sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
É isso aí - Ana Carolina
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
A Conspiração - Vasco Pulido Valente
A conspiração
Vasco Pulido Valente
O problema neste momento é o da eficácia de Sócrates como primeiro-ministro. Uma eficácia que o fracasso do Governo, a crise económica, a fronda de Manuel Alegre e a proximidade de eleições substancialmente diminuíram e que o "caso Freeport" se arrisca a desfazer. Se o resto corresse bem, o "caso Freeport" não iria longe; como o resto corre cada vez pior, serve hoje e continuará a servir de símbolo e pretexto ao descontentamento geral. De certa maneira existe a conspiração de que Sócrates suspeita: a conspiração dos portugueses que o detestam e que descobriram de repente um motivo óbvio para correr com ele. No fundo, os méritos da questão não preocupam ninguém, desde que Sócrates desapareça. E ele começa, de facto, a desaparecer.
Só os ministros do PS se demitem por razões éticas...
Sócrates lembra Guterres e rejeita repetir demissão PS coloca pesos- -pesados no terreno a dois dias do final da campanha eleitoral
A dois dias do fim da campanha, e em feriado republicano, o PS colocou ontem no terreno e em simultâneo diversas figuras de topo da hierarquia partidária, num derradeiro apelo ao voto nos socialistas. José Sócrates foi ao Alentejo, Almeida Santos e Maria de Belém estiveram no Porto e Jorge Coelho andou por Viseu.Em Alter-do-Chão, o primeiro--ministro e secretário-geral do PS esteve numa sessão de apoio ao candidato local e do baú dos discursos retirou diversas referências a António Guterres. O líder socialista que se demitiu precisamente há quatro anos, depois de um resultado autárquico catastrófico. Guterres demitiu-se, lembrou Sócrates (citado pela Lusa), "porque nessa altura o seu Governo estava sem condições políticas e sem maioria absoluta na AR. O resultado dessa eleição acabou por debilitar o Governo". Com esta afirmação, José Sócrates deixou de alguma forma implícito que para o PS, mesmo perante um mau resultado eleitoral no domingo, esse cenário não terá, agora, as consequências que teve na noite de 16 de Dezembro de 2001 - "estas eleições são sobre autarcas, a avaliação do Governo chegará dentro de quatro anos". Uma forma suave de ir preparando o discurso para a noite do dia 9.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Crescimento Economico Mundial (Previsões e Revisões)
À mulher de César ...
A mulher de César e a importância da confiança em política
José Manuel Fernandes
2009-01-29
Todos estes casos podem vir a esfumar-se sem criar danos maiores do que desfocar a atenção do primeiro-ministro naquilo que deve ser a sua prioridade - prioridade que assume -, o combate à crise económica. Ninguém está em condições de o acusar de nada, e por isso goza, enquanto cidadão, da total presunção de inocência.O problema, contudo, é outro, e há muito que é sintetizado no aforismo de que à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria. Nos dias que correm, mais do que ficarmo-nos por uma seriedade então associada à ideia de fidelidade, o que é importante num político é inspirar confiança. Sobretudo nos dias difíceis dos outros, que hoje são quase todos para uma grande parte dos portugueses.Ora a confiança é um bem frágil, algo que decorre da percepção de que quem nos diz para o seguirmos não nos engana porque nunca nos enganou antes no que é realmente substantivo. Falhou uma promessa eleitoral? Para isso todos estão, melhor ou pior, preparados, sobretudo se tiverem a percepção de que quem ocupa o poder está a fazer o melhor que sabe e pode. Usou truques de retórica e manipulou alguns números e estatísticas? Quase se diria que isso faz parte do jogo democrático, pois em condições normais esperar-se-á que a oposição e os diferentes actores da sociedade civil possam contradizê-lo.Muito mais difícil é lidar com problemas que não decorrem apenas dos reveses e dificuldades de um político, mas das dúvidas que rodeiam a actuação do cidadão. Sócrates irá à luta para defender a sua honra e outra coisa não se esperaria. A dúvida é se aquilo que muito dificilmente pode continuar a apresentar como uma manobra dos seus inimigos políticos (por causa do peso que está a assumir a investigação inglesa) lhe permitirá travar essa luta ao mesmo tempo que lidera o país na melhor direcção e consegue que os portugueses confiem suficientemente nele para o reeleger daqui por uns meses.
Mais uma do Pinócrates... Gato escondido com rabo de fora...
PS terá feito alterações "online" em texto sobre relatório dito da OCDE
O Partido Socialista fez algumas alterações, na sua página de Internet, a um texto sobre o dito relatório da OCDE sobre educação, alterando-o para o formato apresentado na passada segunda-feira e no qual é elogiada a “resistência” da ministra da Educação, indica o “Jornal de Notícias”.
