro meses, quando não há amamentação.

Suplementos alimentares Vitaminas para quê? A sociedade moderna caracteriza-se pela abundância e uma dieta equilibrada é suficiente. A excepção, sobretudo no primeiro ano de vida, é a vitamina D, que gerações reforçaram com ‘colheradas’ de óleo de fígado de bacalhau. A tradição tem sido recuperada sob outras formas: os ácidos gordos são decisivos na formação das membranas cerebrais e estão a ser redescobertos em óleos de peixes de profundidade.

Peso Gordura não é formosura. Cada bebé tem o seu ritmo e as variações nem sempre são sinal de doença. Os pediatras afirmam que os pais modernos se preocupam em excesso com o crescimento e recomendam que pesagem e medição só sejam feitas nas consultas de rotina.

Sono Não tem fundamento o medo de que os bebés deitados de costas podem sufocar no caso de bolçarem. Em situações normais, o corpo humano está preparado para evitar estas situações. O medo levou muitos pais a deitarem os recém-nascidos de barriga para baixo, mas hoje é reprovável e perigoso. É mandatório deitar os bebés de barriga para cima, pelo menos, até aos seis meses. Depois, é o próprio bebé que escolhe a posição mais confortável. O sono solitário foi estimulado por se acreditar que promovia a autonomia, mas não está provado.

Morte Súbita ‘Abafar’ os bebés não é o perigo principal. A morte de crianças saudáveis por razões inexplicáveis continua a registar-se e estudos recentes têm evidenciado que é mais comum quando os pais são fumadores, em famílias monoparentais e quando o bebé é deitado de barriga para baixo.

Choro As lágrimas são mais do que fome ou fralda molhada. Descobriu-se que os bebés são muito sensíveis a estímulos e também precisam de aliviar a tensão. Ou seja, às vezes basta deixar chorar um bocadinho para perceber a mensagem.

Banho Esperar pela digestão para dar banho é um mito. A água utilizada está morna e não existe choque térmico, responsável pela congestão. Além disso, o leite é de fácil digestão. O banho deve ser um prazer e a regra é ‘água quanto baste e pouco produto de limpeza’, sobretudo com glicerina, porque seca e irrita a pele em demasia.

Pele Pó de talco fora da lista. A limpeza exagerada é inimiga da pele e um banho seguido de uma loção hidratante é suficiente. Na zona da fralda é necessária parcimónia no uso de toalhetes, pois limpam a sujidade, mas também podem arrastar a camada superficial da pele. Quando a fralda só está molhada e não existe irritação não é necessário usar creme ou pastas sob risco de provocar uma sensibilização excessiva. E o pó de talco está fora de moda porque as partículas podem ser inaladas pelo bebé.

Fralda O uso precoce do bacio está fora de questão. Os pediatras estão a recuperar a tradição de retirar a fralda só aos dois anos porque o controlo precoce do esfíncter pode, afinal, trazer problemas.

Botas ortopédicas Não vale a pena olhar para os pés antes dos dois anos. A ortopedia moderna respeita as regras de crescimento do pé e da marcha das crianças e qualquer calçado que faça alguma contenção interfere com a evolução normal. É ponto assente que é o exercício e não o calçado ortopédico ou formativo que cumpre a missão fisiológica. Sempre que possível, as crianças devem andar descalças e usar sapatos que protejam apenas o tornozelo e o calcanhar.

Creche A socialização, afinal, só começa aos três anos. Na sociedade actual mães e avós trabalham e os bebés vão para a creche cada vez mais cedo. Contudo, a maioria dos pediatras regressou ao passado para recomendar os cuidados dos avós até aos três anos. Argumentam que os ganhos de afecto compensam.

Febre A temperatura não é doença. A maioria das crianças faz quatro dias de febre e não é preciso baixar a temperatura de imediato como querem os pais dos nossos dias. Os médicos alertam que a febre é muitas vezes é um mecanismo de defesa do organismo e que um sinal de serenidade é a criança continuar a brincar.

Tosse Adeus ao xarope. Tossir é uma forma do corpo para eliminar secreções e melhorar a respiração. Trata-se de um sintoma e não de uma doença e nos primeiros anos de vida não são recomendados inibidores.

