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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bébes roubados na China alimentam negócio das adopções


Bébes roubados na China alimentam negócio das adopções
Desde o início dos anos 80, mais de 80 mil crianças chinesas foram adoptadas no estrangeiro, a maioria das quais por famílias dos Estados Unidos. Suspeita-se agora que muitas foram retiradas à força das suas famílias.Por Barbara Demick

O funcionário do planeamento familiar rondava regularmente por aquela aldeia situada no cimo da montanha, à procura de fraldas em estendais de roupa a secar e à escuta de choros de bebés recém-nascidos e com fome. Num dia de Primavera de 2004, apresentou-se à porta da casa de Yang Shuiying e ordenou. "Entreguem o bebé."

Yang chorou e discutiu e argumentou, mas, sozinha com a sua filha de quatro meses de idade, não estava em posição de resistir ao homem que todos os pais de Tianxi temiam.

"Vou vender a bebé para adopção no estrangeiro. Posso conseguir bom dinheiro por ela", disse ele à chorosa mãe antes de se meter no seu automóvel com a criança e se dirigir com ela para um orfanato em Zhenyuan, uma cidade vizinha na província de Guizhou, no Sul da China. Em troca, prometeu que a família não teria que pagar multas por ter violado a política chinesa de se poder ter apenas um filho.

E depois avisou-a: "Não diga nada a ninguém acerca disto." Ao longo de cinco anos ela guardou aquele terrível segredo. "Eu não percebi que eles não tinham o direito de levar os nossos bebés", conta Yang.

Desde o início dos anos 80, mais de 80 mil crianças chinesas foram adoptadas no estrangeiro, a maioria das quais por famílias dos Estados Unidos.

A ideia que se tinha era que os bebés, na sua maioria meninas, eram abandonados pelos seus pais devido à tradicional preferência por filhos do sexo masculino e às restrições ao tamanho das famílias na China. E não há dúvida de que terá sido esse o caso de dezenas de milhares de meninas.

Mas alguns pais estão a chegar-se à frente e a contar histórias dilacerantes de bebés levados através de coacção, fraude ou rapto - por vezes por responsáveis governamentais que disfarçavam as suas pistas fingindo que os bebés tinham sido abandonados. Os pais que afirmam que as suas crianças foram levadas queixam-se de que os funcionários eram movidos pelos 3 mil dólares por criança que os pais adoptivos pagam aos orfanatos.

"Os nossos filhos estão a ser exportados para o estrangeiro como se fossem produtos industriais", diz Yang Libing, um trabalhador migrante da província de Hunan cuja filha foi sequestrada em 2005. Entretanto soube que ela está nos Estados Unidos.

As dúvidas acerca do modo como na China são obtidos os bebés para adopção começaram já a espalhar-se pela comunidade internacional de adopções. "No início, acho eu, a adopção na China era algo muito positivo, porque havia tantas meninas abandonadas. Mas depois tornou-se um mercado orientado pela procura e oferta, e muitas pessoas a nível local estavam a fazer muito dinheiro com o processo", declara Ina Hut, que no mês passado se demitiu do posto de directora da maior agência holandesa de adopção, devido a preocupações sobre tráfico de bebés.

O Centro para os Assuntos de Adopção da China, a agência governamental que supervisiona as adopções a nível interno e internacional, rejeitou repetidos pedidos para comentar estas alegações. Funcionários da agência disseram a diplomatas estrangeiros que acreditam que tais abusos se limitaram a um pequeno número de bebés e que os responsáveis foram demitidos e castigados.

Para os pais adoptivos, a possibilidade de os seus filhos terem sido tirados à força dos pais biológicos é aterrorizadora. "Em 2006, quando adoptámos, encheram-nos a cabeça sempre com as mesmas histórias, que havia milhões de meninas não desejadas na China, que elas seriam deixadas na rua para morrer se não as ajudássemos", conta Cathy Wagner, mãe adoptiva residente na Nova Escócia, Leste do Canadá. "Adoro a minha filha, mas se tivesse tido alguma noção de que o meu dinheiro iria levar a que ela fosse retirada a outra mulher que a adorava, eu nunca a teria adoptado."

O problema tem as suas raízes no controlo de população da China, que limita a maioria das famílias a uma criança, duas se viverem no campo e a primeira for uma rapariga. Cada localidade tem um gabinete de planeamento familiar, habitualmente ocupado por quadros do Partido Comunista com amplos poderes para ordenar abortos e esterilizações. Pessoas que tenham mais filhos podem sofrer multas de até seis vezes os seus rendimentos anuais - multas eufemisticamente denominadas "despesas de serviço social".

"O pessoal do planeamento familiar é na realidade mais poderoso do que o ministro da Segurança Pública", afirma Yang Zhizhu, professor de Direito em Pequim. Ao longo das províncias, cartazes em vermelho exortam "Dê à luz menos bebés, plante mais árvores" e, de um modo mais agoirento, "Se der à luz mais crianças, a sua família ficará arruinada".

Mas a lei não permite que funcionários tirem bebés aos seus pais. Há famílias que afirmam que foram ameaçadas e agredidas, de modo a forçá-las a entregarem as suas filhas. Outras dizem que foram enganadas para prescindirem dos seus direitos parentais.

"Pegaram na bebé e arrastaram-me para fora de casa. Eu gritei - pensei que eles me iam bater", recorda Liu Suzhen, uma frágil mulher da localidade de Huangxin na província de Hunan.

Numa noite de Março de 2004 estava a tomar conta da sua neta de quatro meses quando uma dúzia de funcionários invadiu a sua casa. Diz que levaram-na juntamente com a neta até um gabinete de planeamento familiar, onde um homem lhe agarrou o braço e obrigou-a a colocar a impressão digital num documento que ela não conseguia ler.

Tarde demais

Assim que uma criança é levada para um orfanato, os pais perdem todos os seus direitos. "Nem me deixavam chegar ao pé da porta", recorda Zhou Changqi, um trabalhador da construção civil cuja filha de seis meses foi levada em 2002 por funcionários do planeamento familiar em Guiyang, na província de Hunan. Durante três anos Zhou tentou sistematicamente entrar no Instituto de Segurança Social de Changsha, um dos maiores orfanatos que enviam crianças para o estrangeiro, até que um dia lhe disseram: "É tarde de mais. A sua filha já foi para a América."

Na maior parte da China, os aldeões desde há muito vivem com medo das visitas-surpresas de funcionários do planeamento familiar. Em Tianxi, uma aldeia de 1800 habitantes rodeada de nevoeiro e escondida no alto das verdejantes montanhas perto de Zhenyuan, os funcionários do planeamento familiar chegam a efectuar inspecções duas vezes por semana - não se importando com o facto de que chegar à aldeia implica uma viagem de carro de duas horas através de uma estrada poeirenta e esburacada e depois mais meia hora a subir o monte a pé. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, quando as famílias eram demasiado pobres para pagar as multas, os funcionários puniam-nas pilhando as suas casas ou confiscando vacas e porcos, afirmam os moradores.

Mas em 2003 a situação alterou-se. No ano após o Instituto de Segurança Social de Zhenyuan ter sido aprovado para participar num ambicioso programa de adopção no estrangeiro, os funcionários do planeamento familiar deixaram de confiscar animais. Em vez disso, começaram a levar bebés.

"Se as pessoas não conseguiam pagar as multas, eles levavam os bebés delas", conta um empregado municipal de Zhenyuan já reformado que costumava trabalhar para o orfanato como pai de acolhimento.

"Estávamos sempre aterrorizados com eles", diz Yang Shuiying, a mãe de 34 anos cuja filha foi sequestrada.

Em Dezembro de 2003 Yang deu à luz a sua quarta filha. A bebé nasceu em sua casa, com a ajuda de uma parteira. Fora uma gravidez não planeada. De facto, o seu marido tinha-se submetido a uma vasectomia poucos dias antes de ela perceber que iam ter outro filho.

"Não tinha planeado ter outro bebé, mas quando tive percebi que queria ficar com ela e criá-la", conta Yang, uma mulher de voz suave e olhos tristes.

O seu marido, Lu Xiande, sentiu ainda mais intensamente que o lugar da sua nova bebé era em casa. Ele estava no mercado quando a filha foi confiscada, e ficou furioso quando descobriu o que tinha acontecido. "Vou trazê-la de volta", prometeu à sua devastada esposa.

Viajou até à costa oriental da China, na esperança de, como trabalhador migrante, conseguir juntar dinheiro suficiente para pagar a multa do planeamento familiar. Mas Lu adoeceu e teve de voltar para casa. Pouco depois, tentou cortar a garganta com uma faca de talhante.

Quase todos os habitantes de Tianxi conhecem alguém cujo bebé foi levado. Um idoso curvado sobre uma bengala de madeira feita à mão contou como a sua neta foi levada. Outro homem, mais novo, lembrou o caso de uma sua sobrinha.

Os aldeões ofendem-se com a ideia de que alguns deles não gostam das suas filhas e facilmente as abandonam. "As pessoas daqui não abandonam as suas crianças. Não vendem as suas crianças. Sejam meninos ou meninas, são do nosso sangue", afirma Lin Zeji, de 32 anos, um agricultor que alega que a sua terceira filha foi levada em 2004.

Sob a lei chinesa, é exigido aos funcionários que procurem os pais biológicos de bebés abandonados. Quatro meses após a filha de Shuiying ter sido levada, a sua fotografia apareceu numa notícia publicada no "Diário da Cidade de Ghizhou", juntamente com as de outras 14 crianças.