De acordo com o JN, no texto original, “ainda disponível no 'site' dos socialistas às 11h24”, o título da notícia era ‘Relatório da OCDE elogia política de Educação do Governo PS’. Às 16h00, já durante o debate quinzenal no Parlamento com a presença do primeiro-ministro, a página do PS mostrava um novo título, "José Sócrates elogia resistência da ministra da Educação".O JN indica ainda que foram também detectadas alterações no corpo do texto, “tendo sido substituída, no segundo parágrafo, a expressão ‘relatório da OCDE sobre política educativa’ por ‘estudo sobre política educativa’.Polémica sobre a autoria do relatórioDurante o debate quinzenal na Assembleia da República, a oposição acusou o Governo de mentir e de querer fazer passar o relatório sobre política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008) como sendo da autoria da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico), quando o documento terá sido “pago e encomendado pelo Governo que segue metodologia utilizada pela OCDE”, segundo o Bloco de Esquerda, que denunciou a manobra no “site” esquerda.net. Esta polémica terá sido primeiramente levantada pelo blogue ProfAvaliação, que escreveu que “o estudo não é da OCDE”. “[O documento] é desenvolvido por um grupo de peritos ‘liderado por Peter Matthews’ e segue os critérios da OCDE. E foi solicitado pelo Ministério da Educação, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de ‘independentes’”, pode ler-se num post.Perante a imprecisão da origem do relatório, o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, acusou o chefe do Governo: "O sr. primeiro-ministro e os assessores do Governo fizeram passar para a imprensa que isto era um relatório da OCDE quando não é. Faltaram à verdade aos portugueses".Rangel acrescentou ainda: "Se esse relatório é tão bom, é tão credível e merece tanta confiança porque teve necessidade de mentir, dizendo que pertence à OCDE, quando não pertence?”.Sócrates reconhece que relatório é da autoria de “peritos independentes"José Sócrates defendeu-se afirmando que o Executivo nunca atribuiu o estudo à OCDE. E citou o prefácio do documento para mostrar que “segue de perto a metodologia e abordagem da OCDE”, reconhecendo que o documento foi feito por “peritos internacionais independentes”.Na resposta a José Sócrates, o PSD não se mostrou satisfeito com as justificações e insistiu que a própria organização já veio desmentir qualquer vínculo com o relatório. Depois, apontou o dedo aos critérios seguidos, considerando insuficiente a consulta de sete autarquias – na sua maioria socialistas – e de dez escolas para apresentar resultados. “Um Governo que monta esta encenação (...) só por razões de propaganda não tem credibilidade nem merece a confiança dos portugueses”, acrescentou Paulo Rangel, que apelidou o documento de “relatório do facilitismo”. O primeiro-ministro reiterou ainda que "o Governo não levou ninguém ao engano" sobre autoria do estudo e atribuiu as críticas ao "desespero do PSD”.O primeiro-ministro insistiu que o problema do PSD é não suportar e estar contra o sucesso do país “por ciúme e inveja”. E acrescentou: “Sempre desconfiei dos fariseus que andam sempre com a verdade na boca e na primeira oportunidade não receiam recorrer à mais vil mentira”.Contactado pela Lusa, o PS afirmou não querer dizer "mais nada" sobre o assunto, acrescentando que "tudo o que tinha de ser esclarecido já foi esclarecido hoje no Parlamento".
Um imenso Freeport - Helena Matos
É preocupante que a legislação ambiental seja usada para protecção de determinados grupos económicos
"Aquelas casas! Que horror!" Assim comentava, nos bastidores de um debate, alguém da área do PS a traça das casas cujos projectos José Sócrates garante ter assinado, embora os respectivos proprietários digam não ser ele o autor dos projectos. O tom desta frase estava algures num lugar indefinível entre o sarcasmo e a complacência. O sarcasmo nascia naturalmente da convicção enraizada no meu interlocutor de que os processos de licenciamento deveriam funcionar como uma espécie de comissão de bom gosto que tornasse pelo menos esteticamente inócuas as casinhas do povo. Afinal não há nada que irrite tanto as elites de cada época quanto a arquitectura popular sua contemporânea. Já a complacência resultava não tanto da atitude do meu interlocutor perante os actos e as opções de José Sócrates, mas sobretudo perante si mesmo.O meu interlocutor era e é o que se pode designar como um socialista histórico. Fazia parte daquele grupo que se fizera adulto nas crises académicas dos anos 60 e 70, reforçara, depois de 74, os seus pergaminhos democráticos combatendo as tentações totalitárias dos comunistas e, durante o cavaquismo, integrara a corte de Soares em Belém. Foram mais de 20 anos a ver-se, ele e todo o seu grupo, como infinitamente cultos e superiores nas mesas espelhadas dos gabinetes. E são eles que agora têm pela frente, como seu líder, um homem que noutro contexto teriam literalmente arrasado. Por elitismo intelectual. Mas não só.O que em Portugal distingue os socialistas das outras famílias políticas não são os seus actos. É sim a complacência perante alguns desses actos. Complacência que por razões históricas era maior no PS que nos outros partidos - no pós 25 de Abril, o PS emerge como partido e líder inevitável num país a precisar de esquecer o passado. Mas histórias recentes elevaram essa complacência para níveis preocupantes. Essas histórias têm nome. Chamam-se Casa Pia e José Sócrates. O PS terá um dia de fazer o balanço destes dois episódios distintos da sua vida, episódios em que aquele partido reagiu de igual modo perante acusações de natureza absolutamente diversa aos seus dirigentes: nos dois casos, importantes dirigentes socialistas alegaram que foram vítimas de cabalas.Que o maior partido português, o PS, defenda que em Portugal - o mesmo país que o PS tem governado várias vezes - investigadores