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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Perguntas e Respostas: Gripe Suína

Perguntas & Respostas
O que é esta nova estirpe do vírus da gripe suína?
PÚBLICO

Algumas questões sobre o surto da gripe suína que se estima que tenha vitimado mais de 60 pessoas no México e infectado oito nos Estados Unidos, deixando a Organização Mundial de Saúde a falar de um "potencial de pandemia".

O que é a gripe suína?
Frequente e poucas vezes fatal, embora com altos níveis de transmissão, a gripe suína é uma doença respiratória dos porcos. Normalmente, não é contagiosa para humanos, embora em casos de pessoas com contacto muito próximo com porcos seja possível a transmissão dos vírus da gripe suína (que, tal como outros vírus gripais, está em constante mutação). Mais rara ainda é a transmissão entre humanos.
Este surto deve-se a um novo tipo de gripe suína?
Sim. Trata-se de uma nova estirpe, nunca vista anteriormente, do vírus da gripe H1N1. Tem material genético de aves, suínos e humanos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana normal: dores musculares, febre, tosse, cansaço, embora esta estirpe provoque mais frequentemente náuseas, vómitos e diarreia.
Porque é preocupante?
A gripe suína, mesmo nos casos raros em que é transmitida a humanos, raramente consegue passar de um humano para outro. Mas esta nova estirpe parece ser facilmente transmitida entre humanos, aparentemente do mesmo modo que a gripe: por partículas da saliva de uma pessoa infectada, sobretudo através da respiração e da fala (daí a recomendação de usar máscaras).
Quantas pessoas foram afectadas?
Para já, há 16 mortes confirmadas no México e outras 50 que se pensa terem tido como causa a infecção por este vírus. Nos Estados Unidos há sete descrições de infecção.A OMS avisou para uma potencial pandemia.
Porquê?
Porque é um vírus que está a afectar pessoas jovens e de boa saúde (normalmente a gripe atinge mais crianças e idosos ou pessoas fragilizadas) e ainda por causa da sua distribuição geográfica – casos em várias províncias mexicanas e na Califórnia e no Texas –, o que mostra que não está num lugar restrito.
Há alguma vacina?
Não há ainda uma vacina. Como são produzidas em ovos, as vacinas demoram sempre algumas semanas até chegarem ao público.
E tratamento?
Este vírus é sensível a dois medicamentos antivirais, o Tamiflu e o Relenza, que devem ser, no entanto, tomados nos primeiros dias de sintomas para serem mais eficazes.
E o que estão a fazer os países afectados?
As autoridades dos locais afectados estão a lançar avisos para que as pessoas evitem grandes multidões, e no México foram encerrados museus, bibliotecas. Até os jogos de futebol do fim-de-semana se vão realizar com os estádios vazios. Claro que, como dizia, citado pelo "Times" on-line o perito em saúde pública Michael Osterholm, da Universidade do Minnesota, “milhões de pessoas entram e saem todos os dias da Cidade do México [onde vivem 20 milhões de pessoas]. Tem de se pensar que há mais transmissões não reconhecidas por aí”. A OMS já pediu aos países que tomassem atenção a casos com sintomas semelhantes.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe Suína II

Hoje no "Público"...

Mundo deve preparar-se para o pior cenário, avisa a OMS
Alexandra Campos e Romana Borja Santos