O anúncio afirmava, falsamente, que a bebé fora "encontrada abandonada à porta" de uma casa na aldeia de Tianxi. "Quem vir esta criança deve contactar o orfanato no prazo de 60 dias; em caso contrário, a criança será considerada órfã", lia-se no anúncio de 14 de Agosto de 2004, que os pais nunca viram, dado que o jornal não está disponível na sua remota aldeia.
Muitos dos pais de crianças raptadas são analfabetos e foi-lhes dito pelos funcionários do planeamento familiar que a lei permite a confiscação de bebés, portanto acham que não vale a pena apresentar queixa.

A verdade veio ao de cima quando um professor que tem familiares na aldeia de Tianxi relatou a situação à polícia e a uma agência de regulação. Como não recebia resposta, colocou denúncias na Internet, que chegaram em Julho aos meios de comunicação social chineses. O professor, temendo represálias, tinha-se escondido.

Ainda em Julho, a Embaixada dos Estados Unidos em Pequim emitiu um comunicado referindo fontes da Autoridade Central de Adopção da China, segundo as quais "sete funcionários implicados neste caso foram detidos". O comunicado acrescentava ainda que "os Estados Unidos levam a sério qualquer alegação de que crianças terão sido colocadas para adopção em outros países sem consentimento ou conhecimento por parte dos pais".

Mas em Zhenyuan os funcionários negaram que alguém tenha sido preso ou despedido. Afirmam que os castigos variaram entre advertências e retirada de pontos por demérito. Shi Guangying, o funcionário que levou a bebé de Yang, foi despromovido.

Onde está o dinheiro?

Os funcionários de Zhenyuan defendem a sua actuação. "É mentira que eles levaram bebés sem o consentimento dos pais deles. Isso é impossível", declara Peng Qiuping, quadro do Partido Comunista e director de propaganda em Zhenyuan. "Esses pais concordaram em que as crianças deveriam ser colocadas para adopção. Perceberam que tinham sido gananciosos e que tinham tido mais filhos do que aqueles que podiam sustentar." Diz Wu Benhua, director do gabinete de assuntos sociais: "Elas estão melhor com os pais adoptivos do que com os pais biológicos."

Entre 2003 e 2007, o orfanato de Zhenyuan enviou 60 bebés para os Estados Unidos e para a Europa. Wu avança que o dinheiro recebido dos pais adoptivos, 180 mil dólares no total, se destinou a fornecer alimentação, vestuário, camas e assistência médica para os bebés e para melhorar as condições no Instituto de Segurança Social.

Mas, antes da adopção, a maioria dos bebés ficava com famílias a que pagavam 30 dólares [ por mês pelos seus serviços, de acordo com as declarações de um desses pais de acolhimento. Não se notou qualquer sinal evidente de recuperação do instituto, um sombrio edifício de três andares com janelas tapadas. Não é permitida a entrada de jornalistas. "Não sabemos o que aconteceu ao dinheiro, e não nos atrevemos a perguntar", explica Yang Zhenping, um fazendeiro de 50 anos da zona de Tianxi.

Brian Stuy, um pai adoptivo de Salt Lake City (no estado do Utah, EUA) que investiga as origens de chineses adoptados, notou que um invulgar número de bebés mais velhos era referido como sendo de abandonados. Ele suspeita que se trata de bebés que foram confiscados, roubados ou entregues sob coacção. "Quem não quer uma menina entrega-a imediatamente após ela nascer", conta Stuy.

E acredita que os 3 mil dólares da taxa de adopção - cerca de seis vezes o rendimento anual na China rural - terá levado a alguns abusos. "É a adopção internacional que está a causar este ambiente que leva famílias a planear entregar as crianças para conseguir dinheiro", avança Stuy. "Se não houvesse adopção internacional e se o Estado tivesse que criar os miúdos até que eles fizessem 18 anos, pode ter a certeza de que o planeamento familiar não os confiscaria."

Em Filadélfia, estado da Pensilvânia, Wendy Mailman, que em 2005 adoptou uma menina do mesmo orfanato em Zhenyuan que recebeu bebés confiscados, agora questiona tudo o que lhe disseram acerca da bebé que os funcionários do orfanato afirmam ter nascido em Setembro e abandonada em Janeiro. "Por que razão uma mãe que não queria a sua bebé seria tão insensível ao ponto de esperar até ao pior do Inverno para a abandonar?", pergunta.

Wendy pensa no que faria se descobrisse que a sua filha era uma das bebés roubadas. Sabe que nunca poderia devolver a menina de seis anos já americanizada. Mas, continua, "certamente gostaria de dizer à família biológica que a filha deles está viva e feliz e talvez enviar-lhes uma fotografia. Construir uma relação com eles mais tarde seria uma decisão da minha filha".

Para muitas famílias biológicas, isso seria suficiente. "Nunca a obrigaríamos a voltar, porque uma miúda criada no Ocidente não quereria viver numa aldeia pobre como esta", diz Yang Jinxiu, sogra de Yang Shuiying. "Mas gostávamos de saber onde ela está. Gostávamos de ver uma fotografia. E gostávamos que ela soubesse que sentimos saudades dela e que não a rejeitámos."
Com Nicole Liu e Angelina Qu, em Pequim
Exclusivo PÚBLICO/"Los Angeles Times"

sexta-feira, 20 de março de 2009

Dia Mundial da Trissomia 21 - 21 de Março

 


Comemora-se amanhã o Dia Mundial da Trissomia 21, na realidade o nosso país está cada vez mais atento à realidade vivida por país e crianças que se deparam com a Trissomia 21, essa atenção só nos engrandeçe enquanto nação e ajuda a que estas crianças tenham um crescimento "normal" (quando estimuladas e acarinhadas pela sociedade). A mim assustou-me sempre a ideia de ter uma criança com Trissomia 21, no entanto, tal ideia foi-se desvanecendo com as nossas gravidezes (e foram 3) nos dias que correm estas crianças podem fazer uma vida perfeitamente "normal" até porque para mim elas são "normais" sofrendo apenas de um pequeno desnível cognitivo que é ultrapassavel. A todos desejo que tratem estas pessoas como um cidadão igual aos outros e não os marginalizem.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O medo de errar...

Este texto é dedicado à minha filha mais velha que é uma das luzes dos meus olhos!!!
Desde tenra idade temos medo de falhar de errar, mas a verdade é que tal é uma consequência da vida. Mais tarde ou mais cedo, acabamos por falhar neste ou naquele pormenor, e a única solução que temos é nos reerguermos e voltarmos a tentar para corrigir aquilo em que, provavelmente, falhamos da primeira vez. Ontem, num simples jogo de "trabalho intelectual" (preparado com tanto carinho pela mamã) a minha filha de 5 anos ficou frustrada porque não conseguia fazer o 4, muito irritada consigo mesma pensou que não só se estava a desapontar, mas mais do que isso nos estava a desapontar. A minha mulher bem que tentou explicar-lhe que não há problema em errar e que da próxima vez ela faria a actividade melhor, mas não, ela queria ter feito aquela actividade em particular bem e o consolo da mãe não a sossegou. Depois abraçei-a e reforçei as palavras que foram ditas pela minha mulher e ela para nos tranquilizar parou de chorar (mas julgo que no seu intímo estava num pranto). Dir-me-ão que são feitios, mas na realidade nota-se que algumas crianças e jovens mais responsáveis tem um medo de falhar, mas para avançarmos temos de muitas vezes falhar para não voltarmos a errar.
Por isso, filha, nunca tenhas medo de errar, porque errar é o que de mais natural há na vida e lembra-te que todos (mas todos) nós já erramos na vida, não temos é que fazer disso um drama...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Medo e Cobardia - Helena Matos - Público

Medo e cobardia
Helena Matos

É este espírito de medo, falta de princípios e cobardia que se incute diariamente nas escolas aos nossos filhos? É."Uma menina de 10 anos teve que receber tratamento depois de ter sido espancada. Agressão foi praticada na própria escola [Escola Básica Integrada do Monte da Caparica, em Almada] e os agressores apontados pela garota são quatro alunos, seus colegas. A GNR investiga o caso." Jornal de Notícias, 8 de Fevereiro

"A PSP vai comunicar ao Ministério Público a agressão sofrida, esta terça-feira, por um professor de Inglês da Escola Básica 2-3 Dr. Francisco Sanches, de Braga, que ficou a sangrar abundantemente depois de esmurrado pelo tio de um aluno, disse à Lusa fonte da corporação." Portugal Diário, 11 de Fevereiro