policiais devidamente articulados com a comunicação social e instituições da República conspiram contra os seus líderes é um caso que nos devia fazer reflectir. Porque sendo isso verdade é gravíssimo. E não o sendo também é. Porque um partido democrático, com responsabilidades de governo, não pode levantar levianamente suspeitas que descredibilizam as instituições. Esta atitude dúbia do PS, que num dia se diz vítima de cabalas e no outro quer encerrar rapidamente o assunto, conduziu os portugueses, socialistas ou não, a um pântano, no sentido guterriano do termo, mas com a assinalável diferença em relação ao autor do termo que aos restantes portugueses ninguém os convida ou coloca em cargos internacionais. Logo só podemos ficar aqui encalhados e a considerar normal hoje aquilo que na véspera designávamos como crime. E sabendo antecipadamente que amanhã flexibilizaremos ainda um pouco mais a nossa escala de valores.Mas se do processo da Casa Pia, até pela natureza dos factos, nos resta sobretudo esperar que o tempo, ainda mais do que a justiça, traga a distância que torna mais nítidas as motivações humanas, sobretudo as menos confessáveis, já quanto às suspeitas que envolvem José Sócrates é possível e desejável que se discutam algumas coisas. Até porque José Sócrates tem razão num ponto: no caso Freeport tal como nas casinhas da Guarda estamos provavelmente perante situações legais, ou, mais propriamente, situações cuja ilegalidade não se consegue provar. E se tudo isto poderia ter acontecido com outro primeiro-ministro socialista ou não (sendo certo que se não fosse socialista a onda de indignação teria neste momento proporções bíblicas), a verdade é que casos como o Freeport tenderão a banalizar-se, porque a concepção de José Sócrates do seu Governo como uma equipa negocial de luxo a isso nos levará, sem apelo nem agravo, sobretudo quando os negócios falharem.José Sócrates entende o aparelho de Estado como uma imensa empresa. A empresa-Estado escolhe, como no caso do Magalhães, os seus parceiros de negócios e cria legislação especial para que esses parceiros não sejam tolhidos nos seus projectos pelos mesmos entraves que se colocam ao cidadão comum. Como bem frisou Pedro Almeida Vieira no blogue estragodanacao.blogspot, hoje o processo de licenciamento do Freeport já nem se colocaria nos mesmos moldes, porque seria projecto PIN, ou seja, teria uma espécie de via verde no labirinto da burocracia e da legislação onde se desgastam todos os outros.O que os promotores do Freeport conseguiram foi logo à partida aquilo que cada um de nós teria o direito de esperar em igual circunstância: que a decisão fosse rápida. A mim não me choca a celeridade do processo. O que me choca é a lentidão com que são tratados os outros. Muito provavelmente o Freeport nem representa uma degradação ambiental em relação à situação anterior. O que é preocupante é vermos a legislação ambiental transformada num regresso ao condicionamento industrial do salazarismo com a consequente protecção de determinados grupos económicos. Muitos dos terrenos ambientalmente protegidos funcionam como um território em pousio donde o poder político faz desafectações quando entende e a favor de quem entende, baseando-se em critérios que valem tanto quanto o seu contrário.Em todas as possibilidades de escolha, da banca às escolas, da administração interna aos bolos que comemos na praia, o Governo de Sócrates tirou sempre poder aos cidadãos e reforçou a intervenção do Estado. E esse Estado que não cumpre as suas funções inalienáveis como desgraçadamente se vê na justiça ou na incapacidade de fiscalização do Banco de Portugal, reforça-se pela mão de José Sócrates como a grande empresa nacional. José Sócrates não vê problema algum no caso Freeport. Nem pode ver. O poder para ele é isso: gerir uma equipa negocial de luxo. (helenafmatos@hotmail.com) a Geminação. Desde que Lisboa manifestou o propósito de se geminar com Gaza que descobri o fabuloso mundo da geminação. Neste domínio as nossas autarquias parecem afectadas por uma síndroma de gravidez múltipla: tudo se gemina com tudo. Quiçá como resultado de tanta cidade gémea, a verdade é que não se percebe o que de substantivo resulta de tanta geminação. Algumas cidades invocam a participação em provas desportivas comuns, festivais de poesia e o reforço de laços com emigrantes portugueses. Enfim, nada que não pudesse existir sem a referida geminação. Donde (e à parte o custear das viagens do costume) não me parecer termos algo a recear com esta geminação entre Lisboa e Gaza. Espero até que José Sá Fernandes integre a comitiva que irá a Gaza por causa da geminação e se informe sobre os túneis que ligam Gaza ao Egipto e de caminho esclareça os portugueses sobre as razões que levam a que o Egipto não deixe passar pelas fronteiras terrestres tudo aquilo que os nossos gémeos de Gaza fazem circular nesses túneis. O que já desisti é de esperar que os partidos democráticos deixem de andar a reboque do BE e do PCP nesta matéria.O estudo estrangeiro que diz bem do nosso Governo. É um clássico. A Pátria tem esta fraqueza: tudo que de bom ou mau de nós se diga para lá de Olivença tem uma enorme repercussão nas nossas lusas meninges. Quem nos governa sabe disso, daí que governos sucessivos, ao longo do século XX, tenham pago a jornalistas e a uns denominados intelectuais para escreverem sobre o caso português. Agora chegou a vez dos técnicos de organizações internacionais se prestarem a esta função.Como tenho levado boa parte dos últimos anos a investigar a propaganda encomendada por vários governos de Portugal posso dizer que já se fez melhor e, apesar de tudo, às vezes menos obviamente servil. O que se mantém inalterável é a disponibilidade da imprensa portuguesa para publicar todas essas declarações como reputadas opiniões de observadores independentes. E estrangeiros, pormenor não de somenos em matéria de propaganda.
