sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por razões de ordem técnica...

Por razões que não de ordem meramente técnica este blog acaba aqui ao fim de 510 posts, foi bom enquanto durou e voltarei com outro blog que oportunamente divulgarei aos leitores deste humilde espaço, via correio electrónico.
Beijinhos e abraços e espero vê-los/as no outro cantinho!!!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O desemprego

Ouvi ontem a nova Ministra do Trabalho na Assembleia da República dizer que não sabia até onde aumentaria o desemprego e que não tinha uma bola de cristal para saber, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez-lhe o favor de informar na sua previsão para 2010/11 que o mesmo chegaria seguramente aos 11%. Agora interrogo-me, estes "bandalhos do governo" tem menos informação disponível sobre o seu próprio país que o FMI???
Esta treta à volta do Orçamento de Estado (OE) com negociações e ameaças de demissão do Teixeira dos Santos (já de olho no lugar de Governador do Banco de Portugal, que sempre ambicionou, diga-se de passagem) se fôr aprovada a revisão à Lei das Finanças Regionais antes das artimanhas preparadas para o OE cheira mal, ou melhor, tresanda e, entretanto, o desemprego vai aumentando para desespero de muitas famílias.
Sinto-me particularmente incomodado com o flagelo do desemprego, porque vejo que o desemprego que temos no nosso país é estrutural, e como tal, sem grandes hipóteses de diminuir, vejo casais com filhos que estão ambos no desemprego e pergunto à Srª Ministra que medidas pensa tomar para aqueles que são "apanhados" pelo desemprego???
Infelizmente, também constato que ainda há pessoas que procuram um emprego e não um trabalho para ganhar honestamente o pão que comem, e vivem alegremente às custas do Rendimento Mínimo Garantido, isso sim é que é vida!!!!

O inocente Flautulências da Costa...

Capaz de impressionar pessoas mais sensíveis...e revelador do tipo de gente que povoa / povou o futebol português durante anos..

http://www.youtube.com/watch?v=xK6nCGYB8Yw
http://www.youtube.com/watch?v=G5EMtn0EAYc
http://www.youtube.com/watch?v=dCvn2tEEj3E
http://www.youtube.com/watch?v=qgwoQoNmT6U
http://www.youtube.com/watch?v=P2dX61WvLDE
http://www.youtube.com/watch?v=CZAd9kYN5Z0
http://www.youtube.com/watch?v=wq87BdP3AaM
http://www.youtube.com/watch?v=WL8BCAUspp0

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quero ser dono de oficina de carros...

É verdade o meu sonho não é ganhar o Euromilhões ou a lotaria quero ser dono de uma oficina de carros, de preferência da marca.
Minhas senhoras e meus senhores, fui ontem buscar o meu carro à oficina e paguei a módica quantia de 1.030,85€ (já com uma atençãozinha disse com um sorriso nos lábios a recepcionista), os "doutores" mecânicos, pois andam de bata, mudaram a embraiagem, fizeram a revisão ao pópó e fizeram-se pagar só em horas de trabalho em cerca de 420€, nada mau!!!! O resto foi embraiagem 300€, filtros e óleos vários e IVA, outros 310€, vão mas é roubar o Camões!!!!! Como tenho um carro "maricas" com muita electrónica, e era a revisão dos 40.000km, fui desta vez à marca, mas vou voltar ao Mestre Carlos na próxima que me fica uns modestos 800€ mais barato.

O Benfica não foi o clube do Salazar, é isso sim o clube do povo

Um dos mais famosos provérbios portugueses diz: “uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade.” A mentira de que o Benfica era um clube protegido por Salazar tem sido dita muitas vezes com o objectivo duplo de menorizar as vitórias passadas do clube e modificar a história do futebol Português e, mesmo, de Portugal. Veremos de seguida os factos que desmentem por completo esta calúnia.

Portugal

Em 2008, data de publicação deste artigo, o Campeonato Português de Futebol conta com 73 edições, 31 ganhas pelo Benfica. António de Oliveira Salazar liderou Portugal entre 1933 e 1968. Desde da época 1933/34 a 1968/69 passaram 35 temporadas. Nesse tempo o Benfica venceu 14 campeonatos, o Sporting venceu 12 e o Porto 8. Assim sendo, de 31 títulos, o Benfica conquistou 14 enquanto Salazar esteve no poder e 17 sem Salazar. Tem-se de assinalar que o Sporting venceu apenas 6 vezes sem Salazar. Ou seja, em termos percentuais, cerca de 64% dos títulos do Sporting foram conquistados com Salazar no poder, ao contrário do Benfica, com cerca de 45%.

A época dourada (em termos internos) do Benfica coincide com o período mais esquerdista de Portugal, 1970-1980. Em 10 edições do campeonato, na década de 70, o Benfica conquistou 6 e conseguiu fazer dois campeonatos sem perder um único jogo. De realçar, que nos 20 anos seguintes à revolução de Abril, o Benfica venceu 10 campeonatos e 7 Taças de Portugal, contra 8 campeonatos e 5 taças ganhas pelo Porto e 2 campeonatos e 2 taças conquistadas pelo Sporting. Elucidativo…

Também nas 84 edições da taça de Portugal o Benfica venceu 27, 14 sem Salazar e 13 com Salazar. Mais uma vez, com ou sem Salazar, o Benfica mantém a senda vitoriosa.
Europa
Em termos Europeus, o Benfica conta com 8 finais europeias (7 na taça dos campeões europeus e uma na taça uefa) e duas meias-finais (taça das taças). Venceu ainda a taça latina e uma edição da taça ibérica (em 83/84). Estes dados mostram o poderio do Benfica quer em Portugal, quer na Europa, na era Salazar e no pós-Salazar. Relembro que a final da Taça Uefa foi em 1982/83 e a última presença na final na Taça dos Campeões Europeus foi em 1987/1988. Estas duas finais estão bem longe do período de influência de Salazar…
Curiosidades
Quem não conhece a história do Benfica pode pensar que o seu hino de sempre é a música de Luís Piçarra, mas isso não corresponde à verdade. O hino oficial do Benfica, composto por Bermudes, chamava-se “Avante Benfica” e foi censurado por Salazar por ser entendido como uma afronta ao seu poder.

