segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Índice do situacionismo - Os 10 sinais

Não resisti em copiar este índice que subscrevo na integra do blog Abrupto...
Decálogo do situacionismo dos dias de hoje:
1) o governo do PS não é o ideal mas tem-se mostrado capaz de defrontar os problemas;
2) o Primeiro-ministro Sócrates é um "homem determinado", "faz coisas" e tem uma grande capacidade "comunicativa";
3) a crise que hoje conhecemos vem de fora (dos EUA, e dos "neo-liberais") e todos os nossos problemas actuais se lhe devem;
4) se não houvesse crise, o país estaria a progredir "com o rumo certo" dado pelo governo;
5) para combater a crise precisamos de um novo governo de maioria absoluta do PS, se não é o "caos";
6) Manuel Alegre é uma "referência ética", a "consciência do PS", etc., até ao momento em que começa a falar de um novo partido, passando então a ser um "vaidoso" e um "irresponsável";
7) não existe oposição credível ao PS nem à esquerda, nem à direita e muito menos no PSD;
8) Manuela Ferreira Leite é atacada ad hominem na sua "credibilidade", as suas opiniões são gaffes, e mostra-se desadequada para todas as funções, de líder do PSD a Primeiro-ministro;
9) Passos Coelho promove-se activamente como a alternativa "séria" a Manuela Ferreira Leite, Menezes utiliza-se para os soundbites;
10) a comunicação social cumpre a sua função com independência (a começar pela do estado) e é mesmo muito "crítica" do governo.
Onde estiverem estes sinais, a solo ou em compósito, encontramos as grandes linhas estratégicas que qualquer dos imensos gabinetes ministeriais, assessores de imprensa, agências de comunicação trabalhando para o governo, pretendem disseminar como "mensagem". Este cluster, como agora se diz, é o cerne da propaganda governativa e a sua repetição acrítica gera o imenso situacionismo em que vivemos.

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