Estas são duas notícias recentes de agressões em escolas portuguesas. Em qualquer escola do mundo, pública ou privada, pode acontecer uma agressão. Mas o que está a acontecer em Portugal não é nada disso. À semelhança dos desastres de avião que frequentemente resultam não dum grande problema mas sim dum somatório de falhas que isoladamente não têm grande importância mas em conjunto desencadeiam a catástrofe, também uma leitura deste tipo de notícias permite concluir que algo de profundamente anormal está a acontecer nas escolas públicas, em Portugal. Por exemplo, no caso da agressão à menina na Escola Básica Integrada do Monte da Caparica, em Almada, verifica-se que a aluna foi agredida dentro da escola, durante uma hora. Nem funcionários nem professores deram por isso. Uma hora é muito tempo. E cinco crianças, isto a contarmos apenas a agredida e os agressores, envolvidas numa cena destas fazem uma certa algazarra. Mas admitamos que tal pode acontecer. Em seguida a criança agredida saiu da escola acompanhada por dois colegas, o que quer dizer que, pelo menos, entre os alunos já corria informação sobre a agressão. A menina tinha a roupa cheia de lama, sangue na boca e a cara esfolada. Mas saiu da escola, durante o período escolar, e repito: durante o período escolar, sem que qualquer funcionário ou professor considerasse que devia intervir. Ou teremos de admitir que uma criança neste estado consegue atravessar as instalações escolares e passar pela portaria sem que professores ou funcionários a vejam? É difícil entender que tal aconteça, mas admitamos que estava muito nevoeiro ou que estavam todos a contemplar o céu e logo também isto pode ser possível. Chegada a casa, a criança foi levada ao Hospital Garcia de Orta, cujo relatório citado pelo Jornal de Notícias diz o seguinte: "Criança de 10 anos, sexo feminino, vítima de agressão física por parte de quatro colegas da escola, todos com 11 anos. Hematoma facial esquerdo, dor abdominal e dorsolombar difusa, escoriações em ambas as palmas das mãos e lombares". Face a este relatório, a "GNR investiga o caso". Cabe agora perguntar o que faz a GNR no meio disto? Em relação aos agressores que nem sequer têm 12 anos não podem fazer nada. E sobretudo o que sucedeu naquela escola e está a suceder um pouco por todo o país é uma sequência de desresponsabilização por parte de professores e funcionários: não ver, não intervir, olhar para o outro lado tornaram-se a estratégia de sobrevivência numa escola sem autoridade nem prestígio. Na evidência dos hematomas ou das filmagens com telemóvel abre-se então um inquérito e apresentam-se queixas na polícia, como quem lava as mãos.Passando para o caso da agressão a um professor numa escola de Braga, nota-se exactamente o mesmo receio de intervir: um homem entra numa escola ameaçando bater num determinado professor. Não consegue e espera-o à saída da escola, tendo concretizado a agressão à saída, perante várias testemunhas. Não conheço qualquer outro local de trabalho, além das escolas portuguesas, onde uma pessoa ameaçada saia do seu local de trabalho sem que alguns colegas o acompanhem.É este espírito de medo, rebaixamento, falta de princípios e cobardia que se incute diariamente nas escolas aos nossos filhos? É. O vazio de autoridade nas escolas levou a isto: chama-se a polícia e abrem-se processos judiciais para tentar intervir em situações que um conselho directivo devia ter meios para resolver. Para cúmulo, deste ambiente perverso que levou à criminalização do quotidiano prometem-se agora câmaras de videovigilância para 1200 escolas. Alega o ministério que o Plano Tecnológico da Educação vai dotar as escolas de computadores, quadros interactivos e videoprojectores por cuja segurança estas câmaras irão zelar. Apanhando o comboio, muitas escolas esperam também que as câmaras dissuadam alguns actos de violência. Mas, como todas as semanas notícias como estas confirmam, o problema não é não ver. É não querer ver. Ou ter medo de ver. Quantos adultos viram aquela criança ser agredida na Escola Básica Integrada do Monte da Caparica? Nenhum? E nenhum a viu sair da escola com lama e sangue na cara? Ninguém viu o agressor à espera do professor de Inglês à porta da Escola Básica 2-3 Dr. Francisco Sanches, de Braga? O que fez falta nestas escolas não foram câmaras de videovigilância. O que fez falta foi não ter medo de assumir responsabilidades. Jornalista a Coelhos. Nem mais nem menos. No novo imaginário da luta de classes eis o que somos: coelhos. Num momento do seu discurso na convenção do BE que alguns considerarão menos inspirado, Francisco Louçã recorreu à imagem dos "coelhos numa cova" fazendo coelhinhos para, por contraponto, ilustrar a improdutividade do capital cujas notas nada produzem.Esta abordagem do capitalismo enquanto algo artificial por contraponto à boa Natureza, dotada duma espécie de socialismo primitivo, não tem nada de novo.Por outro lado, também não é novidade para ninguém que os coelhos são o protótipo da Natureza de peluche pronta a consumir pelos jovens urbanos do BE. Mas o que é verdadeiramente interessante nesta frase de Louçã é que ela confirma a deslocalização das causas de esquerda do campo da ideologia para o da biologia.O BE não sabe o que fazer com a luta de classes e não cativa os sindicalistas. Os seus dirigentes preferem denunciar a globalização pela voz de activistas que saltitam de congresso internacional para manifestações aonde chegam após passagem pela América Latina, Gaza e Bruxelas.O corpo e não o capital ou o trabalho é, para o BE, o território onde se determina o que é e não é de esquerda. Donde vermos o casamento, a reprodução e a morte tornarem-se as linhas em torno das quais Louçã e os seus prosélitos organizam o seu activismo. Agora será o casamento dos homossexuais, a que se seguirá a eutanásia e seguidamente o problema da inseminação das lésbicas ou poderá ser tudo isto por outra qualquer ordem, pois o que realmente conta é fazer de cada um de nós um láparo enfiado numa cova à espera que Louçã nos abra os olhos.A coelheira tem ainda a extraordinária vantagem de funcionar como o território festivo onde o PS e o BE se encontram. É na coelheira e seus activismos que PS e BE criam aquele mínimo denominador místico comum que lhes permite, em tempo de coligações e acordos, andar por aí dizendo que são de esquerda, como outros dizem que vão a Meca ou ao beija-mão ao Papa, e sobretudo tentarem anatemizar todos aqueles que não pensam como eles.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ultrapassar barreiras...

Novalis dizia:

'Todas as barreiras só existem para serem ultrapassadas'
Ao ler as secções de economia dos vários jornais diários e semanários neste fim de semana dei comigo a pensar como conseguiremos dar a volta a esta crise que, dizem os entendidos, só agora começou e já provocou tanta desgraça pelas economias mundiais. Preocupa-me de sobremaneira a vida artificial com que os "jovens" vivem nos nossos dias (tenho 37 anos a caminho dos 38), e hoje ao almoço com a minha mulher reparávamos que os (as) adolescentes só vestem roupas de marca, calçam ténis de marca e tem sempre algum dinheiro no bolso para gastos. Quero com isto dizer que eles (adolescentes), objectivamente, não tem preocupações como na minha adolescência:
  • Na escola, respeitem ou não os professores não são castigados;
  • Na mesma escola, sejam ou não dotados intelectualmente passam administrativamente de ano sempre;
  • Em casa, não são responsabilizados por nada (arrumar a casa, cozinhar, ajudar a fazer as compras de supermercado, tá quieto ó tio!!!);
  • Com os amigos são aquelas conversas tão insipídas que não interessam a ninguém;

Se repararmos a eles não são colocadas barreiras para ultrapassarem, e quando se lhes colocam não estão preparados porque não foram preparados para tal, e de quem é a culpa de tal desleixo???

Resposta: DOS PAIS,DOS PAIS, DOS PAIS!!!!

Os pais admiram-se dos filhos não conseguirem um emprego, a resposta é simples na vida real para se conseguir um trabalho temos todos os dias que ultrapassar barreiras, trabalhar para estarmos entre os melhores (que não quer dizer, renegar aos princípios segundo os quais fomos educados), e eu fico com uma certa mágoa por estes adolescentes, porque eles nunca pediram para serem super-protegidos pelos pais.

Sou pai de três raparigas, mas nós (eu e a minha mulher) responsabilizamos as nossas filhas para terem certo tipo de atitude perante a vida, temos empregada (mas não uma escrava), e portanto, lá em casa todos tem de colaborar e é curioso ver que as mais velhas (5 e 3 anos) já tem um sentido de responsabilidade apreciável para a idade.

Assim, paizinhos se querem realmente bem aos vossos filhos coloquem-lhes barreiras para que eles sejam pessoas felizes no futuro

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Actividades Extra-Curriculares

Hoje em dia, menino (a) que não tem mais do que duas ou três actividades extra-curriculares não é "normal" à vista de muitos pais. Eu que sou pai de três belas moçoilhas também me confronto (confrontamo-nos eu e a minha mulher) com esta verdadeira loucura que é colocar os filhos em tudo o que é actividade, senão vejam:
  1. Ballet (especialmente para as meninas)
  2. Música (mais liberal, para o menino e para a menina)
  3. Natação (primeiro para apreender, depois para aperfeiçoar)
  4. Inglês (porque o que aprendem na escola é demasiado básico)
  5. Informática (idem, idem, aspas,aspas)
  6. Ténis (que só serve para dar "jeitos" nas costas, eu sei do que falo)
  7. Equitação (adoro, mas as minhas filhas só muito hipotéticamente terão um cavalo)
  8. Etc,Etc...

Nestas actividades todas em nenhuma encontro a palavra brincar, e muito menos a de que os pais deveriam passar mais tempo com os filhos, ajudando-os nos trabalhos de casa, responsabilizando-os pela feitura dos mesmos (como os meus pais faziam, e não delegando a tarefa a um professor que os acompanha no "Estudo Acompanhado"). Lembro-me de quando frequentava o ensino primário (básico, nestes dias) num colégio privado, saía às 16.30, chegava à casa da minha avó (que era minha vizinha) por volta das 16.45, começava a fazer os "deveres" que concluia pelas 17.45, e ia brincar com o meu melhor amigo de infância até, mais ao menos, às 18.55 (hora mágica, porque os meus pais saíam do trabalho às 19 horas) e às 19.45 depois do banho tomado e já jantado o meu pai revia os trabalhos comigo o que durava cerca de 15 minutos e depois disfrutavamos da companhia uns dos outros até às 21 horas (hora em que ia para o quarto com o meu irmão para dormirmos). Actividades extra-curriculares: tinha uma as Artes Plásticas no FAOJ (e eram duas vezes por semana), tive uma breve passagem pelo Conservatório (mas sem grande sucesso), as minhas actividades eram mesmo fazer o "tpc", e brincar e assim cresci como homem com valores e princípios e muito feliz. Espero que as minhas filhas tenham uma infância tão feliz como eu tive,se assim for já me posso considerar um sucesso enquanto pai....

