terça-feira, 30 de setembro de 2008
Ter filhos é ...NORMAL
http://www.youtube.com/watch?v=f7ciDKRgdvI
http://www.youtube.com/watch?v=k7WE4nPJNWY
http://www.youtube.com/watch?v=5JgFL-CxGH0
http://www.youtube.com/watch?v=H_pBT000YVw
Bom, não é?
Para quem gosta de feitiços com 70 anos
Esta tarde estou para cima...Viva la vida!
http://www.youtube.com/watch?v=92wEnmZ-ikA
Viva la vida
Moleskine
Embora a Moleskine srl divulgue que os seus cadernos de notas foram utilizados por reputados intelectuais que influenciaram a cultura no século XX – escritores e artistas como Vincent van Gogh (1853–1890), Henri Matisse (1869–1954), Pablo Picasso (1881-1973), André Breton (1896-1966), Louis Férdinand Céline e Ernest Hemingway (1899-1961) -, a marca Moleskine foi registrada oficialmente apenas em 1996, voltando a ser lançada em 1998.
No filme "Indiana Jones and the Last Crusade", o pai do personagem principal, Prof. Henry Jones, mantém as suas anotações de pesquisa numa Moleskine.
Ainda no cinema, o famoso caderno de notas é mostrado em cenas de "Magnolia" e de "The Talented Mr. Ripley".»
As Quatro Estações
De uma forma geral, o nosso rendimento aumenta à medida que vamos envelhecendo. Logo, podemos afirmar que, como investidor, o rendimento será mais avultado na fase da vida em que temos menos tempo para investir. Vamos então olhar para o que caracteriza as várias “estações” da vida dum investidor e que passos dar a cada etapa.
PRIMAVERA
Quando se é novo e se começa a investir, o mais provável é não dispormos dum rendimento confortável para grandes investimentos. Subtraído o necessário para fazer face à vida, verificamos que nos restam poucos euros. Contudo, não devemos subestimar o seu valor nesta fase da vida, sendo muito importante investir esta pequena quantia com regularidade. Devido aos custos associados ao investimento e o baixo rendimento na primavera da sua vida de investidor, as escolhas ao seu alcance serão provavelmente mais limitadas. Sugere-se então que procure planos de poupanças que lhe permitam investir uma pequena quantia mensal sem comissões de manutenção ou comissões de baixo valor. E não se esqueça que a Primavera é um tempo de descoberta e aprendizagem. É o tempo de conhecer as empresas, aprender a decifrar dados financeiros e conhecer conceitos de análise técnica. É também a melhor altura para começar a informar-se sobre os patamares superiores do investimento para que esteja preparado antes de entrar nessa fase. Geralmente, esta é a fase em que o pequeno investimento serve como formação de base para o futuro.
VERÃO
Começa-se a subir na vida e, embora o seu rendimento não garanta um lugar na lista da Forbes, já reúne umas centenas de euros mensais para investir, se restringir o consumo em alguns bens de luxo. Esta é a fase para olhar para os fundos de investimento, para comprar participações em empresas através das acções e para montar o seu Plano Poupança Reforma (PPR). Afinal de contas o Verão não é eterno, mas através da constituição de um PPR verá que o Inverno será muito mais ameno. O Verão é também uma fase em que pode ser mais agressivo com os seus investimentos, porque o seu rendimento fixo é relativamente alto comparado com as suas despesas. Para além disso, pode ainda não ter um empréstimo à habitação ou uma família no cerne das suas preocupações, e isto significa que pode alocar uma quantia maior do seu capital de investimento em classes de activos mais arriscados mas com maiores rendibilidades potenciais. Com um bom nível de conhecimentos em mercados financeiros, pode até olhar para opções, futuros e CFDs.
OUTONO
Esta é a sua fase de ouro em termos de ganhos. Contudo, pode também ser a mais dispendiosa da sua vida se constituiu família e está a providenciar o apoio financeiro aos seus filhos. Na transição entre o Verão e o Outono, pode ter contraído uma grande dívida sob a forma de empréstimo à habitação, mas esta será paga diligentemente já que o seu rendimento é superior e evita gastar dinheiro com frivolidades.
É também a altura de fazer uma série de mudanças no que concerne a sua estratégia de investimento. Com sorte, algum do seu investimento de alto risco do Verão estará agora a dar frutos, o que lhe permitirá colocar esse dinheiro em investimentos mais estáveis. A sua tolerância para o risco não é o que era dantes, mas a experiência adquirida e o capital sob controlo permitem-lhe beneficiar de investimentos de menor risco. Surgem as obrigações no horizonte de investimento, dando continuidade ao investimento em acções e fundos de investimento. Com uma preparação optimizada na Primavera e no Verão, o Outono será a época mais rentável no que diz respeito a investimento e ganhos – pense nele como a época das colheitas.
INVERNO
Os seus dias de trabalho chegam a um termo, e, da sua perspectiva, este Inverno afigura-se bem melhor do que aquele Verão atarefado de há muito tempo. Os seus investimentos são agora mais conservadores e estão a render faseadamente e em momentos-chave, cobrindo as suas despesas. Quando tem um dinheiro extra olha para aquele investimento que lhe permita adquirir uma casa de férias no Algarve.
Quando se senta, relaxado no conforto da sua segurança financeira, olha para trás e pensa nos primeiros passos dados na Primavera e apercebe-se que planear as suas estações de investimento não foi uma tarefa assim tão penosa. Aliás, foi quase natural.»
Alexandre Narciso
Direcção de Investimento do Banco Best
"I'm Singing in the rain" (Gene Kelly)
Apresento-vos um dos meus preferidos:
http://www.youtube.com/watch?v=rmCpOKtN8ME
Ainda não chove, mas está a prometer!!!
Quando o capitalismo regula mal (Henrique Monteiro)
A ideia de que a ganância, a falta de honra e o crime económico são inerentes ao capitalismo é falsa. Na verdade, veja-se a História, são defeitos de sempre nas sociedades humanas. Dito de outro modo: ‘é a ética, estúpidos!’
Subitamente, como numa reviravolta vingativa de um filme barato, o capitalismo passou a ser o mau da fita. Há uma crise e há culpas. Foi de não haver regulação, dizem.
Eu concordo inteiramente com a ideia de que é necessária regulação do mercado (na verdade, até Bush começa a perceber que não há outra hipótese) e penso que o mercado, por si só, embora tendendo para se auto-regular pode conduzir a situações indesejáveis e insustentáveis. Mas, embora não negue a necessidade de certa intervenção do Estado, desconfio profundamente dos que passam a vida a pedi-la e não vivem sem ela.
Vamos a factos. O capitalismo, com mais ou menos crises, representou um enorme avanço civilizacional na autonomia e liberdades individuais. Essa pulsão, que vem desde o Renascimento, mantém-se ainda hoje. As sociedades mais livres, onde o homem consegue maiores realizações pessoais, artísticas e empreendedoras, são capitalistas.