A Description of the Morning - Jonathan Swift
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Morning Song - Jewel
Quarenta milhões podem perder o emprego em 2009..
Quarenta milhões podem perder emprego este ano no mundo
João Manuel Rocha
Quarenta milhões de pessoas podem engrossar este ano o número de desempregados no mundo, se a situação económica se continuar a deteriorar, prevê a Organização Internacional do Trabalho (OIT), num relatório hoje divulgado.
No quadro mais grave, o número de desempregados subiria para 230 milhões, mais 40 milhões do que os 190 milhões das estimativas existentes para 2008, refere o relatório anual da organização sobre tendências do mercado de trabalho. Só nas economias mais desenvolvidas e países da União Europeia, o número de desempregados poderia, no cenário mais negro, aumentar oito milhões – dos 32 milhões estimados para 2008 para 40 milhões. O agravamento da situação económica empurraria também 200 milhões de trabalhadores, principalmente das economias em desenvolvimento, para situações de pobreza extrema. O relatório da OIT, uma organização tripartida em que têm assento governos, organizações patronais e laborais, traça três cenários. O mais optimista, baseado nas projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) de Novembro de 2008, aponta para uma taxa global de desemprego de 6,1 por cento, contra seis em 2008 e 5,7 em 2007, o que implicaria um aumento de oito milhões de desempregados. Com uma degradação maior do que o previsto em Novembro, a taxa de desemprego subiria para 6,5 por cento, correspondendo a um aumento de 20 milhões de desempregados quando comparado com as estimativas de 2008. No pior cenário, tendo em conta os dados actualmente disponíveis, o desemprego global poderia subir para 7,1 por cento, com um aumento do número de desempregados em mais de 40 milhões de pessoas. Os dados da OIT tomam como base a existência de 179 milhões de desempregados em 2007 e estimativas de 190 milhões em 2008. “A mensagem da OIT é realista, não alarmista. Estamos numa crise global de emprego. Muitos governos estão conscientes e a actuar, mas é necessária uma mais decisiva e coordenada acção internacional para impedir uma recessão social global”, disse o director-geral da OIT, Juan Somavia. A procura de respostas para a crise, na perspectiva do mundo do trabalho, estará em discussão na 8ª Reunião Regional Europeia da OIT, marcada para os dias 10 a 13 de Fevereiro em Lisboa, um encontro em que está prevista a participação de cerca de 500 especialistas indicados pelos governos e parceiros sociais dos 51 estados membros da OIT Europa.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O nosso triste e desgraçado Pais
Enfim, ninguém os pode levar a mal, mas não poderemos ser mais sérios quando elaboramos a grelha de programas.
72 mil novos desempregados só ontem ...
Ana Rita Faria
A Caterpillar e a Pfizer lideraram ontem a vaga de demissões, dando sinais evidentes da crise profunda que domina a economia mundial
Não houve nenhum crash da bolsa, não estamos em 1929 e nem sequer foi uma quinta-feira, mas o dia de ontem bem poderia ficar conhecido como a segunda-feira negra. Em menos de 12 horas, sete empresas anunciaram cerca de 72.500 despedimentos na Europa e nos Estados Unidos, agudizando o panorama de crise económica mundial.
Num único dia apenas, a onda de despedimentos atingiu cerca de 15 por cento do número de empregos que se perderam nos EUA em todo o mês passado (cerca de meio milhão). Sinal de que o desemprego não vai parar de acelerar e que a crise atingiu em força as empresas, inclusive as maiores do mundo.
A Caterpillar, construtora norte-americana de bulldozers e escavadores, liderou a vaga de despedimentos, anunciando o corte de 20 mil postos de trabalho, depois de ter apresentado receitas mais baixas nos últimos três meses de 2008 e de temer ainda maior pressão sobre os lucros deste ano. Logo a seguir ficou a farmacêutica Pfizer (ver texto ao lado) que, ao comprar a concorrente Wyeth, deixou para trás um rasto de custos humanos: 19 mil trabalhadores das duas empresas vão perder os empregos.
Ao Financial Times Raymond Torres, director do instituto de pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), garantiu que as empresas estão a despedir os trabalhadores mais rapidamente agora do que na recessão dos anos 90. "Entrámos num círculo vicioso de depressão, em que os despedimentos levam à queda do consumo, o que enfraquece a confiança do sector industrial, o que, por sua vez, leva a investimentos menores, resultando em mais perdas de empregos", sublinha.
Entre as empresas norte-americanas que ontem anunciaram despedimentos esteve também a Spring Nextel, terceira maior operadora móvel dos Estados Unidos, que vai cortar oito mil postos de trabalho, ou seja, 14 por cento da sua força laboral. Já o grupo de bricolage Home Depot decidiu suprimir sete mil empregos, no âmbito do encerramento das suas lojas Expo e da reestruturação do departamento de logística.
O último anúncio de despedimento nos Estados Unidos surgiu ontem já ao final da tarde, pela mão da General Motors. A maior fabricante automóvel do país revelou que vai despedir dois mil trabalhadores no território norte-americano, em mais uma das suas sucessivas tentativas desesperadas de cortar custos para sobreviver à queda da procura. A decisão teve eco na Europa, com a Fiat a avisar que os 60 mil empregos da indústria automóvel italiana estão em risco, se o sector não tiver ajuda do Governo.