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

25 Maneiras de simplificar a sua vida com miúdos...

Há um blog que sigo há já algum tempo e que chama Bolas de Cristal (é uma mãe de duas meninas, jovem, trabalhadora, e na minha opinião muito atenta a estas "coisas da familia") ao ler o seu blog hoje e lendo os posts "antigos" do final de 2008, um deles remetia para este artigo que julgo qualquer pai (recente ou futuro) deve ler. Então, resolvi colocar o artigo aqui à vossa disposição, boa leitura...
25 Ways to Simplify Your Life with Kids

“Babies are always more trouble than you thought - and more wonderful.” - Charles Osgood

Anyone who has kids knows that any life with kids is going to be complicated, at least to some degree. From extra laundry to bathing and cooking and shopping and driving and school and chores and crises and sports and dance and toys and tantrums, there is no shortage of complications.

You won’t get to ultra-simple if your life includes children … but you can find ways to simplify, no matter how many kids you have.

Take my life, for example: I have a house full of kids, and yet I’ve found ways to streamline my life, to find peace and happiness among the chaos. How is this magic trick accomplished? Nothing magical, actually, but just little things that have simplified my life over the years.

The main magic trick, however: making my family my top priority, and choosing only a small number of priorities in my life. If you have too many things you want to do, or need to do, your life will become complicated. But if you choose just a few things that are important to you, you can eliminate the rest, and simplify your life greatly.

What follows is a list that might seem complicated to some — 25 items! Trust me, I could easily double this list, but I don’t want to overwhelm you. Instead of trying to tackle everything on this list at once, choose a few things that appeal to you, and give them a try. Bookmark this page and come back to it from time to time to try out other ideas. Best yet, they might inspire new ideas of your own!

Self-sufficiency. This one tip could simplify your life greatly, over time. However, it will make things more complicated in the short term. The idea is to teach your kids to do things for themselves as they get older and more capable. Teaching them to do something themselves instead of just doing it yourself takes time and can be a little frustrating at first, but it will pay off for years to come. My kids, for example, can make themselves breakfast, shower and dress themselves, brush their teeth, and generally get themselves ready in the morning with only minimal prompting from us. They can clean their rooms, wash dishes, sweep, mop, dust, wash the car. The older ones can cook basic dishes and babysit the younger ones. This type of self-sufficiency has saved my wife and me tons of time and trouble over the years.
One calendar. If you have more than one kid, you might have a lot of activities going on that you need to track, from school events such as Christmas performances and parent-teacher conferences to extracurricular activities such as soccer practice, dance classes, or Spring concerts. Organize your life with a simple calendar (I use Google Calendar) and enter all activities and appointments on this one calendar, from kids’ stuff to your own goings on. When they hand you papers from school, or soccer schedules, immediately enter everything onto the calendar. Then a quick glance at the calendar each day will help you plan your day.

Toy bins. It’s an inevitable fact of life that kids have lots of toys, and that they will be everywhere. You will drive yourself crazy if you try to manage them with dictator-like ruthlessness. Instead, let kids play, but have lots of bins where they can toss the toys inside when they’re done. Then cleaning up is a cinch — they just toss everything on the floor into the bins, and move on to making their next mess. You can have designated bins for certain toys (this one’s for Legos, this one’s for stuffed animals, this one’s for cars), and also have some general-purpose bins for things that don’t fit anywhere else. Don’t be too strict about them — the whole purpose is to make things simpler.

Regular cleanups. If you’re like me, you don’t like a huge mess. Teach your kids to clean up after themselves — let them make a mess, but every now and then, tell them it’s time to clean up. Be sure to tell them to clean up before moving on to something else, such as lunchtime or bedtime. It’s good to have regular times during the day when they do cleanups, such as before bed or before they leave for school, so that the house is always clean at night and during the day.

Quiet bedtime routines. Kids thrive on routine, and no routine is better than the one before they go to sleep. Have a regular routine before bed — it might consist of cleaning up, showering, brushing their teeth, getting into their pajamas, and reading a book. Reading aloud to them just before bedtime is a great idea, because it quiets them down after a day of activity, it gives you quality bonding time together, and it gets them into the habit of reading. Plus, it’s just something that everyone can enjoy.

Prep the night before. Mornings can be a hectic time for parents and kids alike, but they don’t have to be. Instead, prep as much as possible the night before, and have your mornings be a little more relaxed. I like to prep lunches, get their clothes ready (and mine as well), and have them shower, get their homework and school bags ready. Then the morning is simply eating breakfast, a little grooming, getting dressed, and gathering everything together before you head out the door. It’s a great way to start your day.

Don’t schedule too much. Sometimes we schedule things back-to-back-to-back, so that every minute of every day is planned out. That leads to stress and problems. Instead, schedule as little as possible each day, and leave space between events, appointments or activities, so that your day moves along at a more leisurely pace. Start getting ready earlier than necessary, so there’s no rush, and leave yourself time to transition from one thing to another. A more spaced-out schedule is much more relaxing than a cramped one.

Have dedicated family times. Try to find regular times in your schedule when you do nothing else but spend time together as a family. For some people, dinner time works well — everyone sits down to dinner together as a family, and no other activities are planned at that time. For others, weekends, or maybe just one day of the weekend, work better. We reserve Sundays as our Family Day, and try our best not to schedule anything else on that day. It’s something we look forward to. Weekends in general are for our family, as are evenings — all work gets done on weekdays, before 5 p.m.

Simple clothing. It’s best to buy clothes for your kids that will match easily — choose a similar color scheme, so that you’re not always digging through their clothes to find stuff that matches. Go through their clothes every few months to get rid of stuff that doesn’t fit (kids grow so fast!) and donate the old clothes to relatives or charity (or pass them on to a younger sibling). Keep their wardrobe simple — if it doesn’t fit neatly in their drawers, you have to get rid of it or get rid of something else. Don’t stuff drawers, or you’ll make it hard to find stuff. Also, socks are usually a challenge — use mesh bags, one for clean socks and another for dirty ones. Then throw the dirty mesh bag in the laundry, and socks won’t get lost (or at least, not as often).

Always prep early. I try to make it a point to look at the schedule in advance (usually the day before) to see what’s coming up. That allows me to prepare for those events or activities early, so that we aren’t in a rush when we’re getting ready. For example, on soccer days, we make sure that all the soccer gear, plus folding chairs and water bottles and snacks and whatnot, are all ready to go beforehand. Prepping early makes things a lot easier later on.

Always bring snacks. Kids always get hungry. So be ready — if you’re going on the road, pack some snacks in baggies. Crackers, cheese, fruit, carrot sticks, PB&J sandwiches, graham crackers, peanuts, raisins all make good portable snacks. An insulated lunch container with re-usable ice packs help keep things fresh. Also always bring plenty of water, as kids are always thirsty. Can’t help you with the urgent bathroom breaks, though.

Baby wipes and emergency kit. There will always be messes. Be ready. Baby wipes, even after they are past using diapers, are indispensable for all kinds of messes. Pack them in a little “emergency kit” that might include medical supplies, reading material, activities, a towel, and extra clothes — anything you can think of that might prepare you for anything that regularly arises.

Pack spare clothes. We have a little carry-on luggage that’s always packed with a couple of changes of clothes for each kid — good clothes (for a party or something), regular clothes, underwear, socks. This way we’re always ready, if there’s an accident, or should they want to spend the night with grandparents or a cousin while we’re out at a party or something. It’s indispensable.

Create weekly routines. Aside from regular family times (mentioned above), it’s good to have a weekly routine that’s written out and posted somewhere everyone can see it. A weekly routine might include regular practice times, house cleaning day, washing the car, yard work day, errands day, recurring appointments, etc. This makes the schedule more predictable for everyone, and eliminates a lot of surprises.

Communicate as a family. Regular communication between family members solves a lot of problems. Have regular times when the family can talk about family issues. Dinnertime is a good time for that. We also have a weekly “Family Meeting” where we all sit down and talk about household issues, we compliment and thank each other, we plan our Family Day, and we play a fun game at the end.

Go on dates. If you have trouble finding alone time with each child (whether you have one child or more than one), setting up “dates” can be a good way to ensure that you do things together. Make a date with your child for a specific day and time, and together you should decide what you want to do on that date. It can be something simple, like taking a walk in your neighborhood or in a park, reading together, playing board games, sports or video games, or it can be something like going to a restaurant or movie or amusement park. If you have lots of kids, you might have to rotate dates with them.

Create alone time for your spouse. It’s easy to become so busy with your kids that you forget about your significant other. Don’t let this happen — it’s a sure way to drift apart and lose that bond that led you to having a family together. Keep the relationship alive by getting a babysitter (maybe once a week) and doing something together, just the two of you.

Let things go sometimes. I’m not always good at this, but it’s something I work on constantly: don’t always be so strict. Let things go. They’re kids — let them live. I have a tendency to be very strict about things, but I remind myself constantly that it’s not worth all the hassle to get on their cases about things. Instead, let things go, and just relax. They’ll turn out just fine in the end, as long as you love and support them.

Make decluttering a family event. I like to set aside one day every few months when we go through all the stuff in our rooms and declutter. We do it together, and it can be a bonding time. We end up with trash bags full of junk, boxes full of stuff to donate or give to family, and in the end, much simpler rooms. It’s very satisfying.