As alternativas ensaiadas a este modelo resultaram ou em anarquias improdutivas (recorde-se Robert Owen e a sua experiência em New Harmony) ou - o que foi mais frequente - em ditaduras ferozes, apenas capazes de distribuir riqueza pelas suas próprias oligarquias. Hoje em dia, o capitalismo funciona em todo o mundo e, se nos EUA e na Europa sofre uma crise, continua vigoroso, por ora, na China, na Venezuela ou em Angola. Nesses países em que o Estado intervém de forma total na economia e mesmo nos mercados financeiros, a distribuição da riqueza resume-se aos aliados, amigos e afilhados dos respectivos regimes.
O que falhou, então, no nosso capitalismo? A resposta deu-a em parte Miguel Sousa Tavares na sua crónica da semana passada: falhou a ética e abundou a ganância e o crime económico.
O capitalismo pode funcionar com mais ou menos intervenção estatal, mas regula mal, é totalmente pérfido se não estiver associado àquela ética estrita de que falava Max Weber em ‘A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’.
Nesse aspecto, não foi preciso vir a esquerda alertar para os danos do capitalismo - a Igreja Católica andava a pregar isso mesmo há anos.
Não foi o mercado em si, nem tão pouco a ausência de reguladores que provocou esta crise. Foi a falta de senso e a cobiça extrema. Ora, estes são males que não são específicos do capitalismo, mas do género humano. A crise resulta, de facto, de uma maneira de ver e de uma organização social. Mas, infelizmente para certa esquerda, não se compõe com as suas receitas.»
Farto de más notícias, eis quatro boas!!!
«Nos últimos 50 anos, o número de mulheres licenciadas passou de 11 mil para 600 mil. Chega para nos orgulharmos do país em que vivemos?
Quando o mundo económico cai à nossa volta, é possível encontrar alguns motivos de esperança? Seguramente. É só procurar. Eu encontrei quatro.
1 Todos os Verões, Portugal e muitos outros países se debatem com o flagelo dos fogos florestais. A explicação, quando não tem origem criminosa, radica na acumulação de combustíveis florestais (matos, caruma, etc.) em terrenos que não são limpos pelos seus proprietários ou estão ao abandono. Além do mais, a limpeza dos terrenos custa muito esforço e bastante dinheiro.
Esta semana, a Impresa, empresa proprietária do Expresso, e a Água do Luso entregaram o Prémio Ideias Verdes aos responsáveis de um projecto já testado, que é um verdadeiro ovo de Colombo: utiliza cabras que, controladas por cercas, devoram literalmente todos os resíduos florestais que estão na origem dos fogos.
Os projectos-piloto na serra de Sintra e em Grândola foram um sucesso. Segue-se o primeiro projecto em larga escala nas serras de Aires e Candeeiros. As cercas que controlam a zona de actuação das cabras são alimentadas com energia solar e cada animal leva um chip na coleira, que permite a sua localização via GPS num telemóvel. É a junção da modernidade à ruralidade, à ecologia e à defesa do ambiente. E a prova de que uma excelente ideia não precisa de milhões para se concretizar.
2 O MEP-Movimento Esperança Portugal, liderado por Rui Marques, parece ser um partido diferente. Esta semana organizou um debate sobre as razões e a necessidade de esperança em Portugal. Editou um livrinho com 52 razões de esperança. Alguns exemplos: o espaço Shengen foi alargado a nove novos países em 2007 graças à solução informática criada pela Critical Software, uma empresa portuguesa. Temos a terceira mais baixa taxa de mortalidade infantil da Europa e a quarta do mundo. O novo laboratório espacial europeu Columbus inclui tecnologia portuguesa concebida pela Efacec. Somos o país da Europa que mais alterou a estrutura de exportações na última década: os produtos de alta tecnologia já representam 15% das exportações nacionais. Estamos em 18º no Índice de Desempenho Ambiental entre 149 países. O PIB «per capita» passou de menos de 7 mil euros em 1986 para cerca de 17 mil euros em 2006. Em menos de um século a esperança de vida duplicou. Nos últimos 50 anos, o número de mulheres licenciadas passou de 11 mil para 600 mil. Chega para nos orgulharmos do país em que vivemos?
3 A Chevrolet promoveu um concurso de Artes Aplicadas. Houve 41 propostas de 15 países. Paulo Branco, 23 anos, ficou em terceiro na categoria de fotografia, Ricardo Trindade e Rafael Gonçalves, ambos com 22, ficaram em segundo na categoria de artes visuais. E Trindade não tem pejo em dizer: “Quero ser o próximo designer da GM”. Quem disse que esta é uma geração mal preparada e sem ambição?»
4 Portugal tornou-se o primeiro país em todo o mundo com capacidade de produzir electricidade a partir da energia das ondas do mar. Há ainda 15 a 20 anos para confirmar o sucesso do projecto, onde Enersis, EDP e Efacec estão associadas. Mas quando é que estivemos na vanguarda de alguma tecnologia? E com as condições que temos, dificilmente perderemos um dos primeiros lugares na exploração desta tecnologia do futuro.
A PT e a imagem de Portugal
Na semana passada, a PT fez muitíssimo pelo nome de Portugal em África. Zeinal Bava, presidente da operadora, esteve na Namíbia para lançar o e-escolas, com a subsidiação de computadores ‘Magalhães’ para 25 mil estudantes universitários e a distribuição gratuita de mais mil nas escolas primárias. É um gesto que a Namíbia não esquecerá e a prova de que são as empresas que criam a imagem do país. É por isso que algumas têm de estar sempre em mãos nacionais.
Eles andam calados
De repente, todos os que sempre defenderam que as empresas que cometem erros de gestão devem falir, calaram-se. Todos os que sempre defenderam menos Estado, calaram-se. Todos os que sempre reclamaram da acção dos reguladores, calaram-se. De repente, todos eles perceberam que o mercado é vital, mas não pode ser deixado à solta. De repente, todos perceberam que os homens à frente das instituições não são intrinsecamente bons. De repente, todos perceberam que gerir com base num prémio associado ao desempenho da instituição pode ser perverso. Mas andam muito calados - enquanto o mundo paga a factura dos seus erros.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Conhecer uma criança
O melhor casal de todos os tempos...
http://www.youtube.com/watch?v=b9WQ3jhkxws
http://www.youtube.com/watch?v=2yZcQiMECBM
http://www.youtube.com/watch?v=pL8uaElGT_M
Bom tónico para começar a tarde.
Descubra as diferenças!!!
http://www.youtube.com/watch?v=sa20q2s2BRs
Bom almoço!!!
Exemplo...