Portugal não escapou
Na Europa, a onda de despedimentos rebentou com o grupo financeiro e segurador holandês ING a anunciar a demissão de sete mil dos seus 130 mil trabalhadores. A instituição, que continua a sofrer os efeitos do colapso do crédito de alto risco (subprime) nos Estados Unidos, fechou o ano passado com prejuízos de mil milhões de euros. Uma perda que custou ontem mais uma cabeça: a do presidente do ING, Michel Tilmant.
O susto com os prejuízos de 186 milhões de euros em 2008 levou também a Philips a suprimir seis mil empregos. A decisão do fabricante de electrónica holandês atingiu Portugal, visto que envolve o encerramento da sua unidade de controlos remotos, em Ovar, que emprega 70 pessoas.
Também o Reino Unido não ficou ontem imune aos despedimentos, com a Corus, o segundo maior fabricante de aço da Europa, a anunciar 3500 cortes de postos de trabalho. As encomendas da empresa detida pela indiana Tata caíram já mais de um terço devido à queda da procura de aço. As demissões ontem anunciadas pela Corus vão atingir sobretudo o Reino Unido, onde a empresa emprega 20 mil dos seus 41 mil funcionários.
Embora os números variem, os motivos por detrás da onda de despedimentos de ontem assemelham-se. À debilidade dos mercados internos soma-se o enfraquecimento das exportações, como resultado de um clima de recessão cada vez mais global. Além disso, o deteriorar do clima económico traduziu-se já para muitas empresas em resultados desanimadores nos últimos meses de 2008 e em previsões bastante tímidas ou até negativas para este ano.
A perder ficam outros resultados, os da taxa de desemprego, que tem disparado nos últimos meses. No EUA, o número de pessoas sem emprego atingiu em Dezembro os 7,2 por cento da população activa, ao passo que na Alemanha chega aos 7,6. No Reino Unido há já quase dois milhões de desempregados e, em Espanha, são mais de três milhões. A ver pelo dia de ontem, os números não vão parar de aumentar tão cedo.
20 mil foi o número recorde de despedimentos ontem, anunciados pela Caterpillar, devido à quebra nas receitas.
A Banda - Chico Buarque
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Índice do situacionismo - Os 10 sinais
Ultrapassar barreiras...
'Todas as barreiras só existem para serem ultrapassadas'
- Na escola, respeitem ou não os professores não são castigados;
- Na mesma escola, sejam ou não dotados intelectualmente passam administrativamente de ano sempre;
- Em casa, não são responsabilizados por nada (arrumar a casa, cozinhar, ajudar a fazer as compras de supermercado, tá quieto ó tio!!!);
- Com os amigos são aquelas conversas tão insipídas que não interessam a ninguém;
Se repararmos a eles não são colocadas barreiras para ultrapassarem, e quando se lhes colocam não estão preparados porque não foram preparados para tal, e de quem é a culpa de tal desleixo???
Resposta: DOS PAIS,DOS PAIS, DOS PAIS!!!!
Os pais admiram-se dos filhos não conseguirem um emprego, a resposta é simples na vida real para se conseguir um trabalho temos todos os dias que ultrapassar barreiras, trabalhar para estarmos entre os melhores (que não quer dizer, renegar aos princípios segundo os quais fomos educados), e eu fico com uma certa mágoa por estes adolescentes, porque eles nunca pediram para serem super-protegidos pelos pais.
Sou pai de três raparigas, mas nós (eu e a minha mulher) responsabilizamos as nossas filhas para terem certo tipo de atitude perante a vida, temos empregada (mas não uma escrava), e portanto, lá em casa todos tem de colaborar e é curioso ver que as mais velhas (5 e 3 anos) já tem um sentido de responsabilidade apreciável para a idade.
Assim, paizinhos se querem realmente bem aos vossos filhos coloquem-lhes barreiras para que eles sejam pessoas felizes no futuro
Leitura de uma moção - Manuel Alegre
Manuel Alegre cada vez mais longe do P.S. ...
Leitura de uma moção
Não, não fui “seduzido” pela moção de José Sócrates.
Está quase exclusivamente centrada no Governo. Chega a parecer que o destinatário é o Conselho de Ministros, mais do que um congresso do PS. Diagnóstico pobre. Ignora a descrença e insegurança de grande parte do eleitorado, incluindo o socialista. Tudo é visto pelos olhos do Governo. Pouco se fala do PS, quase nada do papel da sociedade e dos cidadãos.
Não há uma análise da importância da cultura, da língua e da história para um novo modelo de desenvolvimento de Portugal. As questões geo-estratégicas também são omissas. Não se fala de paz nem de guerra, nem das desigualdades no mundo.
A moção abre com uma introdução ideológica sobre o socialismo democrático, reproduzindo muito do que tem sido dito por mim desde as moções que apresentei em 1999 e 2004. Mas nesta moção tudo é dito de uma forma mais atenuada. Embora se reconheça que a crise financeira está
a dar lugar a uma gravíssima crise económica e social, não fica claro que é necessário a própria esquerda mudar de atitude e deixar de fazer cedências ao “pensamento único”. Não se fala da necessidade de alterar as Grandes Orientações da Política Económica europeia e de garantir a manutenção e reforço dos serviços públicos. E não fica claro o essencial: a questão não é apenas financeira e económica, é do próprio modelo de desenvolvimento e da concepção do papel do Estado e da sociedade.