Miguel Sousa Tavares, adepto portista reconhecidíssimo, no seu best seller Rio das Flores, apresenta um excelente trabalho acerca da evolução das ditaduras de direita na primeira metade do século XX. Miguel Sousa Tavares não podia ser mais explícito, e dada altura, refere: “Sporting era o clube do regime”. Contudo, Salazar aproveitou-se das vitórias do Benfica para se promover e credibilizar como faria qualquer ditador.

Na história do Benfica contam-se imensos dirigentes que lutaram contra o fascismo de Salazar. Manuel Conceição Afonso, Félix Bermudes (o autor do hino censurado), Tamagnini Barbosa e Júlio Ribeiro são alguns desses exemplos. Mais, este último declarou publicamente que não se recandidataria à presidência do clube porque, precisamente, sabia estar a prejudica-lo junto do poder central. Para finalizar: José Magalhães Godinho, conhecido opositor do regime, foi o primeiro director do jornal do Benfica.
O estádio das Antas (FC Porto) foi inaugurado dia 28 de Maio (dia comemorativo da revolução que deu origem ao estado novo). Quando o Benfica foi ocupar o campo 28 de Maio (onde jogava o Sporting) muda o seu nome para estádio do Campo Grande.

O Benfica foi obrigado a jogar a final da taça de Portugal em 1961/62 em casa do adversário (Vitória de Setúbal) um dia depois de o Benfica ter vencido o Barcelona na final da Taça dos Campeões Europeus. Os 15 jogadores que estiveram nesse jogo estavam em viagem no dia do jogo em Setúbal em que o Benfica perdeu 1-0.

Em 1954/55 O Benfica apesar de campeão não foi indicado para a Taça dos Campeões Europeus porque naquela altura os clubes eram sugeridos pelas entidades nacionais responsáveis e o Benfica, mesmo sendo campeão, foi preterido em favor do Sporting.
“Cegos não são os que não vêem, mas sim os que não querem ver”

Haiti

Ainda não tinha aqui falado sobre a tragédia que se abateu sobre o Haiti, não porque não esteja solidário com essa gente que ao longo da sua existência tem caminhado para um beco sem retorno que advém em muito da falta de democracia que grassa naquele território desde os tempos de governação do famoso "Papa Doc".
A maior lição que retiro desta tragédia é a solidariadade mundial para com aquele pequeno país que não tem petróleo ou outra riqueza, e todos ajudaram sem pestanejar e desde o primeiro momento, confesso que nunca duvidei que o mundo continuava solidário, mas às vezes nunca sabemos do quê que alguns governantes são capazes.
Na noite de 12 preparava-me para deitar quando me detive numa notícia da CNN e ali fiquei até às 00.30h a ouvir os relatos da tragédia, e confesso-vos que nessa noite agradeci a Deus estarmos vivos, com saúde e longe daquele perigo, a vida é injusta e 36 segundos podem derrubar os sonhos de uma vida.
Ontem ouvi no Telejornal que agências de adopção holandesas e americanas já estão a trabalhar para que as crianças órfãs possam ser adoptadas por cidadãos desses países, e pergunto em que ponto estamos no que respeita à adopção internacional por parte de cidadãos portugueses?! Em conversa com a minha cara-metade confidênciamos que adoptariamos de imediato uma criança haitiana se tal fosse possível, mas infelizmente, neste triste país tal não é possível, como não o foi quando tentamos adoptar uma criança chinesa à três anos, não foi porque Portugal não tem acordo com a China em matéria de adopção, mas a Espanha tem e para nós na altura com duas crianças pequenas seria complicado ir à China buscar a criança (teríamos que ficar 15 dias na China e depois passados seis meses teríamos que ir a Barcelona para que os serviços de adopção espanhois verificassem a evolução da criança), o sonho desvaneceu-se, mas continua viva a vontade de adoptar quem de nós precise.

Pai, quero ser feliz - Roni Jay

Li este livro em dois dias e recomendo vivamente para quem tem filhos que o leia pois vale mesmo os 12,50€ que paguei na Bertrand. Tem conselhos que nos põe no nosso lugar e faz-nos, de certa forma, estabelecer prioridades.
A ler!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ingrid Fliter plays Haydn



Um dia gostava de ver a minha filha tocar assim, será que ela fará a vontade ao pai?

Tine Thing Helseth: Haydn Trumpet Concerto, 3rd mvt



Hoje apetece-me ouvir Haydn, deve ser para me preparar para o que vou pagar à tardinha na oficina.

Bom dia e desfrutem desta maravilhosa peça de arte!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sexta-feira negra

Tivemos um início de fim de semana delicioso:
Primeiro, telefonaram do Jardim de Infância para avisar que a Clarinha estava com 38,6º de febre, por isso algum de nós teria de ir busca-la (foi a mãe), eu fui buscar a Constança e a minha mulher a Catarina. Chego a casa e toca de ir com a Clara à médica e, eis senão quando ao fazer um ponto de embraiagem o meu fiel cavalo, leia-se,carro não quer arrancar e dá a mensagem para me dirigir à oficina (6ª feira, 19.10hrs) qual oficina qual quê foi mas foi à médica.
Lá chegado ouvidos nada, garganta nada, auscultação tosse Clarinha (a fita do costume, não gosta de tossir), após a ameaça do pai lá tossiu e eis o diagnóstico princípio de Pneumonia, já fiquei amarelo a paciente não estava nem aí e brincava alegremente. Fui pô-la a casa e dirigi-me para a farmácia para "aviar" a receita e burro não levei o carro da minha cara metade e insisti no meu e lá fui numa autêntica odisseia até à farmácia cheguei a casa guardei o "bicho" na garagem até hoje de manhã, onde após mais um esforço titânico o coloquei na oficina.
Eis o relato do meu fim de semana!!!
P.S - Safou-se a vitória do SL Benfica (que testemunhei ao vivo e a cores) e o facto da Clarinha estar muito melhor e sem febre desde 6ª feira à noite, agora está em casa a receber os miminhos da Zoea (nossa empregada) e com certeza mais babosa do que nunca.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A vida...