Ao invés no início da tarde...
http://www.youtube.com/watch?v=MNaXbt51Uzc
P.S. - O video não tem som, tal deve-se ao facto de os direitos de autor dos filmes retratos nesta pequena homenagem, sorry!!! Mas vale a pena!!!
Um fim de tarde bem passado...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Com votos de bom fim de semana ... Placido Domingo - Tosca - E lucevan le stelle (Puccini)
http://www.youtube.com/watch?v=hxdiJ74AL5Y
Bom fim de semana
Para desanuviar... Ana Carolina e Seu Jorge
http://www.youtube.com/watch?v=CjmLI0VyLmM
http://www.youtube.com/watch?v=XBgtq7308a0
Doces Sapatos
Os Bufos
Para quem gosta dos Marretas!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Ssula_gHFMY
Vale a pena!!!
Grande Combate (Obama vs McCain) CNN 00.00 horas
E Deus criou...Pat Metheny
Linda melodia:
http://www.youtube.com/watch?v=Fo8WU_RRx-A
E a montanha pariu um rato...
- Será que ainda não deram de conta que o mercado financeiro americano e, consequentemente, mundial está desregulado e precisa da imposição de certas regras?
- Alguma vez ouviram falar de um senhor chamado Adam Smith?
E o mundo continua com a respiração contida... até quando?
Livros: Sonderkommando
Sinopse:«[O relato] de Shlomo Venezia é particularmente perturbante, visto que é o único testemunho completo que temos de um sobrevivente dos Sonderkommandos. A partir de agora, sabemos, com precisão, como foram condenados a cumprir a horrível tarefa, a pior de todas: ajudar os deportados escolhidos para morrer a despirem-se e a entrarem nas câmaras de gás, depois levar todos os cadáveres, corpos misturados que se tinham debatido, para os fornos crematórios.» Simone Veil.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
A Força da Mudança ...
- Mais emprego, desculpem, mais desemprego (7,5%)
- Mais segurança, desculpem, mais insegurança só antes vista nos noticiários da CNN quando um qualquer maluco se atrevia a sequestrar pessoas e a assaltar gasolineiras e multibancos, só nos falta um serial killer, mas isso arranja-se!!!
- Mais meios policiais e de investigação, desculpem, menos meios policiais e de investigação proporcionados às forças de segurança e ao Ministério Público face á crescente especialização e organização do crime praticado em Portugal na actualidade.
- Mais respeito pelo poder judicial e melhores instrumentos legislativos para ajudar a acabar com o crime em Portugal, desculpem, menos respeito pelo poder judicial e piores instrumentos legislativos para actuação mais eficaz para o combate ao crime. Exemplos: Nunca como agora se viu um total desrespeito pelo poder judicial, basta ver os telejornais para vermos quantos magistrados foram agredidos durante 2008, para já não falar na degradação do parque imóvel judiciário que é só rir ou chorar, e até mortos provoca com o desabamento de tectos, e que dizer das pérolas legislativas que saiem em catadupa todos os dias, à cabeça o Código do Processo Penal (da autoria das cabeças iluminadas do Partido que tem maioria absoluta na Assembleia da República) que dá um excesso de garantias aos arguidos e depois as pessoas admiram-se que os juízes tenham posto na rua o criminoso...
Foi de facto a Força da Mudança, mas para pior... pelo menos, eu vivo pior que em 2004, e vocês!?
Estreia hoje nos E.U. ... a 5ª temporada de Anatomia de Grey
Votos da emigração
Eles estão de volta em ...2009
Os (as) Postiços (as)
Estou farto dos (as) postiços (as) que gravitam à minha volta diariamente, gente que é fingida e falsa todos os dias, cheios de artimanhas para “tramar” os outros que de boa fé os rodeiam.
Há vários tipos de postiço (a):
O postiço que se julga metro-sexual – é aquele que tem um sorriso plástico e venenoso, de gargalhada prolongada e fácil, ordinário no aspecto e na fala, que quando anda, não o faz de forma normal, antes arrasta-se e torce-se todo porque julga que se locomovendo assim tem um estilo mais sexy. É um espécime a ter em conta pelo seu elevado grau de perigosidade, que é proporcional ao da sua imbecilidade.
A postiça sonsa, coitadinha – é aquela que sob a capa da boa pessoa, tenta à primeira oportunidade “lixar” os (as) colegas, sempre com um sorrisito meigo, uma santa, que é tão ao mais perigosa que o espécime descrito em cima. Geralmente, são altamente compatíveis e porque não conseguem com a sua genialidade tendem a agrupar-se e falar da vida alheia, porque não tem vida própria, a sociedade não os aceita.
A postiça safada - é aquela que se dedica à destruição de lares, não olha a meios para atingir fins, e tem características muito similares à postiça sonsa e coitadinha. Julga-se sempre uma eterna injustiçada, perseguida por tudo e todos, tem a ilusão que se veste bem, enche-se de marcas (verdadeiras ou falsas, não sei!) para disfarçar o seu enorme complexo de inferioridade.
Traço como aos (às) postiços (as) : Altamente perigosos e facilmente domáveis, mais fácil do que se imagina.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Obama à frente nos Estados Unidos (Sondagem do Washington Post)
Economic Fears Give Obama Clear Lead Over McCain in Poll
By Dan Balz and Jon CohenWashington Post Staff Writers
Wednesday, September 24, 2008;
Just 9 percent of those surveyed rated the economy as good or excellent, the first time that number has been in single digits since the days just before the 1992 election. Just 14 percent said the country is heading in the right direction, equaling the record low on that question in polls dating back to 1973.
More voters trust Obama to deal with the economy, and he currently has a big edge as the candidate who is more in tune with the economic problems Americans now face. He also has a double-digit advantage on handling the current problems on Wall Street, and as a result, there has been a rise in his overall support. The poll found that, among likely voters, Obama now leads McCain by 52 percent to 43 percent. Two weeks ago, in the days immediately following the Republican National Convention, the race was essentially even, with McCain at 49 percent and Obama at 47 percent.
As a point of comparison, neither of the last two Democratic nominees -- John F. Kerry in 2004 or Al Gore in 2000 -- recorded support above 50 percent in a pre-election poll by the Post and ABC News.
Last week's near-meltdown in the financial markets and the subsequent debate in Washington over a proposed government bailout of troubled financial institutions have made the economy even more important in the minds of voters. Fully 50 percent called the economy and jobs the single most important issue that will determine their vote, up from 37 percent two weeks ago. In contrast, just 9 percent cited the Iraq war as their most important issue, its lowest of the campaign.
But voters are cool toward the administration's initial efforts to deal with the current crisis. Forty-seven percent said they approve of the steps taken by the Treasury and the Federal Reserve to stabilize the financial markets, while 42 percent said they disapprove.