Israel e Nova Zelândia também têm casos confirmados de gripe de origem suína. Portugal cria Equipa de Acompanhamento da Gripe
Apesar de ainda ser evitável, o espectro da ocorrência de uma pandemia de gripe aumenta de dia para dia. Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu aos países para se prepararem para o pior dos cenários e admitiu a hipótese de voltar a aumentar o nível de alerta para uma epidemia global em breve. "Os governos deveriam tomar as medidas oportunas para fazer face a uma possível pandemia", avisou o director-geral adjunto da organização, Keiji Fukuda. A nova estirpe do vírus de origem suína H1N1 continua a espalhar-se pelo mundo. Mas é possível que, mesmo evoluindo para uma pandemia, provoque apenas doença moderada, pois por enquanto só morreram pessoas no México, um mistério que continua por desvendar. Keiji Fukuda lembrou, porém, que a gripe espanhola de 1918, que matou até 40 milhões de pessoas, também começou de forma suave. "Temos de ter atenção e respeitar o facto de a gripe se mover de maneiras que não podemos prever". Enquanto no México o número de novos casos parece estar controlado, a crer nas informações oficiais, os casos confirmados em todo o mundo não param de aumentar. Países tão distantes como Israel,a Nova Zelândia e a Costa Rica juntaram-se ontem ao grupo dos que já têm casos confirmados de infecção - e havia 65 casos confirmados de gripe de origem suína nos Estados Unidos, segundo o Centro de Controlo e Prevenção das Doenças daquele país. O Presidente Barack Obama pediu mesmo ao Congresso que desbloqueasse 1,5 mil milhões de dólares para reforçar a capacidade de reacção dos EUA face a uma eventual agravamento da epidemia, adiantou a Casa Branca. E na Califórnia foi decretado o estado de emergência enquanto se investigam duas mortes suspeitas. A OMS está agora a concentrar as suas atenções nas necessidades dos países em vias de desenvolvimento, que normalmente são os mais afectados nas pandemias. "São atingidos de forma desproporcionadamente dura", frisou Fukuda. Também a revista médica The Lancet assinalava em editorial o risco que correm sobretudo os países mais pobres. Usando dados da gripe espanhola de 1918, a revista calculou em 2006 que a próxima pandemia poderá matar 62 milhões de pessoas, sendo que 96 por cento vivem em países de menores recursos. O que o responsável da OMS quis dizer foi que "não podemos olhar só para o nosso umbigo, estamos dependentes do que vai acontecer noutros países", explica Filipe Froes, pneumologista e consultor da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Países que, ao contrário dos mais ricos, não prepararam planos de contingência para uma pandemia, nem compraram reservas de antivirais. "E todos estamos separados uns dos outros no máximo por três escalas de avião", nota.Ontem, a comissária europeia de Saúde, Androulla Vassiliou, depois de inicialmente ter recomendado que as pessoas não viajassem para o México, recuou, considerando prematura a imposição de restrições de viagens para os países afectados. Anunciou que vai avaliar hoje com a indústria farmacêutica a necessidade de produção de uma nova vacina e os stocks de medicamentos e disse esperar que a reunião extraordinária de ministros da Saúde convocada para amanhã no Luxemburgo permita chegar a protocolos comuns sobre vigilância, recomendações a turistas e tratamento dos casos confirmados. A Comissão insistiu que os casos de gripe suína nos humanos não estão relacionados com o consumo de carne de porco e decidiu mudar o nome da doença para "nova gripe".Portugal sem casos confirmadosPortugal respondeu a esta crise sanitária mundial com a criação de uma Equipa de Acompanhamento da Gripe, que vai "monitorizar a evolução da actualização da situação do H1N1", explicou a ministra da Saúde, Ana Jorge. Com elementos do Governo, da Direcção-Geral da Saúde, do Instituto Ricardo Jorge, do INEM, para além de infecciologistas, epidemiologistas e virologistas, o grupo vai fazer todos os dias o ponto da situação. Sublinhando que Portugal tem um plano de contingência para a pandemia de gripe (desde 2006), Ana Jorge não quis antecipar cenários como o encerramento de escolas. Por agora, estamos no grau quatro de alerta de pandemia de uma escala de seis. "Isto significa que existe um ou mais pequenos surtos no mundo com transmissão pessoa-a-pessoa limitada. Assim, cabe aos Estados conter o novo vírus ou retardar a sua disseminação", justificou. Uma opinião partilhada pelo director-geral da Saúde, Francisco George. "Não sabemos exactamente como se irá propagar", pelo que "não faz sentido accionar respostas sem ser o momento certo". "Estamos em posição de alerta, mas não alarmados".A ministra esclareceu também que não se confirmaram as suspeitas que recaíam sobre duas portuguesas que regressaram domingo do México e que apresentavam um quadro clínico gripal. Sobre os dois casos já confirmados em Espanha, defendeu que a proximidade não é factor a considerar. Para além dos dois casos confirmados, até ontem, as autoridades espanholas tinham 32 doentes em estudo, à espera dos resultados das análises. "Estão a responder bem ao tratamento e a sua situação não apresenta perigo", comentou a ministra da Saúde e Políticas Sociais, referindo-se aos dois estudantes da Universidade de Valência afectados. Ao jovem de 23 anos somou-se outro de 24 anos, que esteve no México na mesma viagem de fim de curso. E as autoridades espanholas alargaram o protocolo de prevenção que aplicam às rotas oriundas do México aos voos com origem nos EUA. com Nuno Ribeiro, em Madrid 62 milhões de pessoas poderiam morrer na próxima pandemia de gripe, calculou The Lancet em 2006

terça-feira, 28 de abril de 2009

A gripe mexicana...

 


Esta gripe está a propagar-se com uma rapidez terrível, sugiro que tomem as devidas precauções, especialmente quem tem filhos.