Temos da vida, especialmente quando somos muito novos, que esta tem duração ilimitada e que de certa forma somos imortais, tal qual a daqueles que nos são mais próximos. Ontem, ao visitar um blog que com frequência quase diária visito fui confrontado com uma notícia que não estava à espera e que me deixou perturbado o resto do dia e ainda, de certa forma, estou!!! Um antigo treinador meu de andebol faria ontem 51 anos, faleceu em finais de 2008, e eu nem estava perto de imaginar, nunca mais o tinha visto, mas, também há pessoas que nunca mais vi e que estão vivas.
A vida é isto uns nascem e outros morrem quando menos se espera e tudo o que temos por adquirido, não é bem assim, tudo é efémero e fugaz. Tenho tentado transmitir às minhas filhas essa ideia de que nunca podemos ter certezas absolutas na vida, mas com a idade delas também eu acreditava que seria imortal, tal qual os meus pais, irmão, amigos, avós...
Diz a canção que Deus leva os que Ama, só Deus tem os que mais ama, mas que custa perdê-los custa!!!

O que ainda podemos aprender com as vitórias e derrotas dos romanos

Li uma entrevista muito interessante que o historiador Adrian Goldsworthy deu ao Público, fascina-me a História, para nos conhecermos melhor temos de conhecer a História Antiga, sem Cultura Clássica não há Cultura de todo.
Boa leitura!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ainda dizem que os homens é que enganam!!!! Não é assim, Mrs. Robinson???

Irlanda do Norte: Traição abre crise política
Escândalo afasta primeiro-ministro
O primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson, sob fogo após o escândalo sexual em que está envolvida a mulher, anunciou o seu afastamento durante seis semanas para separar o seu nome da investigação que está em curso. Durante esse período será substituído por Arlene Foster, ministra dos Negócios, Comércio e Desenvolvimento.

Robinson tomou a decisão de se afastar interinamente apesar de ter recebido apoio "sem reservas" do Partido Democrático Unionista, que rejeitou os apelos de demissão da oposição.
Recorde-se que o chefe do governo do Ulster ficou com a posição fragilizada após ter vindo a público que a mulher, Iris Robinson, de 60 anos, manteve vários affairs, um dos quais com Kirk McCambley, agora com 21 anos, a quem ajudou a obter um empréstimo de 50 mil libras e uma licença para abrir um café em Belfast. Peter Robinson admitiu saber da ajuda dada pela mulher e disse tê-la perdoado.

Após a BBC ter revelado o escândalo sexual, Iris Robinson admitiu a sua aventura com Kirk McCambley num comunicado, em que assegurou que tudo começara quando tentava consolar o jovem pela morte do pai, William McCambley, um talhante com quem terá mantido também um romance. Segundo a imprensa, Robinson terá tido pelo menos mais dois amantes: um colega de partido na década de 80 e um homem não identificado que trabalhou com ela na década de 90.

PORMENORES
TRATAMENTO
Iris Robinson está a receber tratamento psiquiátrico agudo desde que deixou a política, por depressão, em Dezembro.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Juros vão subir pouco em 2010 e 2011

Entrevista António de Sousa ao jornal i
Juros vão subir pouco em 2010 e 2011
por Sílvia De Oliveira,
"Aumentar impostos [em 2010] é extremamente indesejável", diz o presidente da Associação Portuguesa de Bancos