Refere-se que o Estado deve ser “uma instituição estratégica para a garantia do interesse comum” e que tem um “papel estratégico”, com “capacidade reguladora, mas adversário do proteccionismo e do colectivismo”, o que repesca, ainda que de forma redutora, a ideia do Estado estratego da moção que apresentei em 2004. Não se assume com clareza o papel interventor (e não apenas regulador) do Estado. O que se propõe nesta parte da moção, de concreto,
reduz-se ao reforço dos mecanismos de regulação dos mercados financeiros, incluindo a necessidade de intervenção da Europa contra os off-shores.
Na parte da moção intitulada “A acção do PS”, fala-se sobretudo da acção do Governo. E transmite-se a ideia de um partido contente consigo mesmo. Enunciam-se as reformas realizadas. Se algumas delas correspondem de facto a um avanço na sociedade portuguesa (IVG, lei do divórcio, lei da paridade), outras, em meu entender, representam um retrocesso (caso do código laboral) e desencadearam grandes reacções do eleitorado, incluindo o socialista (caso da avaliação dos professores). Outras estão longe de estar completas (caso da administração pública ou da justiça).
Não há uma análise aprofundada dos resultados. Mas sobretudo omite-se a necessidade de fazer as reformas com os próprios interessados.
Pese embora as medidas tomadas na agenda social, Portugal continua a ser na Europa o país com mais desigualdades.
A moção reconhece finalmente que a recessão se instalou. Para sair da crise apontam-se quatro prioridades:
estabilizar o sistema financeiro (20 milhões de euros para garantir o crédito interbancário, mais 4 mil milhões de euros para intervir em bancos como o BPN e o BPP);
apoiar as empresas e o emprego (descida do IVA e, nalguns casos, do IRC; apoio ao sector automóvel, à Quimonda e às Minas de Aljustrel; e mais estágios para desempregados e sua inclusão em ONG); reforçar o investimento público (escolas, saúde, energia, banda larga, exportações e agricultura, para além das grandes obras públicas rodoviárias,
ferroviárias e aeroportuárias); apoio às famílias e protecção social (salário mínimo, aumento dos funcionários públicos, aumento das prestações sociais).
As medidas enunciadas estão correctas, mas não chegam.
Há um desequilíbrio entre os montantes canalizados para salvar a banca e o restante. E, sobretudo, se não se intervier na mudança do sistema, as mesmas causas vão produzir os mesmos efeitos.
Há duas questões essenciais: mudar ou salvar o sistema; saber de que lado se está nos conflitos sociais. As respostas contidas nas “Orientações programáticas” da moção ficam aquém do que seria necessário para uma posição clarificadora. Expurgadas das tensões sociais e culturais que hoje atravessam a sociedade portuguesa, algumas medidas parecem quase “assépticas”, como se o Governo as pudesse garantir sem uma base social de apoio forte.
Afirma-se como primeira prioridade o emprego, o que está certo. Referem-se medidas para a reanimação e modernização tecnológica da economia, o que também está certo. Falta, no entanto, definir uma nova estratégia de desenvolvimento e de inovação social. Reafirmam-se as opções conhecidas em termos de obras públicas.
Sobre o tema da “Igualdade”, defende-se, bem, que ela exige crescimento económico e políticas sociais redistributivas, mas não há uma palavra sobre “flexi-segurança”.
Na educação propõem-se 12 anos de escolaridade obrigatória, tal como defendia a moção que subscrevi em 2004. Inclui-se a justiça fiscal, insistindo numa maior progressividade e numa melhor distribuição do esforço fiscal, talvez a medida mais avançada da moção. Propõe-se a garantia dos direitos sociais básicos, em especial na saúde e nos serviços de proximidade. Defende-se o “sindicalismo democrático” e o diálogo, o que nem sempre
aconteceu no passado recente.
Para a reforma da democracia, propõe-se a revisão do sistema eleitoral para as autarquias e a reabertura do tema “regionalização”. Não há uma palavra sobre democracia participativa nem sobre candidaturas independentes ao Parlamento, o que seria, em meu entender, a grande reforma a fazer. Defende-se, e eu concordo, a igualdade de género, o combate à violência doméstica e o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, bem como os direitos dos imigrantes.
Quanto ao futuro do PS, nada de novo. Nada se diz sobre a anomia do partido e a sua quase total governamentalização.
Não há nenhuma referência a correntes de opinião como por exemplo a Corrente de Opinião Socialista. A abertura do partido restringe-se às “Novas Fronteiras”, o que é mais do mesmo.
Falta na moção uma reflexão sobre o papel do Partido Socialista e a necessidade da sua autonomia, da sua renovação e da sua abertura à sociedade e à vida. Falta uma ruptura com a cultura do poder pelo poder, que leva ao afunilamento do Partido Socialista e à ausência de debate.
Falta compreender que este é um tempo de construir soluções alternativas novas, dentro e fora do PS. Falta sobretudo uma nova visão da política, de Portugal e do mundo.
Militante do PS. Ex-candidato à Presidência da República
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
O Ministro "Controleiro"...
O Ministro "Controleiro" foi hoje ao Parlamento para controlar o voto do deputados socialistas na votação da proposta do CDS-PP sobre a Educação. Depois foi fazer queixinhas ao Pinócrates que se mostrou muito indignado com a proposta do PP. Tenho um desejo que vou formular perante vós:
Gostaria que nas legislativas deste ano o PS (e esta cambada que está no Governo) saíssem do "poleiro" com a mesma velocidade a que desliza o TGV sobre os carris, aí sim, apoiaria o TGV.