Anxiety about the economic situation is widespread. Just over half of the poll respondents -- 52 percent -- believe the economy has moved into a serious long-term decline. Eight in 10 are concerned about the overall direction of the economy, nearly three-quarters worry about the shocks to the stock market, and six in 10 are apprehensive about their own family finances.
Two weeks ago, McCain held a substantial advantage among white voters, including newfound strength with white women. In the face of bad economic news, the two candidates now run about evenly among white women, and Obama has narrowed the overall gap among white voters to five percentage points.
Much of the movement has come among college-educated whites. Whites without college degrees favor McCain by 17 points, while those with college degrees support Obama by 9 points. No Democrat has carried white, college-educated voters in presidential elections dating back to 1980, but they were a key part of Obama's coalition in the primaries.
The political climate is rapidly changing along with the twists and turns on Wall Street, and it remains unclear whether recent shifts in public opinion will fundamentally alter the highly competitive battle between McCain and Obama. About two in 10 voters are either undecided or remain "movable" and open to veering to another candidate. Nevertheless, the close relationship between voters' focus on the economy and their overall support for the Democratic nominee has boosted Obama.
Among white voters, economic anxiety translates into greater support for Obama. He is favored by 54 percent of whites who said they are concerned about the direction of the economy, but by just 10 percent of those who are less worried.
The survey also found that the strong initial public reaction to Alaska Gov. Sarah Palin, McCain's running mate, has cooled somewhat. Overall, her unfavorable rating has gone up by 10 points in the past two weeks, from 28 percent to 38 percent.
She remains broadly popular -- 52 percent of voters view her positively -- but there have been some notable declines. Over the past two weeks, the percentage of independents with favorable views of Palin dropped from 60 percent to 48 percent. Among independent women, the decline was particularly sharp, going from 65 percent to 43 percent. Her favorable rating among whites without college degrees remained largely steady, but among those with college degrees, it dropped nearly 20 percentage points.
The survey also showed some backsliding in enthusiasm among McCain supporters. Overall, most supporters of each presidential candidate said they are enthusiastic about their choice, but 62 percent of Obama supporters said they are "very enthusiastic," compared with 34 percent of McCain's supporters. Coming out of the GOP convention, nearly half of those backing McCain said they did so fervently.
Among Republicans, conservatives and white evangelical Protestants, strong enthusiasm for McCain's candidacy has dropped by double digits.
The survey, conducted Friday through Monday, included telephone interviews with a random national sample of 1,082 adults, including 916 registered voters. The margin of error for the full sample is plus or minus three percentage points; it is four points for the sample of 780 likely voters.
Overall, Obama and McCain are tied among men in the new poll, while Obama has opened up a sizable lead among women. The candidates divide white voters, 50 percent for McCain to 45 percent for Obama, while Obama has an overwhelming advantage among African Americans, 96 percent to 3 percent.
Independents, key swing voters, now break for Obama, 53 percent to 39 percent, reversing a small lead for McCain after the Republican convention. McCain is the choice of 86 percent of Republicans, while about as many Democrats, 88 percent, back Obama.
In the new poll, voters once again gave Obama higher marks than McCain when it comes to dealing with the economy, 53 percent to 39 percent. Two weeks ago, Obama's edge on the question was a narrow five points, his lowest of the campaign. Among independents, Obama's advantage on the economy -- now 21 points -- is greater than at any point in the campaign.
McCain's advantages on national security issues have also been blunted. Two weeks ago, when those surveyed were asked who they trusted to deal with a major unexpected crisis, McCain led 54 percent to 37 percent. That lead is gone.
Similarly, McCain's once-sizable advantage in dealing with the battle against terrorism has all but disappeared. There were also big shifts toward Obama on handling Iraq and international affairs more broadly.
The first presidential debate, set for Friday evening, is slated to focus on foreign policy and national security, but economic issues seem likely to be included, given the developments on Wall Street. The debate appears poised to draw record levels of attention, as interest in the election has been sky high and continues to grow. Almost all voters are tuned in, and 55 percent are following "very closely," higher than at this time in 2004 and more than double the percentage so engaged in 2000.
A substantial hurdle for Obama is the widespread public skepticism about whether he would make a good commander in chief. On that question, he has made no significant headway in allaying voters' concerns. They remain evenly divided -- 48 percent said he would be effective in that role, 47 percent said he would not. Nearly three-quarters said McCain would manage the military well, and as many said he has the knowledge of world affairs to serve effectively.
Still, the candidates are rated about equally on the question of who is the stronger leader.
In the aftermath of the national conventions and the surprise pick of Palin, McCain had narrowed the gap with Obama on who is more likely to change Washington. In the new survey, Obama has reestablished his credentials on that front. He also now holds a double-digit lead as the more honest and trustworthy candidate, flipping what had been a slight McCain edge two weeks ago.
Obama has also cemented a clear edge among voters prioritizing the economy, a growing group. Among "economy voters," he now leads McCain by nearly 2 to 1. McCain holds advantages among voters prioritizing a range of concerns that rank lower on the issues list, making it harder for him to find ways to drive the agenda of the campaign into favorable territory.
Polling analyst Jennifer Agiesta contributed to this report.
Anatomia de Grey...
http://www.youtube.com/watch?v=CP5mFTq6vv0
António Pinho Vargas - Tom Waits
Eu prefiro este que nos ofereçe a RTP Memória:
http://www.youtube.com/watch?v=8w5rYHmk38o
Um homem na cidade (com dedicatória)
(José Carlos Ary dos Santos)
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.
Ouve-se aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=ETCOYb47j5A
Guia prático para fazer bem um nó de gravata
Para os admiradores de Bond...James Bond
Let´s look at the trailer, aqui:
http://entertainment.pt.msn.com/jamesbond.aspx?cp-documentid=9526280
Discurso fortíssimo de Lula da Silva ontem na ONU
(RSM)
Ai, se eu pudesse votar nas Presidenciais Americanas
O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, é o preferido em 22 países, por ampla maioria, segundo uma pesquisa publicada hoje pela BBC.
Obama possui 49% das preferências de 22.000 pessoas inquiridas, enquanto o republicano John McCain obteve 12% e 40% não se pronunciaram.
A vantagem de Obama frente a McCain oscila entre 9 pontos percentuais na Índia a 84% no Quénia.
«Um grande número de pessoas no mundo aprecia claramente o que Barack Obama representa», disse o presidente do instituto GlobesScan, que realizou a pesquisa, Doug Miller.
«É muito significativo constatar que apenas 20% das pessoas pensam que McCain representaria uma melhoria das relações americanas com o mundo em relação à actual administração do presidente George W. Bush», acrescentou em comunicado.
Em 17 dos 22 países, a maioria da população acredita que as relacões externas dos Estados Unidos melhorariam com Obama no poder, enquanto a maioria das pessoas entrevistadas em 19 países pensa que tudo permanecerá igual como sob a presidência Bush.