António de Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), fala de Portugal, do futuro da banca, das taxas de juro e da economia. Diz que em Portugal não existe uma restrição efectiva ao crédito e acredita que o maior problema das empresas é a incapacidade de se financiarem autonomamente. Prevê que o aumento das taxas de juro em 2010/2011 seja pequeno e defende a estabilidade dos governos.
Que perspectivas tem para o sector da banca e para o sector financeiro para este ano? O pior já passou?
Na situação internacional todos os indicadores apontam para isso: o pior já passou. Há uma situação de estabilização da banca. Nem todos os aspectos ligados aos chamados activos tóxicos estarão totalmente resolvidos, mas é uma área em que não parece que ainda possa haver grandes surpresas. Em Portugal isso não foi muito importante - os activos tóxicos tinham um significado praticamente irrelevante. O que temos agora são as consequências no sector financeiro da situação de crise económica, da qual também parece estarmos a sair, embora ainda demore algum tempo a consolidar. Como é habitual neste sector, há uma diferença temporal entre o momento em que a crise atinge os seus pontos máximos e as repercussões dessa mesma crise, nomeadamente em termos de crédito malparado. Isso pode ser um dos aspectos negativos para a banca, quer em termos internacionais quer em termos nacionais.
Aí sim, não temos uma diferenciação.Em 2010 pode haver um agravamento significativo do crédito malparado?
Na área dos particulares tudo aponta para que haja já uma estabilização. Os números dos últimos meses apontam, uns para uma melhoria, outros para uma estagnação. No domínio das empresas tem-se verificado, e é natural que assim continue, um agravamento do malparado por ser uma situação cumulativa.
Mesmo com o agravamento do desemprego que poderá continuar em 2010?Obviamente que o agravamento do desemprego em 2010 pode ainda existir, mas um aumento não terá com certeza, espero eu, o mesmo significado que no ano transacto. Pode ter algum impacto, mas tudo indica que as taxas de juro durante o próximo ano se mantenham a níveis muito próximos dos actuais. Pode haver pequenos aumentos, mas aumentos de zero vírgula qualquer coisa, que só devem acontecer depois do Verão.
O aumento vai a doer a partir de 2011?
A partir de 2011 é natural que comece a haver algum aumento e, mesmo assim, não me parece que seja muito significativo. Em 2012/2013 já é difícil de prever. Em 2010/2011 é natural que haja algum aumento, mas estamos a falar de aumentos de zero vírgula qualquer coisa - na média do ano, sem significado. Isto cria uma situação em que, na maior parte das famílias, há uma certa folga criada pela diminuição das prestações. Em geral, teremos uma situação de estabilidade.Há quem tema o aumento das falências pessoais...É um fenómeno que pode abranger umas centenas de pessoas, mas, em média - e esse é o problema das médias, há sempre casos excepcionais -, os indicadores não apontam nesse sentido. Haverá sempre os tais casos de marido e mulher que ficam desempregados ao mesmo tempo, pessoas que têm problemas de saúde... Quando se fala de falências familiares, ou pessoais, que acontecem todos os anos, a probabilidade é maior. Mas estamos a falar de casos muito reduzidos, casos sociais complicados que não têm um impacto sistémico.
Espera mais falências de empresas em 2010?
Não serão necessariamente falências. Muitas vezes, até por o processo de insolvência em Portugal ser complexo e não estar ligado directamente à situação económica da empresa, mas sim à situação financeira, o número de falências não tem a ver com ciclo económico. Interessa muito mais ver que tipo de empresas estão a falir e qual a sua dimensão. Os casos mais graves e de maior dimensão, muito ligados às exportações e muito afectados pela situação internacional, já aconteceram. Agora há muitas empresas que já estavam descapitalizadas antes da crise. Ainda se foram aguentando este ano, mas tem-se verificado, de mês para mês, que o grau de incumprimento vai aumentando. Não muito - continua a ser um incumprimento relativamente baixo em termos internacionais.
Em termos absolutos, obviamente que é pior do que antes.Se as taxas de juro também vão aumentar em 2011, podemos esperar que esse seja mais um ano difícil?
Acho que o aumento das taxas de juro em 2011 vai ser irrelevante. Se for 0,25% em Setembro ou Outubro, por exemplo, o impacto nas contas das empresas, na maior parte delas, principalmente quando falamos de PME, será na ordem das centenas de euros ou dos poucos milhares de euros. Não é isso que faz uma empresa ir à falência. Não será o impacto das taxas de juro que vai agravar a situação das empresas em 2010, e duvido que o seja em 2011. A partir daí, se houver uma retoma geral da economia, é normal que as taxas voltem a subir.
Se espera um agravamento do malparado nas empresas, a banca pode limitar- -lhes a concessão de crédito?
Não. Portugal continua a ser, dentro da zona euro, dos países onde o consumo de crédito continua a crescer, ou seja, é positivo - obviamente que com valores baixos. No entanto, quando a economia está a decrescer e a inflação é negativa, como neste momento, um crescimento ainda que pequeno é um crescimento real e significativo. É acima da média da zona euro e não me parece que haja, neste momento, uma restrição efectiva ao crédito. Há uma questão que tem sido levantada por toda a gente...O Presidente da República falou na necessidade de a banca emprestar dinheiro às empresas...A questão fundamental é que as empresas consigam capitais próprios, capacidade de se financiar autonomamente.
Porque o seu nível de endividamento é dos mais elevados em termos europeus.Então o problema está nas empresas que não conseguem diversificar as suas fontes de financiamento?
Isso é verdade para Portugal há algumas décadas. Mas com a crise a dependência face ao crédito pode acentuar-se.Não necessariamente. Houve muitas empresas que, este ano, reduziram a sua necessidade de crédito. Com a diminuição de actividade e a diminuição de stocks diminui automaticamente a necessidade de crédito para fundo de maneio. A questão do crédito às empresas não é um problema central. Há um problema estrutural na nossa economia que é a falta de capitais próprios nas empresas. Penso que o governo tem tido medidas sucessivas, com êxito moderado, de recapitalização das empresas.
Vai haver ou não limitação do crédito?
Não. Não há, nem vai haver.Então não será por culpa da banca que as empresas não conseguirão financiar os seus projectos.Infelizmente, neste momento há muita falta de projectos. Aliás, ainda no outro dia, numa reunião que houve com a banca, com o Ministério da Economia e associações empresariais, se percebeu que há muita falta de projectos de investimento: é normal nesta conjuntura.
Faltam projectos inovadores, é isso?
Não é tanto a questão dos projectos inovadores. A maior parte das empresas tem excesso de capacidade, capacidade não utilizada. Aliás, esse é um problema típico da saída de uma crise económica. O investimento demora mais tempo a aparecer. E isso é um processo que só começará a tomar balanço em Portugal com a recuperação da zona euro. Porque somos um país em que o sector exportador é fundamental.
Acha que em Portugal há política económica? Para indicar às PME com o que podem contar nos próximos anos?
Há muitos anos que tenho dúvidas sobre esse tipo de orientação. Há casos de sucesso e casos de insucesso em praticamente todos os sectores. São os empresários que têm de descobrir quais são os seus nichos de mercado, por isso é que são empresários. Empresário é exactamente aquele que é capaz de inovar, de descobrir o seu mercado. Normalmente, acho essas orientações dirigistas pouco aconselháveis. Há uma coisa que os governos podem fazer e que têm tentado fazer: os chamados clusters - por exemplo, grupos de actividades, apoios à inovação e coisas do género. Mas o governo estudou e decidiu que clusters faziam sentido no país e quais os sectores de sucesso, apesar de alguns não estarem a produzir resultados...Alguns estão. A indústria automóvel, por exemplo.Logo a indústria automóvel, que está numa mutação profunda...É de facto um problema neste momento, mas é claramente um cluster que durou muito em Portugal. E há outras áreas onde isso se verifica. Muito mais do que dizer onde se deve investir, devem criar-se condições ambientais para que investir seja fácil. E penso que nesse aspecto coisas como o Simplex nas empresas foram francamente positivas. Mas há coisas que têm de melhorar: os licenciamentos ainda demoram muito tempo e são demasiado complexos, por exemplo. É preciso criar um enquadramento competitivo favorável. Falou em êxito limitado de alguns programas dirigidos a empresas.
Estava a referir-se aos programas das PME?Foram criados fundos quer para fusões e aquisições de empresas - um aspecto importante para ganharem alguma dimensão -, quer para aumentar o capital próprio das empresas...E os empresários não têm aderido?
Menos do que seria desejável. Os fundos têm sido utilizados, mas menos do que seria desejável. Ou seja, em Portugal continua a acreditar-se que o endividamento é algo positivo, quando nós sabemos que o endividamento em Portugal atingiu níveis claramente elevados.Insustentáveis em alguns casos.Por enquanto não são...
E perigosos, são?(silêncio)
Mais uma vez, por enquanto não são. Se a tendência se mantiver durante vários anos e não houver uma recuperação da economia, então com certeza que serão. Por exemplo, as famílias responderam muito bem. As empresas têm tido menos capacidade de adaptação.Um dos problemas é o aumento previsível do crédito malparado.