Aerossóis São os grandes terapeutas do século XXI. Ajudam a respirar melhor, contudo, os médicos têm dúvidas sobre o que os próximos avanços podem revelar sobre a sua utilização.

Ginástica respiratória Comum na década de 90 revelou-se desnecessária. Era usada para bronquiolites e hoje sabe-se que aumentam o cansaço e as dificuldades de respiração.

Remédios caseiros Vivem-se tempos de medicação excessiva. As precauções sobre o uso de remédios estão na ordem do dia e a regra é recuperar remédios caseiros como o xarope de cenoura e os preparados com mel.

Vacinas O calendário mudou. As crianças dos nossos dias são mais vacinadas - e dizem os pediatras, estão mais protegidas - e já não é preciso recomeçar do zero quando há atrasos muito grandes.

Flúor As gotas outrora comuns foram trocadas pelos dentífricos. Actualmente, é promovida a lavagem cada vez mais precoce dos dentes, aliás, logo que a dentição aparece na vida do bebé.

Brinquedos Quantos mais, pior. As crianças precisam de estimular a imaginação e para isso não podem ter muitos brinquedos para poderem explorá-los ao máximo, dando-lhe várias utilizações. Os pais devem guardar os presentes, optando pela distribuição ao longo do ano.

Animais Os eternos amigos estão de volta. Após várias teorias sobre o risco acrescido de alergias, cães, gatos, pássaros e outros animais são desejáveis para o desenvolvimento da criança.

Desporto O cloro não faz alergia. A prática desportiva é defendida para o desenvolvimento psicomotor e a natação volta a liderar as preferências. A qualidade da água das piscinas melhorou e os bebés podem nadar a partir do sexto mês de vida. Só é preciso limpar o cloro com um banho abundante e dar bastante água para minimizar a sua presença no estômago.

Regras O ónus dos pais sobre a personalidade dos filhos está mitigado. Passou a ser admitido que há crianças difíceis que complicam a vida das famílias e que as regras são, por isso, indispensáveis. A negociação deve existir, mas sem rendição, em especial, dos pais.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Salvamento no pico mais alto da Nova Zelândia

 

Salvamento de alpinista japonês retido a 50 metros do cume do Monte Cook, Nova Zelândia.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Alfred Brendel: Schubert Op. 90/3



Bom Almoço!

Bons Conselhos

Bons conselhos
Rui Moreira

2008 - 12- 01

Em Portugal, o cargo de ex-ministro, seja dos governos Cavaco seja dos outros, é o mais bem recompensadoO Presidente da República veio falar sobre boatos que o associariam ao caso BPN. Estranhei, porque nada ouvira e também porque é invulgar que um órgão de soberania emita comunicados para garantir a sua probidade. Horas depois, Cavaco diria que "um Presidente não deve comentar em público questões de Estado e eu não faço comentários em público sobre membros do Governo, chefes militares, deputados ou embaixadores". Mas logo voltaria a terreiro para anunciar que obtivera de Dias Loureiro a garantia solene de que nada fizera que comprometesse a sua condição de conselheiro.
O Presidente é um homem de inquestionável honorabilidade e seriedade, na qual os portugueses depositam total confiança. Mas tem um estilo crispado e uma pose majestática que complica o seu desempenho e, apesar da justeza de grande parte das suas intervenções, como foi o caso no Estatuto dos Açores e no tema do divórcio, aparenta ter um problema com os seus compagnons de route que, em certas circunstâncias, fragiliza o seu sentido de Estado. Depois da sua vacilante visita à Madeira e da sua tíbia actuação no caso do deputado regional, voltou a acontecer o mesmo neste episódio.
E, se já não se livrava da imprudência de ter escolhido, para o Conselho de Estado, alguém que, sendo uma excelente pessoa, tinha ligações a um banco sobre o qual se ouviam, há anos, estranhas histórias, agora, ao aceitar e avalizar as garantias solenes deste, assume o ónus pleno por tudo o que corra mal. Além disso, acabou por ser ele próprio a fomentar o boato, ao falar num assunto que não era tema de suspeita e, ao personalizar a questão, coloca sob pressão o seu velho amigo e conselheiro.
Admito que Cavaco se aflija pelo facto de alguns dos seus pares, que penaram nos seus governos com modestos salários, estarem hoje milionários. E não se tratou do milagre das rosas ou das laranjas, nem consta que tenham tido sorte na lotaria, como já foi reclamado por um outro vulto da nossa democracia. De facto, alguns deles beneficiaram deste banco, que agora ruiu. Mas creio que a feliz coincidência que atinge tantos membros da ínclita geração que levou para os seus governos não o deve perturbar. Afinal, em Portugal, o cargo de ex-ministro, seja dos seus governos seja dos outros, é o mais bem recompensado.
O problema, infelizmente, é que esta entourage lhe causa, agora, bastante transtorno e não o aconselha bem. Segundo o próprio, "neste momento difícil que Portugal atravessa, exige-se que um Presidente da República tenha o máximo de bom senso e ponderação e que saiba muito bem aquilo que deve fazer e aquilo que não deve fazer, tendo em conta as suas competências constitucionais, aquilo que deve dizer em público e aquilo que só deve dizer em privado". É isso mesmo, afinal, que o Presidente não tem sabido fazer.
É nestas alturas que um estadista deve saber escolher a quem ouvir. Se escutar o conselho sério e leal do seu indefectível Paulo Rangel e as palavras corajosas de Morais Sarmento, o Presidente compreenderá o que deve fazer e o que não pode fazer. Afinal, é tudo uma questão de conselheiros... Economista