Spend quiet time at home. Often we get so busy that we’re on the road all the time, going to one thing or another. And when we have family time, that’s often spent on road too — going to movies or restaurants or other fun events. But that can be exhausting, and expensive. Instead, try to spend time at home as often as you can. You can watch a DVD instead of going to the movies, and pop some popcorn. You can play board games or go outside and play a sport. You can read to each other, or by yourselves, or tell stories. There are dozens of things you can do at home that cost nothing, and that are relaxing and fun.

Create traditions. Kids love traditions, from holiday traditions to family traditions. My mom likes all our kids to come over before Christmas to make Christmas cookies, or come over before Easter to color eggs. The kids love those traditions. You might also create some traditions at your house, whether that’s a family dinner time, Family Meetings or Family Day, or anything that brings you together. If you make it a regular thing, and give it special importance, it will be a tradition, and it will be something your kids remember into adulthood.

Make cooking and cleaning a family thing. Cooking and cleaning can be complicated things, and they can take your time away from your kids. Doing these activities as a family solves both problems — having everyone pitch in can really simplify cooking and cleaning, and it gives you quality time together while teaching your children valuable life skills. Make it fun — let them choose recipes, go shopping for ingredients with you. See how quickly you can clean the whole house — if my whole family pitches in, we can do it in about 30-40 minutes. Make everything a game or a challenge.

Reduce commitments. This tip applies to both your commitments and your kids’ commitments. If you have too many, your life will be complicated. If you reduce your commitments, your life will be simplified. It’s that simple. Make a list of all your family’s commitments and see which ones align with your priorities, and which ones are the most important. Which ones give you the most joy and benefit? And which ones just drain your time and energy without giving you much back in return? Keep the essential commitments — yours and your kids — and eliminate as many of the rest as possible.

Get active. These days, kids can become very inactive (and unhealthy) with all the TV, Internet and video games they consume. Get them active by going outside with them and taking walks, going for swims, playing sports. My family likes to play soccer or kickball. Play freeze tag. If you run, let your kids run with you, at least part of the way. Get them bikes and go to the park. Do challenges, like races or pushup or pullup challenges. Make it fun, but get them active. How does this simplify your life? It means they consume less media, which in my opinion is a complicating factor. And even better, it gets them healthy in an inexpensive way, reducing your healthcare costs down the road.

Focus on doing, not on spending. Too often we send messages to our kids about how to live life, based on what we do: we like to go shopping, and eat out, and go to the movies, and so our kids learn that having fun means spending money. We focus on material things, and therefore so do they. Instead, teach them (by talking but also by your actions) that what’s important is doing stuff, not buying stuff. Go for walks in the park, play outdoors, play board games, read, tell stories, play charades, cook and clean, go to the beach or lake, build stuff, wash the car. Spend quality time together, doing stuff that doesn’t cost money.

“You can learn many things from children. How much patience you have, for instance.” - Franklin P. Jones

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Os 25 Mitos da Pediatria...

Excelente artigo publicado no "Expresso" de sábado passado...
FUNDAMENTOS

Teses de médicos portugueses

As orientações da pediatria moderna são conhecidas em Portugal e estão adoptadas por muitos especialistas. O Expresso ouviu alguns pediatras com trabalhos publicados nesta área e com funções em hospitais públicos de referência. Entre eles, o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital de Cascais, Luís Pinheiro; o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Anselmo da Costa; o neonatologista do Hospital de Santa Maria, António Simões de Azevedo; o presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Luís Januário, e o director da Pediatria Médica do Hospital de Dona Estefânia, Gonçalo Cordeiro Ferreira




Saúde
Mudança. Conhecimentos inéditos sobre o desenvolvimento biológico estão a revolucionar os cuidados aos mais pequenos. A experiência foi substituída pela evidência científica e práticas outrora comuns são agora proscritas
Os 25 mitos da pediatria


A vida moderna está a obrigar as crianças a uma socialização precoce e artificial

Música na gravidez Não é preciso nascer para ouvir. Hoje admite-se que o feto tem capacidades auditivas a partir das 12 semanas e guarda memória dos sons após o nascimento. Recomenda-se a audição de sons graves porque têm um efeito calmante e a música clássica está entre os estilos adequados. Os ritmos binários têm a vantagem acrescida de se assemelharem ao batimento do coração da mãe. Uma curiosidade: a cadência com que as mães embalam é igual ao seu ritmo cardíaco e é por isso que o bebé adormece mais facilmente.

Aleitamento Evitar alimentos como laranjas, cebolas, leguminosas ou chocolates não diminui as cólicas no bebé. A alimentação da mulher deve ser variada desde a gestação porque está provado que o feto inicia o desenvolvimento das células sensíveis ao sabor às 14 semanas. Todos são unânimes sobre os benefícios da amamentação exclusiva até aos seis meses de vida do bebé e provou-se que estão erradas as teorias sobre a fraca qualidade do leite muito líquido ou que não escorre quando é deitado num copo. O aleitamento é prioritário e deve começar ainda na sala de partos.

Esterilização Ferver ou esterilizar biberões e tetinas não é necessário se os pais lavarem frequentemente, e bem, as mãos. As doenças infecciosas são menos frequentes e em condições normais de habitabilidade e de higiene basta uma lavagem que elimine os resíduos.

Alimentos É um erro excluir alimentos como peixe, gema de ovo, carne de porco e frutas nos primeiros tempos de vida. A selecção visava prevenir alergias, mas as organizações internacionais defendem que atrasar a diversificação alimentar, mesmo em alérgicos, não traz benefícios. Outro erro antigo: não se deve obrigar a comer nem negociar alimentos por alimentos - por exemplo, dar uma bolacha para compensar ter comido sopa - e os legumes e frutas devem estar sempre na mesa porque a sua presença influenciará a alimentação na vida adulta. No passado, os alimentos eram introduzidos com o aparecimento dos dentes e agora são recomendados aos quatro meses, quando não há amamentação.

Suplementos alimentares Vitaminas para quê? A sociedade moderna caracteriza-se pela abundância e uma dieta equilibrada é suficiente. A excepção, sobretudo no primeiro ano de vida, é a vitamina D, que gerações reforçaram com ‘colheradas’ de óleo de fígado de bacalhau. A tradição tem sido recuperada sob outras formas: os ácidos gordos são decisivos na formação das membranas cerebrais e estão a ser redescobertos em óleos de peixes de profundidade.

Peso Gordura não é formosura. Cada bebé tem o seu ritmo e as variações nem sempre são sinal de doença. Os pediatras afirmam que os pais modernos se preocupam em excesso com o crescimento e recomendam que pesagem e medição só sejam feitas nas consultas de rotina.

Sono Não tem fundamento o medo de que os bebés deitados de costas podem sufocar no caso de bolçarem. Em situações normais, o corpo humano está preparado para evitar estas situações. O medo levou muitos pais a deitarem os recém-nascidos de barriga para baixo, mas hoje é reprovável e perigoso. É mandatório deitar os bebés de barriga para cima, pelo menos, até aos seis meses. Depois, é o próprio bebé que escolhe a posição mais confortável. O sono solitário foi estimulado por se acreditar que promovia a autonomia, mas não está provado.

Morte Súbita ‘Abafar’ os bebés não é o perigo principal. A morte de crianças saudáveis por razões inexplicáveis continua a registar-se e estudos recentes têm evidenciado que é mais comum quando os pais são fumadores, em famílias monoparentais e quando o bebé é deitado de barriga para baixo.

Choro As lágrimas são mais do que fome ou fralda molhada. Descobriu-se que os bebés são muito sensíveis a estímulos e também precisam de aliviar a tensão. Ou seja, às vezes basta deixar chorar um bocadinho para perceber a mensagem.

Banho Esperar pela digestão para dar banho é um mito. A água utilizada está morna e não existe choque térmico, responsável pela congestão. Além disso, o leite é de fácil digestão. O banho deve ser um prazer e a regra é ‘água quanto baste e pouco produto de limpeza’, sobretudo com glicerina, porque seca e irrita a pele em demasia.

Pele Pó de talco fora da lista. A limpeza exagerada é inimiga da pele e um banho seguido de uma loção hidratante é suficiente. Na zona da fralda é necessária parcimónia no uso de toalhetes, pois limpam a sujidade, mas também podem arrastar a camada superficial da pele. Quando a fralda só está molhada e não existe irritação não é necessário usar creme ou pastas sob risco de provocar uma sensibilização excessiva. E o pó de talco está fora de moda porque as partículas podem ser inaladas pelo bebé.

Fralda O uso precoce do bacio está fora de questão. Os pediatras estão a recuperar a tradição de retirar a fralda só aos dois anos porque o controlo precoce do esfíncter pode, afinal, trazer problemas.

Botas ortopédicas Não vale a pena olhar para os pés antes dos dois anos. A ortopedia moderna respeita as regras de crescimento do pé e da marcha das crianças e qualquer calçado que faça alguma contenção interfere com a evolução normal. É ponto assente que é o exercício e não o calçado ortopédico ou formativo que cumpre a missão fisiológica. Sempre que possível, as crianças devem andar descalças e usar sapatos que protejam apenas o tornozelo e o calcanhar.

Creche A socialização, afinal, só começa aos três anos. Na sociedade actual mães e avós trabalham e os bebés vão para a creche cada vez mais cedo. Contudo, a maioria dos pediatras regressou ao passado para recomendar os cuidados dos avós até aos três anos. Argumentam que os ganhos de afecto compensam.

Febre A temperatura não é doença. A maioria das crianças faz quatro dias de febre e não é preciso baixar a temperatura de imediato como querem os pais dos nossos dias. Os médicos alertam que a febre é muitas vezes é um mecanismo de defesa do organismo e que um sinal de serenidade é a criança continuar a brincar.