O que é que isso vai significar para a banca?
Como já aconteceu em 2009, a taxa de rentabilidade dos capitais da banca começa a ser muito baixa. Diz-se que os bancos têm muitos milhões de euros de lucros, o que é verdade. Mas, comparando com os capitais próprios investidos, a taxa tem vindo a descer substancialmente.
Mas ainda é interessante?
Não. Se reparar esse é um dos principais avisos feitos pelas agências de rating. Dizem que, se a rentabilidade da banca não subir num futuro próximo, há a possibilidade de o rating descer.
Até quanto deviam subir os rácios de rentabilidade para o sector ficar mais confortável?
Pelo menos acima de dois dígitos, dos 10%. Neste momento está nos 8%, aproximadamente, o que é uma rentabilidade baixa em termos internacionais. Os bancos - se houver uma expansão da economia, obviamente, e até com as novas regras de capital - vão precisar de mais capitais. Este ano foram bem-sucedidos a ir ao mercado, mas é preciso que continuem a conseguir convencer em termos internacionais, porque esses capitais não vêm de Portugal. Portanto, precisam de obter uma rentabilidade razoável ou pura e simplesmente não conseguem esse capital.
É de esperar que em 2010 se consiga aumentar a rentabilidade da banca?
Eu diria que, provavelmente, não. E isso significa que...Que os ratings irão descer...Não, diria que vão descer mas não vão voltar ao que estavam.E o crédito vai ser mais caro.O funding para os bancos não vai ser mais caro, mas também não será mais barato.
Essa situação pode ser resolvida a partir de quando?
Depende da recuperação da economia. A banca não é imune ao que acontece na economia. A banca estava bem capitalizada e por isso pôde aguentar este período sem grandes problemas. Este ano, vários bancos conseguiram ir ao mercado financiar-se e capitalizar-se. Penso que para o ano não deverão ser necessários aumentos de capital - a não ser que haja uma expansão muito grande da economia, o que não é previsível. Depois, as directivas de capitalização não vão entrar todas ao mesmo tempo, mas de forma gradual ao longo dos próximos anos. Penso que a partir de 2011/2012 vai ter impacto na necessidade de capitais dos bancos. Em todo o caso, falta muito tempo e é preciso ver como isto corre. O problema é se continua a piorar o rating da República. Penso que isso vai depender de coisas como o Orçamento do Estado.
Acredita nas avaliações das agências de rating?
Tenho sido muito crítico em relação ao que as agências fizeram e em relação à sua falta de capacidade de previsão. As agências foram muito lentas no momento da crise. Neste momento, pelo contrário, estão a ser bastante mais rígidas.
Acha que estão a exagerar?
Penso que em alguns casos houve alguma sobre-reacção.
No caso português?
Sim. Aliás, tenho-o dito em seminários.
O outlook negativo é portanto injusto?
É uma acusação grave, porque as agências de rating mexem com a vida de milhões de pessoas na economia.As agências de rating estão a ser demasiado conservadoras. Ou seja, foram demasiado optimistas há uns tempos, agora... É um pêndulo habitual nestas situações, como acontece nos mercados financeiros.
No caso português, não acho que haja razões para terem sido tão negativas.Portugal pode ter problemas semelhantes aos da Grécia? Ou houve exagero na avaliação da questão grega?
No caso da Grécia, os números que aparecem são assustadores. Mas tem havido uma enorme discussão sobre quais são os números verdadeiros: se o défice é de 12%, se é 14%. Em Portugal não existem dúvidas dessas.No passado já aconteceu o défice ser revisto fortemente em alta.Nunca nos aconteceu sermos criticados, a não ser por uma décima ou duas. No caso da Grécia, estamos a falar de valores muito grandes. As discussões com o Eurostat sobre a forma de calcular o défice acontecem com todos os países, dos maiores aos mais pequenos, dos mais ricos aos mais pobres, e isso tem a ver com métodos de cálculo.Depende: se olharmos para a dívida pública agregada na qual se incluem os compromissos com o sector empresarial do Estado, com as concessões, com as parcerias público-privadas...Isso é realmente preocupante.
Já estamos nos 100% do PIB, como diz o estudo do BPI?
Sim. Mas se fizermos isso para os outros países, a dívida pública também aumenta substancialmente.
Os governos são despesistas e aproveitam as crises para se endividarem ou não têm outra opção senão endividar- -se por conta do sector privado quando este não consegue?
Eu penso que não é um problema de orçamentação, é um problema de estabilizadores automáticos: com a crise, a receita fiscal diminui e as despesas sociais aumentam. Isso aconteceu em Portugal e em toda a parte, indo directamente ao défice e com um impacto grande na dívida pública. É inevitável. O problema é controlar isso. Em 2009, penso que os resultados para a economia portuguesa foram razoáveis, aceitáveis dentro do contexto europeu e mundial. Esperemos que para 2010 também seja assim, mas aí o Orçamento do Estado é uma peça fundamental. Pelo menos para indicar as linhas de actuação.
O que gostava de ver no OE?
Não gostava de ver nada específico.
Mas o que gostava de ver para devolver a confiança?Para devolver a confiança aos raters?
Aos raters, aos empresários, à população.O problema da confiança tem muito a ver com aspectos que muitas vezes são subjectivos. E não é o Orçamento do Estado (OE) que cria confiança nas pessoas. Para os raters será.
Quantos de nós lemos o OE de uma ponta à outra?
É um instrumento poderoso de política económica.Isso é, isso é. O OE é realmente importante para criar confiança aos raters e às empresas maiores. Não acredito que ao nível das PME haja uma leitura intensa do Orçamento. Como sinal de política económica é importante. É fundamental que o OE mostre que tem medidas que não agravam a despesa, que aponte até para uma contenção de despesa. Numa situação de crise não espero que se corte em medidas sociais, mas há outras onde a contenção é possível.
Como, por exemplo?
O meu papel aqui, enquanto Associação Portuguesa de Bancos, não é dar ideias de política económica para o governo.
Mas acha que um dos sinais do governo deveria ser, por exemplo, o congelamento dos salários da função pública?
Neste momento é claro que o montante da despesa no PIB não pode continuar a subir. Além disso deve ver-se o caminho de começar a descer. Portanto, não é só não subir como, eventualmente, manter-se mais ou menos constante ou com uma pequena descida em 2010, e depois claramente começar a descer. A despesa em salários públicos tem um peso enorme na despesa. Como imensas outras coisas.
O congelamento seria um bom sinal?
A questão dos salários em qualquer sector depende de imensos factores. Muito mais do que saber qual é o aumento, interessa saber qual é a massa salarial, ou seja, o total da factura. Isso é que realmente interessa em termos económicos.
Como se mexe na massa salarial em 2010?
Quando fala de aumentos da massa salarial não se trata apenas do aumento de x%, mas também dos outros mecanismos que existem na função pública - como em outros sectores, mas aqui mais que nos outros -, como as progressões automáticas, as carreiras, etc., que têm um impacto muitas vezes maior. Temos problemas estruturais a esse nível que fazem com que a massa salarial aumente mesmo sem que haja aumentos. Claramente, tem de haver moderação.Muitos defendem aumentos de impostos já neste OE.Isso seria realmente um teste, tendo em conta que os impostos na economia portuguesa já representam uma parte muito elevada do PIB.
Como se diminui a dívida?Aumentar impostos é extremamente indesejável.E quanto às obras públicas e endividamento? Devem acontecer?
Tipicamente, nas situações de crise, o endividamento é desejável. Mas, sendo mais específico, em 2010 é fundamental continuar o que começou em meados de 2009: as pequenas obras públicas, que têm impacto mais directo na economia: escolas, hospitais, melhoramento de ruas.
A grandes obras não devem avançar?
As grandes obras terão um impacto relativamente pequeno em termos de endividamento. É importante haver investimento público que se repercuta em emprego e consumo de produtos portugueses. Há sempre uma parte que é importada, mas isso inevitável. Em relação às grandes obras a questão tem sido muito politizada. Não sou especialista em transportes, mas enquanto observador parece-me que o número de auto-estradas no país já é muito grande. Depois fala- -se muito em TGV e aeroporto, que são investimentos que hão-de acontecer, a prazo. O aeroporto se calhar não é tão premente porque, com a crise, o tráfego reduziu e as previsões de crescimento foram afastadas no tempo.
Tem havido aproximação entre PS e PSD com vista a um pacto para reduzir o défice no OE . Acredita num entendimento com os actuais líderes?
Mais que as pessoas, a situação impõe-no. Tudo indica que sim. Mas esses pactos têm pouco resultado.Os de 1983 e 1985 resultaram, numa crise tão grande como esta, em circunstâncias em que havia ainda fórmulas de fazer ajustamentos brutais de forma menos transparente - como a descida de salários através da inflação. Aquela situação resolveu-se, mas a seguir andámos anos a ver como resolveríamos o seguinte problema. É um assunto que a maioria das pessoas, até o cidadão comum, já percebe: que a situação financeira ou é controlada ou vai bater-lhe no bolso. As pessoas têm consciência disso, nomeadamente através das taxas de juros.
É desejável que este governo cumpra até ao fim o seu mandato?
Sempre defendi a estabilidade política e são de aproveitar todas as condições para que existam os acordos necessários. Isso é sempre desejável.