Post Scriptum - Não sou professor, e votei no PS nas últimas legislativas (por manifesta falta de opção)
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Crónica de Santana Castilho no Público (Uma rotina insustentável)
Santana Castilho
2. A dialéctica dos presidentes dos conselhos executivos que se reuniram em Santarém é, neste quadro e no mínimo, curiosa. Disseram eles que a solução do problema (suspensão do modelo de avaliação do desempenho) estava agora na mão dos professores, que não deveriam entregar os objectivos individuais. Eles, presidentes, estavam por lei obrigados a afixar prazos para essa entrega e tinham de os cumprir. Não consigo perceber esta lógica. Então uns, os índios, devem desafiar os normativos e arriscar-se a não os cumprir. E outros, os chefes, nem sequer equacionam dizer "não" ao feiticeiro? E tendo admitido a hipótese de se demitirem em bloco, logo concluíram que não senhor, que isso seria servir o poder? Prefiro chefes que dêem o exemplo. E penso que a demissão dos cargos de execução de políticas com que não se concorda é um belo exemplo de várias iniciativas verticais, que já teriam conduzido muitos à horizontalidade dos defuntos.
3. Li as proclamações do primeiro subscritor da Moção Política de Orientação Nacional ao XVI Congresso do Partido Socialista. No que toca à Educação é um exercício de puro estardalhaço sobre o que tem conduzido as escolas ao caos e deixa sem tocar o que produz resultados: mais conhecimento à saída do sistema. Sendo aquilo, obviamente, o embrião do próximo programa eleitoral, dei por mim a pensar em cinco medidas que fariam a diferença, a saber: uma intervenção radical em matéria de planos de estudo e correspondentes programas, redesenhando tudo o que hoje é um vazadouro de modas pedagógicas sem nexo e de problemas sociais que não pertencem às escolas; uma intervenção de verdadeira ruptura com o modelo de formação de professores, cuja exigência é inaceitavelmente pobre no plano científico, cultural e didáctico; uma intervenção de corte com a tradicional estrutura orgânica da Educação, dando verdadeira autonomia às escolas, trazendo para a sua gestão os melhores e reservando estritamente para o Ministério da Educação a estratégia nacional, a supervisão e o controlo da qualidade; uma intervenção criando um serviço nacional de testes e registos educacionais, que sustentasse racionalmente as tomadas de decisão e subtraísse o futuro dos estudantes ao simples capricho, não fundamentado, dos políticos; uma ruptura total com o paradigma lúdico da escola e consequentes intervenções: devolução da autoridade aos professores, redesenho dos estatutos dos alunos e dos docentes e redefinição dos conceitos de escola inclusiva e a tempo inteiro. Professor do ensino superior
Yes, we can ...
Se os americanos conseguiram ver-se livres do Bush, porque razão não nos conseguiremos ver livres do "pseudo" socialista!!! Sim, nós conseguiremos!!!
O Pinocrates tem um problema com os números...
Ele são os números do desemprego, do crescimento económico, dos professores que participam em greves!!!
Enfim, este homem não existe, ou melhor, existe e já lançou mais algumas cenouras para os tontos que nele votem (outra vez), a saber:
1 - Casamento entre homossexuais
2 - Baixa de impostos na classe média (só uma perguntinha de algibeira, ela ainda existe???)
Só mesmo os papalvos caiem outra vez na conversa deste "menino" Pinocrates.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
O primeiro dia do resto das nossas vidas...
Como na canção do Sérgio Godinho, este é o primeiro dia do resto da vida deste senhor e esperamos das nossas vidas!
Sorte é o que lhe desejo!!!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Educação - Greve dos Professores
19.01.2009 - Bárbara Wong
É por causa dos seus livros que Alice Vieira é convidada para ir às escolas. Há 30 anos, falava de “Rosa, minha irmã Rosa” aos alunos dos 3.º e 4.º anos, hoje fala sobre o mesmo livro aos estudantes dos 7.º e 8.º. “Alguma coisa está mal”A escritora Alice Vieira começa por dizer que de educação percebe pouco. “Nunca fui professora na minha vida!”, justifica. Mas há três décadas que anda pelas escolas e observa o que se passa no mundo da educação. O retrato que faz, reconhece ser “assustador”: professores com fraca formação, alunos que não compreendem o que aprendem. Defende mais disciplina e mais autoridade para a escola. Quanto à luta dos docentes confessa, bem disposta: “Saúde e Educação seriam os ministérios que nunca aceitaria!”. Teme que se a contestação continuar o ano lectivo possa estar perdido.Esta é a segunda greve de professores, este ano lectivo.
“Tem de haver regras em casa, como na escola” Para a escritora Alice Vieira, os pais antes de se envolverem na vida da escola, devem assumir o seu papel como primeiros educadores.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Neil Young - Philadelphia
Uma das canções/músicas da minha vida...
Actividades Extra-Curriculares
- Ballet (especialmente para as meninas)
- Música (mais liberal, para o menino e para a menina)
- Natação (primeiro para apreender, depois para aperfeiçoar)
- Inglês (porque o que aprendem na escola é demasiado básico)
- Informática (idem, idem, aspas,aspas)
- Ténis (que só serve para dar "jeitos" nas costas, eu sei do que falo)
- Equitação (adoro, mas as minhas filhas só muito hipotéticamente terão um cavalo)
- Etc,Etc...