Em média, 46% das pessoas acreditam numa melhoria das relações com Obama e 7% numa deterioração. Entre os países mais optimistas estão o Canadá (69%), França (62%) e Alemanha (61%).
A Rússia é o país mais indeciso, com 75% das pessoas interrogadas a nao emitir opinião.
A sondagem foi realizada entre 8 de Julho e 27 de Agosto, num universo de 22.531 adultos em 22 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Itália, Quénia, Líbano, México, Nigéria, Panamá, Polónia, Reino Unido, Rússia, Singapura e Turquia.
Fonte: Diário Digital
Massacre em escola na Finlândia (Pré-anúncio no Youtube)
O massacre aconteceu pelas 11 horas locais, 8 horas em Lisboa, um dia depois de o autor dos disparos ter sido interrogado pela polícia por causa de um vídeo colocado no YouTube, onde aparecia a disparar uma arma. "A polícia estava ao corrente e falou com ele na segunda-feira", disse em conferência de imprensa a ministra finlandesa do Interior, Anne Holmlund. "No entanto, o oficial da polícia decidiu que não havia razão para lhe retirar a licença de porte de arma", adiantou. Era uma licença temporária para disparar armas de calibre 22 que tinha sido obtida já este ano. "O procedimento da polícia será avaliado com detalhe", garantiu a ministra."Vocês serão os próximos"O vídeo no YouTube foi ontem divulgado por vários órgãos de informação e mostra um rapaz de cabelo curto a treinar os disparos num campo de terra ladeado por muros brancos, onde apenas se encontra um banco de madeira usado para colocar o estojo da arma, uma Walther P22, de calibre 22 (o estojo com a pistola foi por ele fotografado e publicado no YouTube, conforme se vê na caixa em baixo). Os vídeos foram rapidamente retirados do site, e foi também suspensa a conta do autor no YouTube, que se apresentava como Wumpscut 86 e referia o que mais gostava: "computadores, armas, sexo e cerveja".Uma colega de Saari, Susanna Keronen, diz que ele era "alegre e sociável", alguém com quem era fácil conversar. Vivia sozinho com um gato. No seu perfil na Internet descrevia-se como um misantropo empenhado. "Tinha amigos", recordou Susanna Keronen, sem compreender os motivos que poderão ter levado Saari a disparar sobre os colegas.Num dos vídeos que aparecia quando se pesquisava por Kauhajoki, a cidade de 14 mil habitantes a cerca de 330 quilómetros de Helsínquia onde o massacre aconteceu, um jovem afirmava "vocês serão os próximos a morrer", adiantou a agência AFP. Na escola, um estabelecimento de ensino secundário com cursos profissionais ligados à hotelaria e à saúde, estariam na altura dos disparos cerca de metade dos 400 alunos, adiantou o reitor Tapio Varmola."Vi um rapaz a deixar um saco preto no corredor, a entrar numa sala de aulas e a fechar a porta", contou à AFP um funcionário da escola, Jukka Forsberg. "Fui espreitar pela janela e ele atirou na minha direcção. Então telefonei para o número de emergência da polícia. Felizmente não fui atingido. Ele disparou, mas comecei a correr em ziguezague." Forsberg ouviu vários tiros e o autor dos disparos a carregar a arma. "Tinha roupa preta e um estilo militar. Caminhava calmamente. Não o reconheci, mas disse à polícia que se tratava de um adulto."A polícia confirmou a morte de 10 alunos, tal como foi noticiado no site da estação televisiva finlandesa YLE. A Kauhajoki School of Hospitality foi evacuada e chegou a deflagrar um incêndio no edifício que foi rapidamente extinto pelos bombeiros. Mais "um dia trágico"Poucas horas depois o autor do massacre acabou por não resistir aos ferimentos na cabeça e morreu no hospital universitário de Tampere. "Tinha um ferimento grave no cérebro, um ferimento provocado por uma bala na cabeça", adiantou à AFP um médico do hospital, Matti Lehto. "Falei com um neurocirurgião, mas não pudemos operá-lo. Quando chegou estava inconsciente e com os sinais vitais muito baixos.""Este é um dia trágico para a Finlândia", disse o primeiro-ministro Matti Vanhanen, que decretou para hoje um dia de luto nacional. "Todos devemos estar unidos para que estas situações não voltem a acontecer." Vários psicólogos foram enviados para o local. "Isto é muito deprimente. Só tivemos algum tempo depois do caso de Jokela, em Novembro", disse à Reuters o coordenador do apoio, Kari Saarinen. Em Novembro, um jovem de 18 anos, Pekka-Eric, disparou no liceu Jokela, na cidade de Tuusula, a cerca de 60 quilómetros de Helsínquia, e matou sete colegas e uma professora.Numa carta enviada ao primeiro-ministro da Finlândia, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o comissário finlandês, Olli Rehn, manifestaram-se "profundamente chocados e tristes" com o massacre na escola de Kauhajoki. "Temos a certeza de que todos os cidadãos da União Europeia partilham a dor que é hoje sentida na Finlândia."
Nocturne No.1 - Maria Joao, Piano. (Frederic Chopin)
http://www.youtube.com/watch?v=untEORj4r-M
Bom dia!
(RSM)
Começa o degelo?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Os mentirosos
A Liar goes in fine clothes.
Ele há valores superiores à própria vida
Casal morre a fazer sexo em linha férrea
Um homem e uma mulher morreram na província sul-africana de Mpumalanga (a leste de Pretória) ao serem atropelados por um comboio de mercadorias. O casal estava a fazer sexo em plena linha férrea
Segundo um porta-voz da polícia sul-africana, o casal ignorou os repetidos avisos do maquinista, que não conseguiu parar o comboio a tempo.
«Continuaram como se nada fosse», declarou Abie Khoabane ao diário Sowetan. O homem teve morte imediata, e a mulher acabou por falecer no hospital.
O incidente aconteceu sexta-feira numa região desabitada e as vítimas ainda não foram indentificadas, pelo que as autoridades sul-africanas têm repetido apelos para que possíveis familiares contactem a polícia.
SOL com agências
Saber não ocupa lugar... ou talvez sim!!!
Há quem diga que o saber não ocupa lugar. Mas eu estou convencido de que ocupa e muito!
Onde o nosso Comendador explica que a propalada utilidade de conhecer a existência de um apeadeiro chamado Setil não passa, na realidade, de uma mera aparência
Há, meus senhores, no Concelho do Cartaxo, freguesia do Vale da Pedra, uma pequena aldeia chamada Setil. Em tempos idos, homens carregando pequenas bilhas de barro apregoavam «água fresca», a qual tentavam vender aos passageiros do comboio Lisboa-Porto que ali obrigatoriamente parava, por ser o local de confluência da Linha do Norte com a a Linha de Vendas Novas.