Tosse Adeus ao xarope. Tossir é uma forma do corpo para eliminar secreções e melhorar a respiração. Trata-se de um sintoma e não de uma doença e nos primeiros anos de vida não são recomendados inibidores.

Aerossóis São os grandes terapeutas do século XXI. Ajudam a respirar melhor, contudo, os médicos têm dúvidas sobre o que os próximos avanços podem revelar sobre a sua utilização.

Ginástica respiratória Comum na década de 90 revelou-se desnecessária. Era usada para bronquiolites e hoje sabe-se que aumentam o cansaço e as dificuldades de respiração.

Remédios caseiros Vivem-se tempos de medicação excessiva. As precauções sobre o uso de remédios estão na ordem do dia e a regra é recuperar remédios caseiros como o xarope de cenoura e os preparados com mel.

Vacinas O calendário mudou. As crianças dos nossos dias são mais vacinadas - e dizem os pediatras, estão mais protegidas - e já não é preciso recomeçar do zero quando há atrasos muito grandes.

Flúor As gotas outrora comuns foram trocadas pelos dentífricos. Actualmente, é promovida a lavagem cada vez mais precoce dos dentes, aliás, logo que a dentição aparece na vida do bebé.

Brinquedos Quantos mais, pior. As crianças precisam de estimular a imaginação e para isso não podem ter muitos brinquedos para poderem explorá-los ao máximo, dando-lhe várias utilizações. Os pais devem guardar os presentes, optando pela distribuição ao longo do ano.

Animais Os eternos amigos estão de volta. Após várias teorias sobre o risco acrescido de alergias, cães, gatos, pássaros e outros animais são desejáveis para o desenvolvimento da criança.

Desporto O cloro não faz alergia. A prática desportiva é defendida para o desenvolvimento psicomotor e a natação volta a liderar as preferências. A qualidade da água das piscinas melhorou e os bebés podem nadar a partir do sexto mês de vida. Só é preciso limpar o cloro com um banho abundante e dar bastante água para minimizar a sua presença no estômago.

Regras O ónus dos pais sobre a personalidade dos filhos está mitigado. Passou a ser admitido que há crianças difíceis que complicam a vida das famílias e que as regras são, por isso, indispensáveis. A negociação deve existir, mas sem rendição, em especial, dos pais.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A árvore de Natal do Pluto



Eu já tive de fazer a minha árvore de natal com umas "ajudantes" de luxo!!!

Devo dizer que ficou catita com a ajuda preciosa da Mamã!!!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais Mickey...mais antigo!!!

Parabéns Mickey pelos teus 80 anos



É verdade o meu rato favorito já é um ancião com 80 anos (comemora-os hoje)!!!

Parabéns, Mickey !!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Brincar é preciso...

Brincar na rua, sem adultos a tomar conta, é uma coisa que a maioria das crianças portuguesas desconhece. Um espantoso sinal dos tempos, relatado por investigadores: para estes miúdos "enclausurados" pelo medo crescente dos pais e a presença das novas tecnologias, o recreio escolar será o único local que resta para brincar livremente.
Os pais estão cada vez mais a inventar a infância dos filhos e o modo como o fazem poderá estar já a deturpar o seu desenvolvimento. Serão menos de 15 em cada 100 as crianças portuguesas que continuam a poder brincar na rua sem a supervisão de adultos e menos de 30 por cento as que se deslocam para a escola sozinhas ou apenas acompanhadas por amigos, adianta Carlos Neto, professor da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, com base em inquéritos e estudos que tem vindo a desenvolver, tanto no âmbito do mestrado em Desenvolvimento da Criança, de que é coordenador, como em parceria com universidades e outras instituições.Também por observação directa Carlos Neto fala de um progressivo "analfabetismo motor" que está a tomar conta desta geração criada entre quatro paredes. As crianças mexem-se cada vez menos e cada vez pior. Por exemplo, começam a correr e chocam com as cabeças uns dos outros. "O afinamento perceptivo está em decadência", constata.Para esta "falta" de rua contribuem vários fenómenos cruzados. Entre eles: os pais estão com mais medo, as cidades têm mais carros e menos espaços livres, há mais oferta de actividades dentro de casa (computador, televisão, vídeo), as crianças têm menos tempo livre.O tempo que pertence por direito às crianças, para fazerem o que lhes apetece, está a ser roubado pelos adultos e os miúdos estão a ser transformados em "crianças de agenda", num corrupio entre a escola, onde passam o dia inteiro, e as actividades fora dela, alerta Carlos Neto.Alberto Nídio, sociólogo da infância, descreve assim o que acontece no resto do tempo destas crianças: "Depois chega a noite e têm que fazer os deveres. Aos sábados, têm escuteiros, catequese, piscina. E aos domingos ainda têm que sair com os pais." "Um inferno"Nídio está agora a redigir a sua tese de doutoramento - Trajectos intergeracionais do jogo, do brinquedo e da brincadeira -, que tem por base entrevistas a 10 famílias, com quatro gerações vivas (os seus entrevistados oscilam entre os seis e os 98 anos), residentes em diferentes meios (urbano, rural e intermédio) e de classes sociais distintas.Numa das casas, a mãe queixou-se por a filha já não querer acompanhá-la nos passeios de domingo. A miúda explicou-lhe porquê, resumindo o que vai na alma de muitas outras crianças: "É uma seca. Vai visitar a avó ou a tia. Fica lá a falar. Durante a semana, faço o que outros querem, mas ao domingo queria fazer o que me apetecesse". Alberto Nídio e Carlos Neto não poupam palavras duras para descrever este quotidiano: "Um inferno". "A identidade da infância não é compatível com a ideia de um intelecto activo num corpo passivo", adverte o professor da Faculdade de Motricidade Humana (FMH). As crianças precisam de brincadeiras espontâneas, de ter tempo para explorar, de contacto com a natureza, de dispêndio de energia, de aventura. "Todos os animais que têm uma infância prolongada (como é o caso da vida humana, têm necessidade de investir muito tempo e jogo durante esse tempo como uma ferramenta de aprendizagem e adaptação para situações inesperadas e imprevisíveis de natureza motora, social e emocional na vida adulta", explica Carlos Neto, que frisa: "Brincar é treinar para o inesperado". Durante muito tempo, a rua foi o espaço de eleição da infância. Hoje, esse é... o recreio da escola. "É o único local que resta às crianças para brincarem livremente", diz o professor da FMH. Um lugar onde estão por elas, entre elas, sem adultos a preencher-lhes o tempo. Este espantoso sinal dos tempos é também apontado por Alberto Nídio, que está, aliás, a colaborar com a Câmara do Porto num projecto destinado a adaptar melhor os recreios escolares a esta função central que agora desempenham."Dar-lhes na cabeça"Para o sociólogo, que foi professor primário durante mais de 30 anos em Vila Verde (distrito de Braga), a própria escola vai ter de mudar para responder ao tempo crescente que ocupa na vida das crianças. Em média, recorda, as crianças passam ali mais 10 horas semanais do que há três anos, quando foram implementadas as chamadas "actividades de enriquecimento curricular" e alargado o horário das escolas do 1.º ciclo do ensino básico: "Estão sufocadas. Há crianças que estão nas escolas antes da oito horas da manhã e saem depois das 18, em actividades que, apesar de mudarem de nome, são mais do mesmo: ensinar", descreve, chamando a atenção para esta características dos tempos correntes. Todos os adultos ali, sejam professores ou monitores em ATL e actividades desportivas, aparecem com um projecto para cumprir. "De um modo ou de outro, as crianças acabam sempre por estar com alguém a dar-lhes na cabeça."Carlos Neto aponta também o dedo: "O aumento da carga curricular e a total formalização escolar não é compatível com as necessidades de desenvolvimento de crianças e jovens, que necessitam de tempo informal para a promoção de um estilo de vida mais activo". O investigador tem dúvidas, por exemplo, acerca dos efeitos benéficos das aulas de substituição. "Na perspectiva das crianças, a falta do professor representava um ritual fundamental para se gostar de estar na escola. Era um momento para a actividade livre no recreio, actividades físicas e desportivas e convivência com os amigos." Neto frisa, por outro lado, que as mais das vezes as novas aulas de substituição têm pouca ou nenhuma mais-valia: são preenchidas "com actividades incoerentes e não coincidentes com o projecto de ensino de cada disciplina".Ao contrário das vivências experimentadas pelas gerações antes delas, a maioria dos miúdos de hoje desconhece, em absoluto, a explosão de energia que acontecia nas ruas no final de cada dia passado em aulas. Um estudo sobre níveis de bem-estar das crianças da Área Metropolitana de Lisboa (AML), realizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, o Instituto de Apoio à Criança e a Faculdade de Motricidade Humana, em que foram inquiridas cinco mil crianças, mostra que quase 85 por cento não podem brincar com amigos depois do anoitecer, revela Carlos Neto. Os pais têm cada vez mais medo e mais medos. Têm medo que os filhos se magoem, que sejam roubados, que sejam atropelados, que sejam violados, que sejam raptados. Neto e Nídio falam mesmo de "paranóia" e sublinham as responsabilidades da comunicação social neste processo, que tende a agravar-se. Também para efeitos de cultura familiar "o caso Maddie foi uma tragédia", alerta o professor da FMH.Inês Lobão, psicóloga, monitora na mediateca do centro social da Musgueira, Lisboa, regressou há sete meses aos arredores da capital, depois de quatro anos numa aldeia do Centro do país, onde nasceu o seu filho mais novo. O mais velho foi para lá ainda quase bebé. Cresceram de porta aberta para o quintal. Hoje, no prédio onde vivem, em Queluz, descem por vezes à frente da mãe: "Os meus vizinhos ficam em pânico se os vêem lá em baixo a brincar sozinhos"."Um tesouro"Nisto do que fazer com os filhos, as novas tecnologias, e, antes delas, já a televisão, são amigas dos pais: estão a transformar a casa - e, nela, o quarto - no centro do mundo dos filhos. "O quarto dá-lhes tudo. Têm lá a televisão, o computador, a consola", refere Nídio. Mesmo nas casas mais humildes, os miúdos têm isto tudo, constata. Em média, as crianças portuguesas passam mais de três horas por dia à frente de ecrãs. Alberto Nídio chama-lhes "nativos digitais", em contraposição com a "maioria de info-excluídos" que compõem as gerações dos seus pais e avós. Diz que este contraponto poderá estar a contribuir para a sobrevalorização da criança nos tempos de hoje: "Os pais olham para elas e acham-nas importantes. São depositadas muitas expectativas nelas". "É um tesouro que está ali", disse-lhe um bisavô de 92 anos sobre o neto de oito. Este modo de encarar as crianças poderá também ajudar a explicar o medo crescente que tem tomado conta dos adultos. E que está a condenar os mais novos. Nos inquéritos que tem feito, Nídio constatou, por exemplo, que mesmo aqueles para quem o quarto é tudo, se tivessem oportunidade, se os deixassem, o que queriam era ir brincar lá para fora. Menos rua em países do SulAo contrário do que poderia parecer óbvio, até por causa do clima, é nos países do Sul da Europa que as crianças passam mais tempo em interiores. A diferença é abissal: nos países nórdicos, quase todas as crianças (99 por cento) vão para a escola sozinhas ou com amigos e podem brincar na rua com autonomia, adianta Neto, com base em dados constantes de um estudo comparativo sobre a mobilidade das crianças europeias, publicado em 2001. Uma sondagem conduzida anualmente pela Duracell em nove países europeus, Portugal incluído, dá conta de que, na Alemanha ou na Holanda, as actividades no exterior encontram-se no topo das preferências, com percentagens (33 e 30 por cento) que praticamente triplicam as contabilizadas junto das crianças portuguesas (11 por cento). Mas não são só as diferenças Norte-Sul a ditar variações. Brincar ou não na rua depende ainda também da classe social de pertença e do meio envolvente. As crianças e jovens realojados na Musgueira que diariamente frequentam a mediateca onde Inês Lobão trabalha terão, pelo contrário, "rua a mais", constata a psicóloga. A "cultura de rua" é ainda muito forte em quase todos os bairros de realojamento e também nos bairros mais populares, em forte contraste com o deserto silencioso em que se transformaram as zonas residenciais da classe média. Inês Lobão diz que os "seus" jovens se habituaram a estar na rua desde pequenos, que esta cultura é passada de irmão para irmão. Muitos deles vêm de famílias com oito e 10 filhos. É outra diferença: os filhos únicos estão mais "enclausurados" do que os outros.Na Primavera passada, Alberto Nídio confirmou que se pode mudar de mundo em apenas um quilómetro. Nas entrevistas que realizou, deparou-se, nas quatro gerações, com uma referência comum ao lugar da catequese como local de brincadeiras. Foi ver o que se passava. Constatou primeiro que, "no meio urbano, o tempo que antecede e procede a catequese já não é de brincadeira". "As crianças são transportadas de automóvel, geralmente pelas mães. Não são sequer deixadas no adro, mas levadas à porta, para [os adultos] terem a certeza de que as entregam ao catequista: cerca de cinco minutos antes do fim da catequese, que demora à volta de uma hora, já estão outra vez à porta para pegarem nas crianças e desaparecerem dali." Mas a mil metros de Vila Verde, num contexto que Alberto Nídio descreve como "intermédio", já não totalmente urbano mas ainda sem ser rural profundo, "a esmagadora maioria das crianças vai sem adultos para a catequese, numa brincadeira pegada que se estende ao adro do templo e às ruas em volta".Parques infantis iguaisPara repor as crianças em acção não é só preciso que os pais mudem, é também necessário mudar as cidades e o que se decide sobre elas. O automóvel invadiu todos os espaços. Por se ter privilegiado sempre mais construção, as zonas livres são cada vez menos; e aquelas que foram "concebidas" para as crianças sofrem de um mal de raiz. "A maior parte dos espaços de recreio e jogo para crianças resulta de critérios ligados ao 'negócio' empresarial e político. Um bom exemplo disso são os parques infantis completamente padronizados, iguais em todo o lado, sem interesse nenhum para as crianças", denuncia Carlos Neto.Uma entre outras lacunas, diz: "Está ainda por criar em Portugal o conceito de espaço aventura", em que os mais novos são intervenientes no processo de construção e se privilegia o contacto com a natureza."Hoje, a vida na cidade é desesperadamente adulta e racional", lamenta o professor da Faculdade de Motricidade Humana. Em Londres, Nova Iorque, em vários pontos da Alemanha, entre outros lugares, estão em curso projectos com o objectivo de tornar as cidades mais amigas das crianças, promover a mobilidade (em Londres, os transportes públicos são gratuitos para menores de 16 anos) e assim ajudar também a combater uma das grandes ameaças do século, a obesidade. Calcula-se que, nas sociedades desenvolvidas, 40 a 45 por cento das crianças e adolescentes sejam sedentárias ou insuficientemente activas, adianta Carlos Neto. Provavelmente, irão dar corpo a uma geração de obesos (em Portugal, cerca de 14 por cento das crianças já o serão). Mas não é só o corpo, é também a alma que se encontra ameaçada. Neto di-lo de outro modo e deixa o recado: "É absolutamente importante que as crianças tenham uma infância feliz, não uma infância inventada pelos adultos".