Nestas actividades todas em nenhuma encontro a palavra brincar, e muito menos a de que os pais deveriam passar mais tempo com os filhos, ajudando-os nos trabalhos de casa, responsabilizando-os pela feitura dos mesmos (como os meus pais faziam, e não delegando a tarefa a um professor que os acompanha no "Estudo Acompanhado"). Lembro-me de quando frequentava o ensino primário (básico, nestes dias) num colégio privado, saía às 16.30, chegava à casa da minha avó (que era minha vizinha) por volta das 16.45, começava a fazer os "deveres" que concluia pelas 17.45, e ia brincar com o meu melhor amigo de infância até, mais ao menos, às 18.55 (hora mágica, porque os meus pais saíam do trabalho às 19 horas) e às 19.45 depois do banho tomado e já jantado o meu pai revia os trabalhos comigo o que durava cerca de 15 minutos e depois disfrutavamos da companhia uns dos outros até às 21 horas (hora em que ia para o quarto com o meu irmão para dormirmos). Actividades extra-curriculares: tinha uma as Artes Plásticas no FAOJ (e eram duas vezes por semana), tive uma breve passagem pelo Conservatório (mas sem grande sucesso), as minhas actividades eram mesmo fazer o "tpc", e brincar e assim cresci como homem com valores e princípios e muito feliz. Espero que as minhas filhas tenham uma infância tão feliz como eu tive,se assim for já me posso considerar um sucesso enquanto pai....
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
THAT I WOULD BE GOOD -Alanis Morissette
Uma das grandes canções/músicas da minha vida pela sua letra, ajuda a qualquer pessoa sair do fundo, ou melhor, a não cair nele e a acreditar em si mesmo.
O café S.Gonçalo
O café S.Gonçalo era o café onde íamos tomar a bica, como terra pequena que é Amarante o empregado à simples aproximação dos clientes habituais já fazia o pedido. Tantas vezes me lembro de vir ainda à porta do Mosteiro de S.Gonçalo e ouvir: "Saí uma bica" e já sabia no intimo que essa bica era para mim, depois entrava no S.Gonçalo sentava-me ao balcão e já tinha a bica à minha frente, e se não quisesse a bica não havia problema que tiravam o que quisesse.
Neve em Amarante
Vivi dois anos da minha vida em Amarante com a minha cara-metade, foram dois anos muito bom, em que criamos laços muito fortes e que nos irão unir para o resto da vida (até que a morte nos separe, n´est pas?). Em Amarante, porque não tínhamos filhos tínhamos o hábito de fazer tudo o que nos passava pela cabeça: despachar até às 23 h, jantar muito fora de horas, ir ao Porto ao cinema, bailado ou às compras como quem ia ao andar de cima da casa onde morávamos. Desta foto que "tirei" da net que retrata o último nevão em Amarante consigo reconhecer a Torre do Mosteiro de São Gonçalo (onde íamos à missa (depois passamos a ir ao Porto porque o padre à data em Amarante roçava o imbecil)), reconheço ainda o consultório do Dr.Rodrigues (dentista), a Pastelaria Lailai, e os outros restaurantes à beira rio Tâmega, a famosa ponte de S. Gonçalo, o recuperado Hotel de Charme "Casa da Calçada", enfim, memórias que não se apagam e que nos deixam com uma vontade imensa de 9 anos depois regressar a Amarante.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A sorte e o azar do CR7
Hoje de manhã num dos túneis rodoviários da cidade de Manchester o auto intitulado "melhor jogador de futebol do mundo" estoirou um dos brinquedos que tinha na garagem. Dizem que ia a caminho do treino do MU, se calhar, já um pouco atrasado. Ainda não se sabe as causas do acidente, mas julgo que está bom de ver (excesso de velocidade). Sorte teve o referido "melhor jogador de futebol do mundo", pois não sofreu qualquer ferimento, teve azar porque a ver pelo estado do seu Ferrari o mesmo não presta para mais nada, isto é, aproveitam-se peças. Interrogo-me será que esta alma saberá no futuro administrar a sua fortuna (ontem mesmo calculada em 20 milhões de euros).
O lado obscuro da guerra
Ontem vi uma senhora do exército israelita justificar o barbaro ataque a uma escola da ONU em Gaza, que conduziu à morte de 43 pessoas, entre elas 30 crianças, e a senhora dizia que a referida escola escondia militantes do Hamas. Nesta foto conseguimos ver como estes "bravos" combatentes do Hamas estão a fazer frente a Israel, com um pau de giz, minhas senhoraas e meus senhores, este é o verdadeiro rocket que se utiliza nas escolas palestinianas. Dá que pensar não dá!
Um civil é um civil é ... quem?
A hora Euribor
Xutos e Pontapés ... Torres da Cinciberlândia (Albúm 88)
O concerto que os Xutos deram na minha "terra" foi o primeiro que fui, tinha 16/17 anos e, curiosamente, o mesmo decorreu na escola onde tinha completado o ciclo (5º e 6º ano)! Foi memorável, o "evento" decorreu numa tarde de sábado sombria, mas para nós (eu e o meu rol de amigos) foi um dos dias mais luminosos da nossa, até então, curta existência. Foi lindo, muito bom mesmo, valeu os 500 paus que pagamos!
Durante anos tive religiosamente guardado um autografo que me havia sido dado pelo Tim, mas após 21 anos e muitas mudanças não sei onde pára tal preciosidade! Memórias de quem está à beira dos 40 anos, mas que, por vezes, ainda pensa e sente como um qualquer "teenager" dos anos 80!
Bom dia!