Bons tempos, meu Deus, bons tempos em que a água sabia a barro e em que a Dona Alice Monteiro, também conhecida por Lili Caneças, podia dizer que era uma brasa sem a gente desconfiar. Porque, meus caros amigos, como eu ouvi dizer noutro dia, uma boa parte da responsabilidade pelo facto de os homens velhos ficarem impotentes reside na desgraça de mulheres velhas ficarem feias. Mas adiante...
Eu ainda aprendi que a Linha do Norte começava em Lisboa, passava por Braço de Prata e seguia por Setil, Santarém, Entroncamento, Lamarosa, Alfarelos, Coimbra, Pampilhosa, Aveiro, Espinho, Gaia e Porto. Também aprendi os rios de Moçambique — o Rovuma, o Lúrio, o Pungué, o Zambeze, o Búzi, o Save, o Limpopo e o Incomáti. E aprendi muitas coisas que — verdadeiramente — preferia não ter aprendido porque nunca me serviram para nada!
Eu nunca precisei de saber onde era o rio Pungué e nem conheço ninguém que precisasse. Mas a minha professora, a «Sôrétora», obrigou-me, de ponteiro em punho, a saber na ponta da língua isso e as tribos da Guiné, apesar de nessa altura eu viver nas Avenidas Novas.
Hoje em dia, em que os rapazes e raparigas não sabem ao certo — e sem máquina de calcular — quantos são dois mais dois, aparecem uns saudosistas do ensino antigo. A minha opinião é que vão morrer longe. No ensino antigo, é certo, sabia coisas interessantes como a equivalência do metro cúbico ao ester, à tonelada e ao quilolitro, mas ao mesmo tempo enfiavam-nos cabeça abaixo inutilidades como o ramal de Viseu, que era Santa Comba Dão, Tondela, Viseu.
Aparecem, igualmente, ferozes críticos do ensino antigo afirmando peremptoriamente que o ensino memorizado é uma fraude e que no fundo fica colado com cuspo. A esses digo, igualmente, que vão morrer longe. Porque, meus caros pós-modernos eduqueses, se assim fosse por que raio de milagre eu sabia, até hoje, que o D. Sancho II era chamado ‘O Capelo’ por em criança ter usado um capelo, coisa que ainda agora não sei o que é, porque na altura não memorizámos esse pormenor.
Por isso, devo aqui afirmar publicamente que teria preferido não aprender uma série de coisas inúteis que fui metendo na cabeça ao longo da vida. Pormenores idiotas, cursos de água longínquos, montanhas distantes, dinastias que acabaram e, de um modo geral, discursos do general Eanes.
Há quem diga que o saber não ocupa lugar. Mas eu estou convencido de que ocupa e muito! Eu hoje estou convicto de que nunca aprendi inteiramente física quântica, biologia molecular, tiro aos pratos e cozinha de fusão porque todo o espaço disponível no meu cérebro estava ocupado com a porcaria do rio Pungué e com a estação de Setil.
E, se querem que vos diga, isso irrita-me profundamente. Porque, cada vez que alguém diz Lisboa, eu penso maquinalmente: Setil, Santarém, Entroncamento...
COMENDADOR MARQUES DE CORREIA
Livrarias a sério
Perante isto que dizer da famos «Livraria Esperança» que há alguns anos dizia ser a maior livraria do mundo!!!
Oito livrarias únicas
De Maastricht a Buenos Aires, de Los Angeles a Paris, viagem a algumas das melhores livrarias do mundo, a começar pela Lello, no Porto, na fotografia desta página
Porto Lello
O nº 144 da Rua das Carmelitas, no Porto, é uma morada obrigatória para os aficionados da literatura e todos aqueles que visitam a Cidade Invicta. Quem aqui chega, incluindo inúmeros estrangeiros, vem atraído por imagens e relatos de um mundo mágico, onde Arte e História se cruzam com os livros. Dela disse o escritor espanhol Enrique Vila-Matas ser «a mais bela livraria do mundo». Para percebê-lo não basta admirar a bela fachada neogótica, com o seu amplo arco abatido e uma porta central, ladeada por duas montras. É preciso aceitar o convite para mergulhar no seu interior e folhear a sua história.
A primeira coisa que se estranha ao entrar é o intenso cheiro a madeira. Habituados aos supermercados da leitura da era do betão, com as suas estantes pré-fabricadas e o conforto do ar condicionado, somos surpreendidos pela singularidade desta preciosa jóia arquitectónica inaugurada a 13 de Janeiro de 1906, com a presença de várias personalidades da sociedade portuense e do mundo das Letras, como Guerra Junqueiro.
Aqui, tudo é memória de um tempo onde o culto dos livros não era um lugar estranho. Há bancos em madeira revestidos a couro, enormes estantes forradas com muitas preciosidades literárias em várias línguas e até bustos de alguns dos maiores vultos da literatura nacional, como Eça, Camilo ou Antero de Quental. O maior postal ilustrado do espaço é, contudo, a sua bela escadaria circular em madeira, envolta pela luz diáfana que irradia do amplo vitral desenhado no tecto e captada pelas objectivas de visitantes de todo o mundo. Verdadeiro «ex-libris» da cidade do Porto, a livraria mantém-se na mesma família desde que foi inaugurada há mais de um século. Em 1995 foi alvo de obras de restauro entregues ao arquitecto Vasco Morais Soares, que preservou o seu carácter histórico, mantendo a traça original, mas adaptou o espaço interior às necessidades de uma livraria moderna. O resultado merece uma visita demorada.
Maastricht Selexyz Dominicanen
Há quem defenda que a leitura é uma experiência religiosa. Se assim for, não haverá refúgio mais adequado que o verdadeiro tesouro revelado, no final de 2006, em Maastricht, no Sul da Holanda. A Selexyz Dominicanen é muito mais que uma livraria. É um pedacinho de céu construído no interior de uma antiga igreja dominicana adaptada ao novo papel pela dupla de arquitectos holandeses Merkx + Girod.
Construída há cerca de 800 anos, a igreja perdeu a sua função original quando, em 1794, os franceses ocuparam a região e expulsaram os dominicanos. Depois, albergou o arquivo municipal, recebeu exposições, foi cenário de combates de boxe e, antes da requalificação, servia de parque de estacionamento para bicicletas.
O projecto é uma combinação perfeita entre sagrado e profano, literatura e fé. O restauro preservou o aspecto histórico e arquitectónico original mas dotou-o de um design moderno e minimalista. O resultado é, segundo o conceituado diário britânico «The Guardian», «a livraria mais bonita do mundo» (a portuguesa Lello surgiu no terceiro lugar).