Para os pais pensarem e mudarem ...

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O direito a morrer com dignidade...

Notícia do "Público" de hoje...
Todos nós temos o direito de destinar a nossa vida, e julgo que pelo que esta menina já sofreu tem o direito de querer morrer com dignidade, junto daqueles que mais AMA. Sei que é um debate que tem tanto de polémico como de apaixonante, mas a realidade é que muitas vezes é um egoísmo de quem fica querer prolongar o sofrimento de alguém que amamos e que nos custa ver partir, mas se reflectirmos com base no amor que sentimos por essa pessoa veremos que nesse momento de debilidade há que respeitar quem sofre na "pele" todas as "agressões" que é alvo por parte da doença. Para ti, Hannah Jones, vai o meu respeito e o desejo que sejas mais uma estrela a brilhar no céu, desejo também que tenhas uma "hora pequena" quando partires deste mundo para outro.

Criança de 13 anos recusa um transplante cardíaco e escolhe "morrer em casa"
Sofia Cerqueira

Hannah Jones não deverá sobreviver à deficiência cardíaca que desenvolveu devido à quimioterapia
A jovem britânica Hannah Jones conseguiu ontem impor ao tribunal a decisão de recusar um transplante cardíaco que lhe prolongaria a vida, ao preferir "morrer com dignidade" em casa, rodeada pela família. A adolescente de 13 anos sofre de uma rara forma de leucemia desde os cinco anos e, após ter conversado com vários médicos, optou por não se sujeitar a mais tratamentos. A quimioterapia e os medicamentos a que se submeteu nos últimos oito anos enfraqueceram o seu sistema imunitário e o músculo cardíaco, provocando um buraco no seu coração. Um transplante poderia salvá-la, mas o risco de rejeição do novo órgão e o cocktail de medicamentos que teria de tomar para sempre poderiam desencadear novamente a leucemia, em regressão há cinco anos. "Já sofri demasiado. Não quero [o transplante] e a escolha de não o fazer é minha", disse Hannah à Sky News. Apesar da decisão da jovem, o hospital considerou que deveria defender o seu "interesse superior" e instaurou um processo para obrigar a criança a submeter-se à operação. A Comissão de Protecção de Menores britânica preparava-se para retirar temporariamente a guarda de Hannah aos pais, considerando que a estavam a "impedir de receber tratamento". Mas uma conversa entre a jovem e uma assistente social ditou o fim do processo, com a conclusão de que a decisão de recusar o tratamento era consciente e bem informada, apesar dos seus 13 anos. A família diz-se orgulhosa e consciente da esperança de vida de Hannah, que já desafiou os prognósticos dos médicos, receosos de que não chegasse ao último Natal. "É ultrajante que os médicos tenham assumido que não queríamos o melhor para a nossa filha", comentou Andrew Jones, pai de Hannah, ao diário britânico The Daily Telegraph. Andrew e a mulher tentam que a filha aproveite o tempo que lhe resta, realizando o sonho de ir até à Disneyworld, nos Estados Unidos, numa viagem oferecida por uma associação de apoio a crianças doentes. Mas a ida está comprometida porque Hannah é a única de 40 crianças que não consegue um seguro de viagem.O caso de Hannah Jones tem suscitado muitas reacções na imprensa britânica, ao levantar o tema do direito à morte e da decisão em consciência de menores. Sheila McLean, directora do Instituto de Direito e Ética na Medicina, da Universidade de Glasgow, aplaude o respeito pela decisão de Hannah e lembra que menoridade não é sinónimo de imaturidade. "Está na altura de respeitar as vozes dos mais jovens, sempre que estejam capazes", disse ao Guardian. No Times, Rosemary Bennett apela à compreensão da atitude dos médicos, obrigados a fazer tudo para salvar vidas. Mas lembra que hoje em dia "a vida é sacrossanta" e quase não é permitido falar de morte: "Quando alguém deixa claro que está preparado para morrer (...), isso surpreende-nos. Quando esse alguém tem 13 anos, isso é inquietante".

