segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O que diz o inquérito que deu Sarah Palin como culpada?

Esta Srª Palin é do melhor...
Quais foram as conclusões do relatório?

O relatório concluiu que os esforços de Sarah Palin e do marido, Todd Palin, para que o ex-cunhado Mike Wooten fosse despedido da polícia estadual violaram as normas éticas do Alasca (a Alaska Executive Branch Ethics Act), segundo as quais os responsáveis estão impedidos de tomar medidas oficiais que estejam directamente relacionadas com os seus interesses pessoais. É dito no relatório que a pressão para que Wooten fosse despedido não foi a única razão para que o comissário para a segurança pública do Alasca, Walter Monegan, viesse também a ser despedido, mas diz que foi “um factor que contribuiu”. Monegan tinha-se recusado a despedir o ex-cunhado de Palin, e agora o relatório acusa a candidata à vice-presidência de “gerar uma pressão inaceitável contra diversos subordinados com um objectivo pessoal: o despedimento do agente de polícia Michael Wooten”.

Como começou o processo?

Começou a 11 Julho, quando o comissário para a segurança pública do Alasca, Walter Monegan, foi despedido e veio dizer em declarações ao Anchorage Daily News que perdera o emprego porque não tinha cedido a pressões para despedir o agente da polícia Michael Wooten. Disse ainda que vários conselheiros de Palin o tinham pressionado para tomar essa decisão.

Quem ordenou o inquérito?

A 28 de Julho, o Conselho Legislativo, um organismo bipartidário do Alasca, aprovou a abertura de um inquérito independente para avaliar a questão. Mas agora a campanha de John McCain e Sarah Palin diz que o inquérito foi promovido por partidários do candidato democrata Barack Obama. É “um inquérito partidário levado a cabo pelos apoiantes de Obama em que os Palin têm completa justificação para as suas preocupações relacionadas com Wooten devido ao seu comportamento violento”,disse em comunicado uma portavoz local da campanha de McCain e Palin, Meghan Stapleton.

Quem liderou o inquérito?

Foi o investigador Stephen Branchflower, um antigo procurador de Anchorage, que identificou 18 episódios que considerou serem pressões para o despedimento de Wooten. As investigações decorreram ao longo de seis semanas, durante as quais foram entrevistadas 19 pessoas.

O que tem dito Palin?

Os advogados de Palin e do marido tornaram público um documento de três páginas em que atacam o relatório e consideram que as normas éticas do Alasca, definidas pelo Ethics Act, só podem ser consideradas violadas quando implicam questões financeiras, “um potencial ganho ou o evitar de perdas” para o acusado. Dizem que não foi o caso, uma vez que Sarah Palin não ganhou dinheiro com este processo. “Aqui não há nenhuma acusação, nenhuma prova nem factos que indiquem ganhos financeiros relacionados com a decisão de substituir Walt Monegan”, lê-se no documento. Palin negou que alguém tenha dito a Monegan para despedir Wooten, mas admitiu ter afirmado que seria “uma injustiça manter em funções um agente violento”. Disse também que o despedimento de Monegan esteve relacionado com questões orçamentais. Ontem, durante uma acção de campanha na Pensilvânia, Palin disse que “quem ler o relatório vai ver que não há nada de ilegal e contra a ética em mudar uma pessoa de cargo”. O marido da governadora já tinha respondido por escrito aos investigadores e sublinhado que “Wooten foi uma ameaça para a família”, e que “é desonesto” e “não é um bom homem”.

O que vai acontecer agora?

Não se sabe. Mas o inquérito terá repercussões e marcará a campanha. O New York Times adiantava ontem que Palin poderá vir a ser repreendida na sua legislatura, mas que não é muito provável. O relatório não recomenda qualquer procedimento e será agora avaliado pela assembleia estadual, de maioria republicana.

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