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Estrela da Tarde (Ary dos Santos)

Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia.

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.

Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

CARLOS DO CARMO - Um Homem na Cidade (ao vivo Lisboa)



Grande CC

A árvore de Natal do Pluto



Eu já tive de fazer a minha árvore de natal com umas "ajudantes" de luxo!!!

Devo dizer que ficou catita com a ajuda preciosa da Mamã!!!

Ele está a chegar...

Para quem gosta da Anatomia de Grey



Uma amiga "enviou-me" por mail e não resisto a reproduzir aqui!!!!

Uma bela gargalhada!!!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

She´s back


Hillary Clinton vai liderar a politica externa norte-americana nos próximos 5 anos! Esperemos que a visão americana face ao resto do mundo e vice-versa se regenere!!!
Welcome, Mrs Clinton!
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Danúbio Azul -Strauss

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais Mickey...mais antigo!!!

Parabéns Mickey pelos teus 80 anos



É verdade o meu rato favorito já é um ancião com 80 anos (comemora-os hoje)!!!

Parabéns, Mickey !!!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

She´s back


Miss Grace Jones at 60 years old is back to the music!!!
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Bartoon - Educação

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She - Elvis Costello

Estou constipado e apetecia-me um Breakfast destes...


Estou com o nariz entupido e hoje só me apetecia ficar em casa no "dolce fare niente", isto é, sopas e descanso!!!
Estou tão entupido que tenho dificuldade em abrir os olhos, espero que passe depressa!
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Moby Dick




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Anos Dourados na voz de Maria Bethania


Bom almoço!!!

Música e Letra (Hoje no TVCINE 4 HD,às 22.30)


Para quem não viu a excelente comédia romântica no cinema, protagonizada por Hugh Grant e Drew Barrymore.
Passa hoje às 22.30 no TV Cine 4 HD.
A não perder!!!

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A Bimby


Para este Natal já tenho esta "princesa", que como todas as mulheres "prendadas" faz-se cara, mas nós (eu e a minha cara metade) em defesa da familia, resolvemos adquiri-la para assim desfrutarmos mais das nossas "princesinhas" de carne e osso.
Por isso, venha de lá essa Bimby para que as experiências começem.

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Vai um cafézinho?


Ouvi disser que esta menina "tira" uns cafés maravilhosos!
Tê-la é um dos meus desejos natalícios (não importa que seja já neste ou no próximo (2009) ou de aniversário (quem sabe))!