Orçamento para crianças

Um excelente artigo publicado hoje no Diário Económico e que gostaria de partilhar com todos os pais/mães verdadeiramente interessados com o futuro dos filhos (as).
É fundamental criar um orçamento para as crianças
Rendimento, Despesas e Poupanças são ítens essenciais para uma boa gestão das economias.
António Sarmento

Uma simples ida ao supermercado pode ser muito útil para o seu filho se ir habituar ao valor do dinheiro. A partir do momento em que a criança entra para a escola primária pode dar-lhe uma pequena quantia para, por exemplo, comprar o lanche. “Apesar de não podermos definir uma idade ideal, podemos afirmar que antes da entrada para o ensino básico pensar em dotar as crianças da ideia da responsabilidade ou de valor do dinheiro é uma ideia ilusória”, diz o psicólogo Vasco Soares.
1. Com que idade se deve ensinar às crianças o valor do dinheiro?
No ensino básico, as crianças têm formação na escola para conhecerem o dinheiro. Em casa este conhecimento deve ser estimulado. Comece pelas moedas mostrando as diferenças entre tamanho, peso, valor e desenho. Ensine-as ainda que o dinheiro não pode ser rasgado ou molhado. A partir do momento em que as crianças sabem fazer operações de subtrair e somar, atribua-lhe pequenas tarefas como ir buscar o pão, para que possam calcular o troco a receber. Se for mais fácil construa um orçamento familiar.
2. O que devo fazer para ensinar quais os gastos indispensáveis e os superfluos? Nas idas aos supermercados transmita aos seus filhos as noções de aquilo que é caro ou barato e a separar os produtos indispensáveis (como o pão para o lanche) dos supérfluos (como um carrinho de brincar). Desta forma, elas vão aperceber-se de que os pais não podem comprar tudo e que o dinheiro tem de ser bem gerido.
3.Como é que deve ser feita a responsabilização do dinheiro?
Não dê dinheiro à criança em troca da execução de algumas tarefas domésticas. Caso contrário, ela passará a cobrar-lhe alguns euros para fazer a cama ou arrumar o quarto. Estas tarefas são exemplos de obrigações comuns a todas as crianças e, como tal, não devem ser recompensadas.
4. Qual o objectivo de ensinar as crianças a poupar?
Uma das formas de estimular a poupança nas crianças é a através do estabelecimento de objectivos como a compra de um brinquedo ou de um jogo de computador. “Ensinar uma criança a juntar dinheiro sem motivo é querer transformá-la em sovina. Fixem juntos um objectivo e, caso ela gaste todo o dinheiro, não se aflija: é melhor ir à falência quando se é criança do que na idade adulta”, explica Cássia D’Aquino, consultora brasileira em educação financeira.
5. Quando é que devo dizer sim ou não a uma exigência?
Tão importante como saber dizer não, é também saber dizer sim. Não se pode privar as crianças de tudo, pois quando crescerem ou quando se virem com dinheiro vão desejar ter tudo a quilo que nunca tiveram e podem tornar As tentações de consumo são muitas e as crianças estão bem atentas a elas. Mas cabe aos pais resistir a essas tentações. Caso contrário, as crianças vão habituar-se a terem tudo o que querem e, no futuro, sentem dificuldades em com sentimentos de frustração ou fracasso. Se os seus rebentos fizerem birras porque querem um brinquedo, não ceda a esta chantagem emocional e demonstre que o comportamento deles não é eficaz.
6. Devo vincular a mesada ao desempenho escolar?
Nunca se deve ensinar uma criança ou adolescente a estudar para receber prémios financeiros. O estudo é uma tarefa a que os filhos se devem dedicar pela importância que tem nas suas vidas. Se a criança estuda apenas para garantir a mesada no fim do mês, pode sentir-se desmotivada a estudar se, por algum motivo, a família deixa de ter condições de lhe dar a mesada.
7. Há alguma quantia mínima para a semada ou mesada?
Uma criança ou adolescente com muito dinheiro pode partir para um consumismo excessivo, muitas vezes fora do padrão económico da família. Por outro lado, um valor irrisório pode fazer com que o seu filho não se sinta capaz de gerir correctamente o seu próprio dinheiro, porque o dinheiro não é suficiente para cobrir os gastos.
8. É útil planear um orçamento familiar?
Habitue as crianças a planear e manter um orçamento simples. Isto é importante para os pais com crianças de qualquer idade. O orçamento deve incluir rendimento, despesas e economias. Os itens do orçamento devem crescer à medida que as necessidades vão aumentando. Nessa altura, aumente também o dinheiro disponível.
9. É importante a criança ser ensinada a fazer doações?
De acordo com alguns especialistas internacionais as crianças podem aprender a dar mais valor às coisas se doarem algumas das roupas e brinquedos às crianças mais carenciadas. No caso das famílias mais abastadas, é frequente criarem fundações e envolver os seus próprios filhos nestas acções de responsabilidade social.
10. Existem sites da Internet que ensinam às crianças como poupar dinheiro?
Existem vários sites de língua inglesa úteis para ajudar os pais e as crianças a gerir dinheiro – www.kidsbank.com, www.younginvestor.com e www.ustreas.gov/kids são alguns deles. Têm jogos didácticos para conhecer as notas e moedas, estimular o raciocínio matemático e muitas dicas de poupança.
As contas, depósitos, aforros e seguro de capitalização que os bancos oferecem do nascimento aos 26 anos
Montepio
Conta Mini. É uma conta poupança que pode ser subscrita entre os 0 e os 6 anos. A quantia mínima de subscrição é de 25 euros. A taxa de juro varia entre os 3% e os 3,25% de TANB.
Conta Fun. É uma conta poupança que pode ser subscrita dos 7 aos 12. A quantia mínima de subscrição é de 25 euros. A taxa de juro varia entre os 3% e os 3,25% de TANB.
Conta Futuro. É uma conta poupança que pode ser subscrita dos 13 aos 18 anos. A quantia mínima de subscrição é de 125 euros. A taxa de juro caria entre os 3% e os 3,25% de TANB.
Santander
Conta Já Ká Konta. É uma conta poupança que pode ser subscrita entre os 14 e os 20 anos. A quantia mínima de subscrição é de 25 euros. A taxa de juto é de 4% (TAEG) até 31 de Dezembro de 2008.
Conta poupança jovem. É uma conta poupança que pode ser subscrita a partir dos 10 anos. A quantia mínima de subscrição é de 25 euros. Os juros pagos de acordo com o saldo da conta no final de cada período anual.
1º Depósito jovem. É um depósito a prazo que pode ser subscrito apartir dos 10 anos. A quantia mínima é de 150 euros. Taxa de juro de 5% TANB.
Banco Espírito Santo
Capitalização júnior. É uma aplicação a prazo que pode ser subscrita a partir do nascimento. O mínimo de subscrição são 20 euros. A taxa de juto mínima é de 3% TANB.
Poupança júnior. É uma Poupança renovável, que pode ser subscrita a partir do nascimento. O mínimo de subscrição são 100 euros. A taxa de juto é de 2% TANB.
Poupança crescente júnior. É um depósito a prazo, que pode ser subscrito a partir do nascimento. O mínimo de subscrição são 100 euros. A taxa de juro varia entre os 3% e os 7,50% TANB.
Millennium BCP
Jovem Aforro 1ª série. É um seguro de capitalização que pode ser subscrito a partir dos 14 anos. O mínimo de subscrição são 25 euros mensais. A taxa de juro mínima garantida é de 2,4%.
Poupança net.jovem. É um depósito a prazo que pode ser subscrito dos 0 aos 26 anos. O mínimo são 100 euros. A taxa de juro é de 4,25% TANB.
Poupa e cresce. Seguro de capitalização que pode ser subscrito a partir dos 14 anos. O mínimo são 30 euros mensais. A taxa de juro garantida é de 2,4%.
BPI
Conta júnior. É uma conta à ordem que pode ser subscrita dos 0 aos 12 anos. O mínimo de subscrição é de 25 euros.ABConta. É um depósito a prazo, que pode ser subscrito dos 0 aos 17 anos. O mínimo são 100 euros. A taxa de juro varia entre os 0,25% e os 0,75% ao ano.
BPI Aforro jovem. É uma aplicação a prazo que pode ser subscrita entre os 0 e os 18 anos. O mínimo são 100 euros. A taxa de juro é variável em função dos resultados obtidos pela carteira do Fundo Autónomo de Investimento.
CGD
Conta Caixa Crescer. É uma conta à ordem que pode ser subscrita dos 0 aos 14 anos. O mínimo de subscrição são 100 euros. A taxa de juro é de 0,5% TANB.
Conta Caixa Jovem. É uma conta à ordem que pode ser subscrita dos 15 aos 25.O mínimo de subscrição são 100 euros. A taxa de juro é de O,5% TANB.
Conta Caixa POP NET. É um depósito a prazo que pode ser subscrito dos 0 aos 28 anos. O mínimo de subscrição são 500 euros. A TANB é igual à Euribor 6 meses.
Banif
Conta Nova Geração. É uma conta à ordem que pode ser subscrita dos 0 aos 6 anos. Sem valor mínimo de abertura nem despesas de manutenção.
Conta Poupança Nova Geração 1. É um depósito a prazo que pode ser subscrito dos 0 aos 25 anos. O valor mínimo são 100 euros. A taxa de juto é de 3,75% TANB.
Conta Poupança Nova Geração 2. É um depósito a prazo que pode ser subscrito dos 0 aos 25 anos. O mínimo de subscrição são 2500 euros. A taxa de juro é de 3,75% TANB.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ilha das Cores


Provavelmente o melhor programa para crianças em exibição na televisão portuguesa desde a Rua Sésamo.