quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Haiti

Ainda não tinha aqui falado sobre a tragédia que se abateu sobre o Haiti, não porque não esteja solidário com essa gente que ao longo da sua existência tem caminhado para um beco sem retorno que advém em muito da falta de democracia que grassa naquele território desde os tempos de governação do famoso "Papa Doc".
A maior lição que retiro desta tragédia é a solidariadade mundial para com aquele pequeno país que não tem petróleo ou outra riqueza, e todos ajudaram sem pestanejar e desde o primeiro momento, confesso que nunca duvidei que o mundo continuava solidário, mas às vezes nunca sabemos do quê que alguns governantes são capazes.
Na noite de 12 preparava-me para deitar quando me detive numa notícia da CNN e ali fiquei até às 00.30h a ouvir os relatos da tragédia, e confesso-vos que nessa noite agradeci a Deus estarmos vivos, com saúde e longe daquele perigo, a vida é injusta e 36 segundos podem derrubar os sonhos de uma vida.
Ontem ouvi no Telejornal que agências de adopção holandesas e americanas já estão a trabalhar para que as crianças órfãs possam ser adoptadas por cidadãos desses países, e pergunto em que ponto estamos no que respeita à adopção internacional por parte de cidadãos portugueses?! Em conversa com a minha cara-metade confidênciamos que adoptariamos de imediato uma criança haitiana se tal fosse possível, mas infelizmente, neste triste país tal não é possível, como não o foi quando tentamos adoptar uma criança chinesa à três anos, não foi porque Portugal não tem acordo com a China em matéria de adopção, mas a Espanha tem e para nós na altura com duas crianças pequenas seria complicado ir à China buscar a criança (teríamos que ficar 15 dias na China e depois passados seis meses teríamos que ir a Barcelona para que os serviços de adopção espanhois verificassem a evolução da criança), o sonho desvaneceu-se, mas continua viva a vontade de adoptar quem de nós precise.

1 comentário:

*Quicas* disse...

Nós sempre falámos em ter 3 filhos, dois de barriga e um adoptado. Depois tivémos a surpresa da gravidez do Gu, e esta hipótese está (pelo menos por enquanto) posta de lado.
Mas não sabemos o que o futuro nos reserva...

bjocas