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A(s) Turma (s)

A(s) turma(s)
09.11.2008,
Daniel Sampaio

O que mais impressiona no filme A Turma, de Laurent Cantet, é o impasse a que chegou a escola dos nossos dias. Dar aulas no básico ou secundário é hoje um permanente desafio que só é resolvido (em parte) por professores com muito amor ao que fazem e com a sorte de trabalhar em escolas que ousam inovar todos os dias.A Turma mostra-nos como a improvisação constante é a única maneira de sobreviver ao caos, embora também nos faça pensar como é cada vez mais importante planificar. Nada de contraditório: é preciso planificar em termos de conjunto - a turma que o professor vai encontrar no dia seguinte - mas o mestre tem de estar disponível para responder de imediato à retroacção trazida pelos alunos em todos os momentos da aula. Por isso, o professor do filme decerto prepara as suas lições, mas tem de ter resposta pronta e improvisar: nunca o vemos calado ou a evitar as questões e a sua relação muito viva com os estudantes permite, apesar de todas as dificuldades, manter a classe a funcionar. Improvisar é isso mesmo, a demonstração permanente da capacidade de modificar planos e actividades em resposta às reacções dos alunos, mantendo-os despertos e participativos. A heterogeneidade da turma do filme parece ser fonte de inspiração para o docente, que consegue com mais ou menos sucesso relacionar-se com todos, na procura constante de soluções para uma das tarefas fundamentais da escola de hoje: a da inclusão. O professor Bégaudeau mostra como a preocupação em incluir é a única forma de percorrer na escola um caminho de dignidade, porque por certo já chegou à conclusão de que todos os alunos têm capacidade de contribuir para a respectiva aprendizagem. E também se evidencia no filme como é imperioso trabalhar na sala de aula com formas diferentes das tradicionais: já imaginaram o que sucederia naquela turma se o professor falasse sem parar durante 90 minutos, apontando com o dedo uma transparência iluminada pelo velho retroprojector, como vemos ainda em tantas das nossas aulas? Nalgumas discussões sobre A Turma promovidas pela imprensa portuguesa, impressiona verificar como estudantes, pais e professores se apressam a dizer que por cá as coisas estão melhor, porque jamais se perguntaria se um professor é homossexual; muitos dizem que em Portugal não há tantos jovens na escola com origens diferentes, nem se poderia encontrar um professor "ao nível" dos alunos, como nas discussões patentes no filme. Quem assim fala desconhece as dificuldades dos nossos professores, ignora as turmas com estudantes de nacionalidades diferentes que mal falam português, ou faz de conta perante os inúmeros problemas sociais e familiares que muitos alunos trazem para a sala de aula. Pior: acredita que a autoridade do professor se pode construir "de cima para baixo", porque é imanente à própria condição docente. Grande equívoco: o que este filme exemplarmente demonstra é que o professor se coloca num nível diferente, porque usa o diálogo, a ironia e a provocação da gente nova como um meio de relacionamento, sem esquecer que o respeito recíproco é um dos ingredientes essenciais para ser ouvido. E neste sentido ele está noutro nível (se quisermos num nível meta, de metacomunicar, isto é, está sempre a comunicar sobre a comunicação dos jovens), o que lhe permite encontrar soluções, mesmo se para isso tiver de errar e corrigir os erros.O impasse da escola actual resulta de se encontrar esgotado o modelo tradicional de ensinar, organizado para instruir o aluno médio e com razoável motivação. Muitos dos estudantes das nossas salas de aula estão lá por obrigação ou porque não encontram nada melhor para fazer: por isso o único caminho terá de ser o de promover uma análise detalhada dos componentes curriculares, de modo a definir o que deve ser comum a todos e quais os elementos que necessitam ser modificados para responder às necessidades dos alunos com mais problemas, num ambiente de trabalho exigente e cooperativo, onde a autoridade do professor (que jamais poderá ser posta em causa) se construa na relação (como no filme).Alguns espectadores portugueses ficam chocados quando os alunos relatam, no final do ano lectivo, o pouco que aprenderam: não é esta a grande questão, por certo mais importante do que a avaliação dos docentes que paralisa as nossas escolas?

Brincar é preciso...