Calendário Fiscal de 2010

Eu sei que não é muito agradável, mas aqui fica...

O Portal das Finanças acaba de divulgar o calendário* para a entrega da declaração anual do IRS (Modelo 3) relativo às várias fases e meios.
Assim, para quem pretenda efetuar a entrega em papel, poderá fazê-lo:
De 1 de Fevereiro a 15 de Março, caso apenas tenham sido auferidos rendimentos do trabalho dependente ou pensões (1ª Fase).
De 16 de Março a 30 de Abril, sempre que tenham sido obtidos rendimentos de outra(s) natureza(s) (2ª Fase).
Se pretender entregar a declaração via Internet os prazos são :
De 10 de Março a 15 de Abril, caso apenas tenham sido auferidos rendimentos do trabalho dependente ou pensões (1ª Fase).
De 16 de Abril a 25 de Maio, sempre que tenham sido obtidos rendimentos de outra(s) natureza(s) (2ª Fase).
Se perderam as senhas de acesso poderam sempre requerê-las atempadamente junto do Portal das Finanças.
Entretanto podem consultar algumas das regras relativas às deduções fiscais em vigor (aqui) para a declaração deste ano bem como o simulador para o IRS relativo a rendimentos de 2009.
* O referido calendário sumariza as datas para as várias obrigações declarativas para os mais diversos impostos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Aos homossexuais...