Subindo ao segundo piso da estrutura metálica que possibilita o acesso a mais de 40 mil livros, os visitantes podem também admirar mais de perto os bonitos e recuperados frescos do tecto do templo. Entre eles, o mais antigo dos Países Baixos, uma imagem da vida de São Tomás de Aquino, datada de 1337 e descoberta durante as obras de restauro.
No antigo altar, agora convertido em bar, celebram-se hoje outros rituais, como apreciar uma chávena de chá ou de uma das inúmeras variedades de café disponíveis. Há ainda uma fascinante mesa de leitura simbolicamente concebida em forma de cruz, para quem quiser folhear um jornal ou uma revista. Divina, como quase tudo neste lugar.
São Paulo Vila
Num mundo dominado por «megastores», a Livraria da Vila, em São Paulo, é uma das poucas que conserva o aconchego e a diversidade. O projecto arquitectónico das lojas mais recentes, com portas que se transformam em estantes, foi premiado em Londres, este ano, com o Yellow Pencil. O ambiente moderno, onde não pode faltar um café e um auditório para debates, tornou-se padrão do estilo brasileiro de vender livros, CD e DVD. Mais antiga do que a Livraria da Vila, a Livraria Cultura sempre fez parte da vida intelectual da cidade. Era pequena, no início, mas com a Internet e a chegada do modelo FNAC ao Brasil, cresceu para sobreviver e abriu filiais noutros estados.
No Rio de Janeiro, a tradição livreira remonta aos tempos em que a cidade ainda era a capital cultural do Brasil, primazia que hoje é paulistana. Nesse período, a Livraria Argumento surgiu como ponto de encontro no bairro do Leblon. Um dos seus frequentadores mais assíduos, o autor de telenovelas Manoel Carlos, transformou-a em cenário de várias delas: as mais conhecidas são «Por Amor» e «Laços de Família». Mas, para os brasileiros, a simpática casa da Rua Dias Ferreira já era referência muito antes de chegar aos ecrãs da Globo. Na verdade, a Argumento começou em São Paulo, na década de 1970, como um local onde era possível encontrar livros censurados pela ditadura militar. Só depois disso foi para o Rio de Janeiro. Nessa época, Ipanema estava na moda, o poeta Vinicius de Moraes andava pelos bares e as pequenas livrarias promoviam encontros entre a oposição. Foi assim que surgiu a Livraria Muro, que deu origem à actual Livraria da Travessa, a mais famosa nos dias que correm. Charmosa, com um bom catálogo de livros, CD e DVD, a sua loja em Ipanema tem também um restaurante, onde é possível tomar uma caipirinha e almoçar no regresso da praia. Existe coisa melhor?
Buenos Aires Ateneo
Na elegante Avenida Santa Fé, a poucos metros da Callao, uma das esquinas com mais movimento, a principal das sete filiais da Ateneo é como um instante de calma e reflexão no frenesi de Buenos Aires. O «glamour» e o esplendor da Ateneo Grand Splendid fazem desta livraria a maior e mais bonita da América do Sul. Numa recente lista elaborada pelo jornal britânico «The Guardian», ocupa o segundo lugar entre as dez livrarias mais importantes do mundo em beleza arquitectónica. Atrás apenas da Selexyz Dominicanen (Holanda) e à frente da Lello. «Temos o catálogo mais importante da América do Sul, com edições especialmente trazidas para esta livraria. O mesmo ocorre com a música clássica», descreve ao «Expresso» Manuel Cuestas, gerente regional. A Ateneo foi um emblemático cine-teatro, Grand Splendid. Em 1919, o austríaco Max Glücksmann queria construir aqui «uma catedral das artes cénicas». Glücksmann era proprietário da discográfica Nacional-Odeón, selo que lançou Carlos Gardel, entre outros. Hoje, este mesmo palco onde o mito do tango se apresentou várias vezes, foi transformado num charmoso café com piano (Café Impresso), no qual o leitor pode folhear as centenas de livros em exibição. No ano 2000, quando a concorrência com as grandes redes de cinema castigava duramente o Grand Splendid, o grupo ILHSA (proprietário ainda da rede de livrarias Yenny, com 34 filiais) alugou o espaço e investiu 700 mil euros na remodelação do prédio, que manteve intacta a ornamentação, os camarotes, as molduras decorativas, as esculturas e até a cortina de veludo do palco. Desde então, são investidos mais 140 mil euros por ano na preservação do prédio. As poltronas foram substituídas por estantes. A antiga bilheteira é ocupada pelos livros de bolso. Os camarotes são pequenas salas de leitura. Nos três pisos superiores há um hall para apresentações outro para exposições. No total, são 2.000 m2 de harmonia e bom gosto. Em 1927, Glücksmann comprou o prédio da famosa Rua Florida 340, onde, por coincidência do destino, também funciona há mais de 50 anos a primeira filial da Ateneo, cujo padrinho é Jorge Luis Borges, de ascendência portuguesa. Tal como Eduardo e Ricardo Grüneisen, donos da Ateneo e filhos da imigrante Maria Victoria Piano.
LondresDaunt Books
Foi, durante anos, um dos segredos mais bem guardados de Londres. A livraria Daunt Books, na rua principal do bairro de Marylebone, é uma das mais bonitas da cidade, com os seus cadeirões, o vidro pintado e as lindíssimas prateleiras de carvalho iluminadas por uma longa clarabóia central. O edifício, de 1910, foi construído de propósito para albergar um alfarrabista. Na década de 90, o banqueiro James Daunt transformou-o na melhor livraria de viagens da cidade - uma livraria diferente, com uma alma muito especial. A Daunt Books tem uma disposição única, com os tradicionais mapas e guias de viagem de cada país arrumados ao lado das obras mais importantes de literatura, história, arte ou gastronomia desse mesmo país. «As livrarias tradicionais não têm lógica», explica James Daunt. «Um viajante interessado na França do pós-guerra tem de ir à secção de Viagens, depois à de Biografia procurar um livro sobre De Gaulle e talvez à de História. Aqui todos esses livros estão na mesma prateleira», diz. A secção dedicada a Portugal, por exemplo, tem quase seis dezenas de títulos - versões inglesas de Saramago, Pessoa, Camões e Eça, autores como Tabucchi («Afirma Pereira»), Monica Ali («Alentejo Blue») ou Robert Wilson («A Companhia de Estranhos»), ensaios sobre os Descobrimentos, livros sobre vinhos e gastronomia de Portugal ao lado dos clássicos guias turísticos. Numa época em que as grandes capitais europeias foram invadidas pela Amazon e por livreiros multinacionais que constroem enormes supermercados de livros, com cinco ou seis andares, a Daunt Books continua a ser uma das poucas - e boas - livrarias independentes a sobreviver em Londres.