Brincar na rua, sem adultos a tomar conta, é uma coisa que a maioria das crianças portuguesas desconhece. Um espantoso sinal dos tempos, relatado por investigadores: para estes miúdos "enclausurados" pelo medo crescente dos pais e a presença das novas tecnologias, o recreio escolar será o único local que resta para brincar livremente.
Os pais estão cada vez mais a inventar a infância dos filhos e o modo como o fazem poderá estar já a deturpar o seu desenvolvimento. Serão menos de 15 em cada 100 as crianças portuguesas que continuam a poder brincar na rua sem a supervisão de adultos e menos de 30 por cento as que se deslocam para a escola sozinhas ou apenas acompanhadas por amigos, adianta Carlos Neto, professor da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, com base em inquéritos e estudos que tem vindo a desenvolver, tanto no âmbito do mestrado em Desenvolvimento da Criança, de que é coordenador, como em parceria com universidades e outras instituições.Também por observação directa Carlos Neto fala de um progressivo "analfabetismo motor" que está a tomar conta desta geração criada entre quatro paredes. As crianças mexem-se cada vez menos e cada vez pior. Por exemplo, começam a correr e chocam com as cabeças uns dos outros. "O afinamento perceptivo está em decadência", constata.Para esta "falta" de rua contribuem vários fenómenos cruzados. Entre eles: os pais estão com mais medo, as cidades têm mais carros e menos espaços livres, há mais oferta de actividades dentro de casa (computador, televisão, vídeo), as crianças têm menos tempo livre.O tempo que pertence por direito às crianças, para fazerem o que lhes apetece, está a ser roubado pelos adultos e os miúdos estão a ser transformados em "crianças de agenda", num corrupio entre a escola, onde passam o dia inteiro, e as actividades fora dela, alerta Carlos Neto.Alberto Nídio, sociólogo da infância, descreve assim o que acontece no resto do tempo destas crianças: "Depois chega a noite e têm que fazer os deveres. Aos sábados, têm escuteiros, catequese, piscina. E aos domingos ainda têm que sair com os pais." "Um inferno"Nídio está agora a redigir a sua tese de doutoramento - Trajectos intergeracionais do jogo, do brinquedo e da brincadeira -, que tem por base entrevistas a 10 famílias, com quatro gerações vivas (os seus entrevistados oscilam entre os seis e os 98 anos), residentes em diferentes meios (urbano, rural e intermédio) e de classes sociais distintas.Numa das casas, a mãe queixou-se por a filha já não querer acompanhá-la nos passeios de domingo. A miúda explicou-lhe porquê, resumindo o que vai na alma de muitas outras crianças: "É uma seca. Vai visitar a avó ou a tia. Fica lá a falar. Durante a semana, faço o que outros querem, mas ao domingo queria fazer o que me apetecesse". Alberto Nídio e Carlos Neto não poupam palavras duras para descrever este quotidiano: "Um inferno". "A identidade da infância não é compatível com a ideia de um intelecto activo num corpo passivo", adverte o professor da Faculdade de Motricidade Humana (FMH). As crianças precisam de brincadeiras espontâneas, de ter tempo para explorar, de contacto com a natureza, de dispêndio de energia, de aventura. "Todos os animais que têm uma infância prolongada (como é o caso da vida humana, têm necessidade de investir muito tempo e jogo durante esse tempo como uma ferramenta de aprendizagem e adaptação para situações inesperadas e imprevisíveis de natureza motora, social e emocional na vida adulta", explica Carlos Neto, que frisa: "Brincar é treinar para o inesperado". Durante muito tempo, a rua foi o espaço de eleição da infância. Hoje, esse é... o recreio da escola. "É o único local que resta às crianças para brincarem livremente", diz o professor da FMH. Um lugar onde estão por elas, entre elas, sem adultos a preencher-lhes o tempo. Este espantoso sinal dos tempos é também apontado por Alberto Nídio, que está, aliás, a colaborar com a Câmara do Porto num projecto destinado a adaptar melhor os recreios escolares a esta função central que agora desempenham."Dar-lhes na cabeça"Para o sociólogo, que foi professor primário durante mais de 30 anos em Vila Verde (distrito de Braga), a própria escola vai ter de mudar para responder ao tempo crescente que ocupa na vida das crianças. Em média, recorda, as crianças passam ali mais 10 horas semanais do que há três anos, quando foram implementadas as chamadas "actividades de enriquecimento curricular" e alargado o horário das escolas do 1.