Meus caros, não sou homofóbico e acho que quem é homossexual deverá ter os mesmos direitos que os heterossexuais, apenas tenho uma concepção de casamento diferente da vossa. No entanto, quero esclarecer que o que escrevi no post anterior (A nossa esquerda) tem a ver com o timing de aprovação desta lei, quando existem milentas questões mais graves no país.
Assim, não aceito, nem publico as mensagens mal-educadas que cerca de 40 senhores e senhoras me dirigiram no espaço de duas horas. Este é um país democrático e eu tenho o direito a exprimir a minha opinião, assim se não gostam ponham na borda do prato ou vão ler outros blogs mais cor de rosa, ok!!!!!!

Moleskine



Já há uns anos que não consigo viver sem ele, tenho Moleskine para várias situações, a saber:

1- Agenda Pessoal

2- Livro de notas/apontamentos

3- Divagações pessoais

4- Agenda Telefónica


Nâo sei o que seria da minha vidinha se não escreve-se tudo nos meus Moleskine, é um caderninho que realmente ajuda a sistematizar o meu dia-a-dia.





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Desemprego já ultrapassou barreira dos 10 por cento

Valor mais alto dos últimos 26 anos
Desemprego já ultrapassou barreira dos 10 por cento
Por Vítor Costa


Pela primeira vez a taxa de desemprego em Portugal ultrapassou a barreira dos 10 por cento. Os números divulgados pelo Eurostat, o órgão estatístico da União Europeia, mostram que o flagelo do desemprego continua a crescer e que a previsão de alguns organismos internacionais que apontavam para uma taxa de desemprego de dois dígitos no final do ano pode vir a ser uma realidade.Os dados divulgados ontem não constituem uma surpresa, já que o próprio Instituto Nacional de Estatística (INE) tinha dado conta que o desemprego atingira os 9,8 por cento ou os 547 mil desempregados no terceiro trimestre. E o Instituto do Emprego e Formação Profissional também já havia divulgado que no final de Outubro havia mais de 517 mil desempregados. Os dados do Eurostat destacam-se, no entanto, dos restantes porque mostram que a taxa de desemprego em Portugal continua a bater recordes. Por um lado, atingiu os 10,2 por cento em Outubro, mas a barreira dos dois dígitos já tinha sido ultrapassada em Setembro uma vez que este valor foi agora revisto para 10,1 por cento. Ao mesmo tempo, o órgão estatístico da UE revela que o desemprego em Portugal é, agora, o mais alto desde 1983, ano a partir do qual publica estas estatísticas. E, analisando a taxa de desemprego desde essa data, é possível verificar que ao longo dos últimos 26 anos apenas entre Outubro de 1984 e Maio de 1986 a taxa de desemprego ultrapassou os nove por cento. Os dados do Eurostat permitem ainda verificar que desde 1995, ano em que há dados agregados para o conjunto dos países da zona euro, apenas entre Novembro de 2006 e Setembro de 2008 é que Portugal apresentou uma taxa de desemprego superior à média do euro. Agora, esta realidade volta a ser sentida. Por último, com os dados de Outubro, Portugal passa a ser o quarto país da zona euro com a taxa de desemprego mais elevada sendo apenas ultrapassado por Espanha, Irlanda e Eslováquia, respectivamente com taxas de desemprego de 19,3 por cento; 12,8; e 12,2 por cento. Subida sem fim à vistaNa origem deste cenário negro está a actual crise internacional que atirou a generalidade dos países ocidentais para recessões profundas a que Portugal também não escapou. Com a recuperação económica a iniciar-se poder-se-ia esperar que o desemprego também começasse a dar sinais de travagem, mas não é o que está a acontecer. Por um lado, porque há sempre um período de tempo entre a recuperação da economia e os seus efeitos sobre a criação de emprego. Mas a falta de sinais da melhoria resulta essencialmente do facto de a recuperação económica que se faz sentir ser ainda extremamente débil. Os últimos dados disponíveis mostram que no terceiro trimestre de 2009 a economia portuguesa terá crescido 0,9 por cento face ao trimestre anterior, mas este crescimento ainda representa uma queda de 2,4 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2008. Assim, na hipótese de se cumprirem a generalidade das previsões para Portugal, a economia em 2009 deverá registar um recuo em redor dos três por cento e mesmo em 2010 o crescimento que é antecipado não chegará a um por cento. Em ambos os casos, trata-se de valores que não permitirão ganhos ao nível do emprego.Mas este não é um cenário exclusivo da economia nacional. Os dados do Eurostat mostram que na zona euro o desemprego voltou a subir, atingindo em Outubro os 9,8 por cento. Um valor que constitui uma estagnação face ao mês anterior (também revisto em alta), mas que é o mais elevado dos últimos 11 anos.

A nossa esquerda...