ParisShakespeare
«Havemos de voltar a ver-nos!», exclamou, entusiasmado, o indiano, professor de literatura inglesa no seu país, quando se despedia de Sylvia, a gerente da Shakespeare &Co desde que o pai, o norte-americano George Whitman, lhe cedeu o lugar, aos 90 anos, em 2003. Saiu, olhou em frente, para o rio Sena e, à esquerda, para a Catedral de Notre-Dame e comprovou que estava de facto na zona sul do Quartier Latin, em Paris.
Tinha passado quatro horas - «inesquecíveis», disse - num local mítico da cultura anglo-americana, ponto de encontro de todos os «beatnicks» e surrealistas que passam pela capital francesa, outrora descrito por Henry Miller como sendo «o país encantado dos livros».
Bebera chá no primeiro andar com pessoas de todas as idades e de diversas nacionalidades - «todas cultas e livres!», explicou ao «Expresso» - depois de ter subido a escadaria estreita que arranca, íngreme, do rés-do-chão, onde há livros por todo o lado. Mesmo por todo o lado - até debaixo das mesas, das cadeiras e da escada! «Lá em cima há também de tudo: livros e até camas!», informou. Há de facto camas, onde alguns viajantes podem dormir num ambiente incomparável. As paredes estão repletas de fotos de escritores, de dedicatórias, de notas e de comentários de anónimos de todo o mundo.
O indiano ficou maravilhado com a alegre e suave anarquia da livraria onde os franceses têm de esforçar-se para falar inglês. «Não falamos francês aqui», dizia sempre Whitman, em inglês, aos clientes. Hoje, o «velho», que foi amigo de Hemingway, continua a habitar o lugar, e a regra mantém-se.
Foi igualmente George, contemporâneo de Kerouac e Ginsberg, que impôs o espírito Beat na casa. O indiano disse que, no primeiro andar, lhe perguntaram muito sobre a vida do seu compatriota Rabrindanath Tagore e ouviu um canadiano a ler uns versos de Ginsberg e a dizer que continuava «na estrada». Tudo improvisado, claro, exactamente como este repórter viu há alguns anos, durante uma visita ao local de outro «beatnick», Lawrence Ferlinghetti. Na altura, Ferlinghetti estava acompanhado pelo pintor português André Shan Lima, hoje ainda «on the road», algures na Califórnia. Um outro «beat» português - o poeta e músico Jorge Palma - foi frequentador assíduo da livraria quando viveu a cantar na rua, em Paris.
A Shakespeare & Co mantém a mesma linha antipoder desde 1919, quando foi fundada por Sylvia Beach e foi frequentada por exemplo por James Joyce, entre outros. Beach enfrentou os nazis e fechou a livraria durante a ocupação de Paris. Renasceu alguns anos depois com Whitman e com a liberdade. «Aquilo» não é bem uma livraria... é um sítio único, uma instituição livre como os autores que promove.
DenverTattered Cover
Em qualquer lista que se preze sobre as melhores livrarias independentes dos Estados Unidos, fora das grandes redes, um nome sempre aparecerá no topo: Tattered Cover. Esta charmosa livraria em Denver (Colorado) é uma instituição para bibliófilos exigentes.
Do lado de fora, o caloroso Verão ou os flocos de neve do Inverno de Denver. Do lado de dentro, o famoso ambiente acolhedor que reproduz a sala de estar de uma casa é um tentador convite. Nas temporadas de maior movimento, ainda é possível ver a atender os clientes a proprietária, Joyce Meskis, emblemática na luta pela liberdade de expressão nos Estados Unidos em época de George W. Bush. Tantos prémios quanto a Tattered Cover ganhou como «melhor livraria», ganhou-os Joyce pela sua luta contra a censura. Logo na entrada da livraria um letreiro destaca: «Qualquer forma de censura, quer seja feita por indivíduos, grupos de interesses ou pelo governo, é extremamente prejudicial a cada um dos cidadãos deste país.»
Nesta histórica área conhecida como LoDo (Lower Downtown), onde as casas vitorianas convivem com antigos armazéns restaurados, o grande tesouro de Denver surge como ponto culminante da charmosa e principal 16th Street e a metros da Union Station. Além desta filial onde funciona a administração da livraria, outras duas lojas: uma no histórico Teatro Lowenstein, da Avenida Colfax, e outra na cidade de Highlands Ranch, também no Colorado. Em todas, dimensões semelhantes de espaço que incluem três andares de livros, uma secção infantil, um hall para eventos e um café.
Diariamente, cerca de 1.500 pessoas visitam as três livrarias. A quantidade pode quase duplicar nos feriados. Durante o ano, milhares de pessoas viajam exclusivamente em busca das raridades que só aqui podem encontrar entre os cerca de 400 mil títulos.
Tudo começou em 1971, quando Joyce Meskis abriu uma pequena livraria no bairro de Cherry Creek, em Denver. A loja expandiu-se e mudou de local no próprio bairro até que, em 1994, foi aberta uma pequena livraria no histórico LoDo. Dois anos depois, já ganhara uma importante dimensão. Em 2004 foi inaugurada a Tattered Cover em Highlands Ranch, aberta somente nos feriados. A livraria de Cherry Creek mudou-se para o histórico Teatro Lowenstein em 2006.
Los AngelesSecret Headquarters
A Secret Headquarters, apenas uma sala muito bonita e arrumada meticulosamente que seduz no momento em que abrimos a porta, pode ser encontrada numa das esquinas mais anónimas do Sunset Boulevard, no bairro de Silverlake. Tal como Clark Kent, não parece mas é. Tem ar chique e sossegado, como se fosse uma butique especializada em arte expressionista cheia de catástrofes em estilo «Boom! Kaboom! Swooooosh! e Pow!» Não há garotos com «t-shirts» às riscas escondidos por trás das estantes. Este é um templo sagrado, realmente um quartel-general secreto para quem quiser saber o que se passa na vida dos X-Men, Capitão América e Iron Man. As prateleiras alinham-se com pérolas da arte gráfica generalista ou independente. Apesar do ar diminuto, a casa é capaz de satisfazer quem procura uma saga antiga imaginada por Júlio Verne ou o último sonho sangrento pintado por Mark Ryden. A um canto, uma parede só de super-heróis. Ao lado, estantes organizadas por editora ou escola. DC Comics. Marvel. Manga. E por aí adiante. Um dos superpoderes da Secret Headquarters é o diálogo que mantém com quem trabalha em Hollywood, pátria perene de tudo que é herói com ar meio cómico. Se no ecrã da TV ou do cinema apareceu algo espampanante, o mais certo é que o trabalho de tanta gente criativa também possa ser encontrado aqui. Da série «Heroes», na NBC, aos filmes do Shwarzenegger, há livros que encontramos na Secret Headquarters que vão dando continuidade às sagas mais tórridas. Embora o pequeno estabelecimento esteja vocacionado para o fã da literatura gráfica, o encanto é o da sedução. Aqui, o céu é o limite.
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