º ciclo do ensino básico: "Estão sufocadas. Há crianças que estão nas escolas antes da oito horas da manhã e saem depois das 18, em actividades que, apesar de mudarem de nome, são mais do mesmo: ensinar", descreve, chamando a atenção para esta características dos tempos correntes. Todos os adultos ali, sejam professores ou monitores em ATL e actividades desportivas, aparecem com um projecto para cumprir. "De um modo ou de outro, as crianças acabam sempre por estar com alguém a dar-lhes na cabeça."Carlos Neto aponta também o dedo: "O aumento da carga curricular e a total formalização escolar não é compatível com as necessidades de desenvolvimento de crianças e jovens, que necessitam de tempo informal para a promoção de um estilo de vida mais activo". O investigador tem dúvidas, por exemplo, acerca dos efeitos benéficos das aulas de substituição. "Na perspectiva das crianças, a falta do professor representava um ritual fundamental para se gostar de estar na escola. Era um momento para a actividade livre no recreio, actividades físicas e desportivas e convivência com os amigos." Neto frisa, por outro lado, que as mais das vezes as novas aulas de substituição têm pouca ou nenhuma mais-valia: são preenchidas "com actividades incoerentes e não coincidentes com o projecto de ensino de cada disciplina".Ao contrário das vivências experimentadas pelas gerações antes delas, a maioria dos miúdos de hoje desconhece, em absoluto, a explosão de energia que acontecia nas ruas no final de cada dia passado em aulas. Um estudo sobre níveis de bem-estar das crianças da Área Metropolitana de Lisboa (AML), realizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, o Instituto de Apoio à Criança e a Faculdade de Motricidade Humana, em que foram inquiridas cinco mil crianças, mostra que quase 85 por cento não podem brincar com amigos depois do anoitecer, revela Carlos Neto. Os pais têm cada vez mais medo e mais medos. Têm medo que os filhos se magoem, que sejam roubados, que sejam atropelados, que sejam violados, que sejam raptados. Neto e Nídio falam mesmo de "paranóia" e sublinham as responsabilidades da comunicação social neste processo, que tende a agravar-se. Também para efeitos de cultura familiar "o caso Maddie foi uma tragédia", alerta o professor da FMH.Inês Lobão, psicóloga, monitora na mediateca do centro social da Musgueira, Lisboa, regressou há sete meses aos arredores da capital, depois de quatro anos numa aldeia do Centro do país, onde nasceu o seu filho mais novo. O mais velho foi para lá ainda quase bebé. Cresceram de porta aberta para o quintal. Hoje, no prédio onde vivem, em Queluz, descem por vezes à frente da mãe: "Os meus vizinhos ficam em pânico se os vêem lá em baixo a brincar sozinhos"."Um tesouro"Nisto do que fazer com os filhos, as novas tecnologias, e, antes delas, já a televisão, são amigas dos pais: estão a transformar a casa - e, nela, o quarto - no centro do mundo dos filhos. "O quarto dá-lhes tudo. Têm lá a televisão, o computador, a consola", refere Nídio. Mesmo nas casas mais humildes, os miúdos têm isto tudo, constata. Em média, as crianças portuguesas passam mais de três horas por dia à frente de ecrãs. Alberto Nídio chama-lhes "nativos digitais", em contraposição com a "maioria de info-excluídos" que compõem as gerações dos seus pais e avós. Diz que este contraponto poderá estar a contribuir para a sobrevalorização da criança nos tempos de hoje: "Os pais olham para elas e acham-nas importantes. São depositadas muitas expectativas nelas". "É um tesouro que está ali", disse-lhe um bisavô de 92 anos sobre o neto de oito. Este modo de encarar as crianças poderá também ajudar a explicar o medo crescente que tem tomado conta dos adultos. E que está a condenar os mais novos. Nos inquéritos que tem feito, Nídio constatou, por exemplo, que mesmo aqueles para quem o quarto é tudo, se tivessem oportunidade, se os deixassem, o que queriam era ir brincar lá para fora. Menos rua em países do SulAo contrário do que poderia parecer óbvio, até por causa do clima, é nos países do Sul da Europa que as crianças passam mais tempo em interiores. A diferença é abissal: nos países nórdicos, quase todas as crianças (99 por cento) vão para a escola sozinhas ou com amigos e podem brincar na rua com autonomia, adianta Neto, com base em dados constantes de um estudo comparativo sobre a mobilidade das crianças europeias, publicado em 2001. Uma sondagem conduzida anualmente pela Duracell em nove países europeus, Portugal incluído, dá conta de que, na Alemanha ou na