É revoltante estar a assistir ao debate que hoje está a decorrer na Assembleia da República sobre o "casamento" entre homossexuais, o Bloco de Esquerda, o Partido Socialista e o PCP preocupados com o dito contrato de casamento entre pessoas do mesmo sexo, quando o desemprego no país atingiu (números fresquinhos de hoje) 10,3%, mas isto não interessa nada, não é verdade senhores da esquerda!!!!
Vamos mas é falar dos casamentos entre gays, isso sim, é uma matéria fracturante para a sociedade portuguesa que tem um nível de endividamento a rondar os 100% e um deficit perto dos 9%, estes de esquerda que vivem do love power e do flower power, saberam dizer aos portugueses quando os taxarem não sei mais quantos impostos que estavam alegremente a discutir na AR o casamento gay.
Sinto que vivo num país de alucinados, em que as prioridades estão todas viradas do avesso, nós preocupamo-nos em construir uma linha de TGV, quando não temos dinheiro para a construir, enquanto outros paíse mais atrasados como a Dinamarca, Noruega, Suécia, Aústria, entre outro nem querem ouvir falar nisso, mas nós não como somos "competitivos" vamos aniquilar o futuro dos nossos filhos e netos com dívidas para ter uma "porcaria dum comboío".
Estou farto de ouvir falar que é propriedade da esquerda o amar o próximo, ajudá-lo, mas é vê-los o Louçã, Fernando Rosas a Aninha Drago com as suas roupitas de marca e tal, mas são muito preocupadinhos com os mais desfavorecidos, mas só apoio moral que não pesa na carteira.
Amigos e amigas estes políticos são todos farinha do mesmo moínho, querem é saber deles, mas não têm a "lata" de se assumir é o que é.
Tenho três filhas pequenas e peço a Deus que nos dê força e saúde para pouparmos algum dinheiro para que elas possam estudar, ou pós -graduar no estrangeiro porque aqui ou se encontra petróleo no Beato ou, mais dia menos dia, a loja apresenta-se à insolvência.
Amo o meu país por isso preocupo-me, sinto-me angustiado com o que observo à minha volta na sociedade portuguesa.
VIVA PORTUGAL!!!!
P.S.- Já agora porque é que não querem o referendo sobre o casamento entre homossexuais têm medo de ouvir o povo, senhores da esquerda????

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Neve no Big Ben



Londres está linda e caótica por estes dias, e tudo graças à neve que cai com abundância!
Gosto de Londres, de Hyde Park, dos seus autocarros de dois andares (nada prático para quem tem três crianças), dos seus táxis, do metro que nos leva até onde a vista alcança, dos guardas da Rainha, da Oxford Street, do melting-pot de raças e crenças, do Arsenal, enfim, não sendo a minha cidade favorita está no top 5, a saber:

1- Barcelona

2- Paris

3- Lisboa

4- Edimburgo

5- Londres
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As atitudes que nos deixam tristes...

Leio, diariamente, quase por vício o blog Broas de Mel e gosto de lê-lo porque é um relato real, autêntico de uma vivência familiar quotidiana, com altos e baixos como todos. Hoje ao ler os últimos posts colocados pela sua autora (a Quicas) até me assustei, e explico-vos mais à frente porquê, com tanta tristeza e angústia com as atitudes de certas pessoas que a deixaram triste.
Ora, eu também fico assim com atitudes do género fingir que não vê, só falar em determinadas ocasiões, se meterem na nossa vida sem saberem puto do que estão a falar, de novelarem/historiarem sobre a vida do casal sem saberem das nossas alegrias e tristezas que são transversais a todos os casais, enfim, e outras coisas mais...
Já há alguns anos tomei a decisão de, e peço antecipadamente perdão, c...r nessas ditas pessoas, estou-me nas tintas para que gostem ou não de mim, quem eu quero que goste diz que me ama assim, tal qual como sou, por isso, nem perco muito tempo a pensar no que os outros pensam de mim.
Também eu Quicas não acredito nos blogs em que tudo é perfeitinho, e eu tenho experiência, tenho 3 filhas que adoro, mas às vezes dão-me cabo do juízo, não acredito que seja assim tudo perfeito, nós por exemplo temos as rotinas das miúdas bem definidas, os sonos, trabalhos, brincadeiras, estarem as manas juntas (as 3), estarmos todos, temos a rotina diária e a de fim de semana e também a de férias, e funciona em 90% das ocasiões e quando falham os outros 10% já desastabilizamos, mas a vida é assim. Também não gosto dos blogs do género aí-coitadinha-de-mim-sou-tão-boa-pessoa-e-todos-me-querem-fazer-mal-e-eu-não-faço-mal-a-ninguém!!!! Eu lia um blog assim, e presumo que tu também, que era o Nós os Cinco e deixei de o ler porque aquela rapariga era uma sofredora-compulsiva, todos a atacavam, faziam-lhe mal, isto é quem não estivesse de acordo com ela era seu inimigo, ora poupem-me!!!
Conselho: não tenho para te dar porque cada um enfrenta certas atitudes com a sua própria atitude, por isso dá mais valor àquilo que és enquanto pessoa, mulher, mãe e borrifa-te no que os outros dizem ou pensam eu já o fiz há uns anos e sou feliz.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A grande prenda de Natal...


Foi sem dúvida a grande prenda de Natal para as nossas filhas a tão ansiada (por elas e porque não dizê-lo pelo pai) ida à Disney!
Só souberam momentos antes de irmos para o Aeroporto e ficaram ao mesmo tempo delirantes e incrédulas, foi maravilhoso ver o sorriso que não mais se apagava da cara da Catarina e a carinha de espanto da Clarinha (que já me pediu por três vezes, depois de regressarmos em 31 de Dezembro, para lá voltar)!
Correu bem a aventura e superou o esperado, foi a nossa primeira viagem ao estrangeiro a cinco e correu muito bem!
Cumprimos mesmo no final do ano um dos desejos do ano de 2009 (viajar os cinco ao estrangeiro!!!), experiência a repetir noutro destino, provavelmente, lá para o Verão.
Na foto a Catarina e a Clara com o Winnie, the PooH.
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As minhas cinco manias

Fui desafiado pela Quicas para indicar as minhas cinco principais manias, desafio esse que lhe havia sido colocado por alguém. Bom aceitei o desafio e aqui ficam cinco das minhas manias...
  1. Entrar sempre com o pé direito num avião
  2. Quando compro um jornal o mesmo não pode ter folhas amarrotadas
  3. Ser sempre o primeiro a ler esse mesmo jornal
  4. Ter sempre o comando da tv na minha mão ou bem perto de mim
  5. Ter a roupa separada por cores, isto é, camisas azuis todas juntas, camisas brancas idem, fatos por tons, and so on, and so on...

Tenho outras "pancas", mas guardo-as para mim e para os meus mais chegados (como por exemplo, a minha mulher que sabe de todas as minhas manias).

Receita de ano novo - Carlos Drummond Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de Janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.