Holanda, as actividades no exterior encontram-se no topo das preferências, com percentagens (33 e 30 por cento) que praticamente triplicam as contabilizadas junto das crianças portuguesas (11 por cento). Mas não são só as diferenças Norte-Sul a ditar variações. Brincar ou não na rua depende ainda também da classe social de pertença e do meio envolvente. As crianças e jovens realojados na Musgueira que diariamente frequentam a mediateca onde Inês Lobão trabalha terão, pelo contrário, "rua a mais", constata a psicóloga. A "cultura de rua" é ainda muito forte em quase todos os bairros de realojamento e também nos bairros mais populares, em forte contraste com o deserto silencioso em que se transformaram as zonas residenciais da classe média. Inês Lobão diz que os "seus" jovens se habituaram a estar na rua desde pequenos, que esta cultura é passada de irmão para irmão. Muitos deles vêm de famílias com oito e 10 filhos. É outra diferença: os filhos únicos estão mais "enclausurados" do que os outros.Na Primavera passada, Alberto Nídio confirmou que se pode mudar de mundo em apenas um quilómetro. Nas entrevistas que realizou, deparou-se, nas quatro gerações, com uma referência comum ao lugar da catequese como local de brincadeiras. Foi ver o que se passava. Constatou primeiro que, "no meio urbano, o tempo que antecede e procede a catequese já não é de brincadeira". "As crianças são transportadas de automóvel, geralmente pelas mães. Não são sequer deixadas no adro, mas levadas à porta, para [os adultos] terem a certeza de que as entregam ao catequista: cerca de cinco minutos antes do fim da catequese, que demora à volta de uma hora, já estão outra vez à porta para pegarem nas crianças e desaparecerem dali." Mas a mil metros de Vila Verde, num contexto que Alberto Nídio descreve como "intermédio", já não totalmente urbano mas ainda sem ser rural profundo, "a esmagadora maioria das crianças vai sem adultos para a catequese, numa brincadeira pegada que se estende ao adro do templo e às ruas em volta".Parques infantis iguaisPara repor as crianças em acção não é só preciso que os pais mudem, é também necessário mudar as cidades e o que se decide sobre elas. O automóvel invadiu todos os espaços. Por se ter privilegiado sempre mais construção, as zonas livres são cada vez menos; e aquelas que foram "concebidas" para as crianças sofrem de um mal de raiz. "A maior parte dos espaços de recreio e jogo para crianças resulta de critérios ligados ao 'negócio' empresarial e político. Um bom exemplo disso são os parques infantis completamente padronizados, iguais em todo o lado, sem interesse nenhum para as crianças", denuncia Carlos Neto.Uma entre outras lacunas, diz: "Está ainda por criar em Portugal o conceito de espaço aventura", em que os mais novos são intervenientes no processo de construção e se privilegia o contacto com a natureza."Hoje, a vida na cidade é desesperadamente adulta e racional", lamenta o professor da Faculdade de Motricidade Humana. Em Londres, Nova Iorque, em vários pontos da Alemanha, entre outros lugares, estão em curso projectos com o objectivo de tornar as cidades mais amigas das crianças, promover a mobilidade (em Londres, os transportes públicos são gratuitos para menores de 16 anos) e assim ajudar também a combater uma das grandes ameaças do século, a obesidade. Calcula-se que, nas sociedades desenvolvidas, 40 a 45 por cento das crianças e adolescentes sejam sedentárias ou insuficientemente activas, adianta Carlos Neto. Provavelmente, irão dar corpo a uma geração de obesos (em Portugal, cerca de 14 por cento das crianças já o serão). Mas não é só o corpo, é também a alma que se encontra ameaçada. Neto di-lo de outro modo e deixa o recado: "É absolutamente importante que as crianças tenham uma infância feliz, não uma infância inventada pelos adultos".

Para os pais pensarem e mudarem ...

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Parlamento da Madeira. Normal ?!?

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Um homem só



Um homem só, é o que o incompetente Governador do Banco de Portugal é neste momento!!!
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Keane - Concerto Esgotado hoje em Lisboa

Direitos da Criança

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O Esquema do Manelinho


O esquema de compadrio montado pelo Ministro Manuel Pinho e o seu amigalhaço Manuel Sebastião e só dinheiro!
Digam que tem cara de tonto, mas esta cabeça não para!

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